segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Estudo liga obesidade a memória ruim


Pesquisadores britânicos realizaram testes em 50 pessoas e constataram dificuldade em lembrar experiências passadas.

Um pequeno estudo realizado na Grã-Bretanha sugeriu que pessoas obesas podem ter memória pior do que as magras.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge realizaram testes em 50 pessoas e identificaram relação entre sobrepeso e pior "memória episódica", a habilidade de lembrar experiências passadas.

O estudo foi publicado na revista especializada Quartely Journal of Experimental Psychology. O trabalho afirma que uma memória menos intensa de refeições recentes pode levar a pessoa a comer em excesso.

No entanto, outros aspectos da memória, como conhecimento geral, não foram afetados.
Experiências anteriores em ratos já mostraram que excesso de peso afeta o desempenho em testes de memória, mas estudos em humanos eram inconclusivos até o momento.
As experiências em Cambridge analisaram a memória episódica, a que leva a pessoa a lembrar do cheiro de uma xícara de café ou o tato no momento em que segura a mão de outra pessoa.

Metodologia
Para a experiência, os cientistas recrutaram 50 pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) variando de 18 (considerado saudável) a 51 (muito obeso).

Nos testes, participantes ficavam em frente à tela de um computador e tinham que "esconder" objetos em momentos diferentes e em cenas diferentes que apareciam na tela.
Depois eles tinham que lembrar o que haviam escondido, quando e onde.

Os acertos entre pessoas obesas foram 15% mais baixos do que entre as magras.
"O que estamos sugerindo é que um IMC mais alto reduz de alguma forma a vivacidade da memória, mas eles (os obesos) não estão tendo brancos ou amnésia", disse à BBC Lucy Cheke, da Universidade de Cambridge.

"Mas se eles têm uma memória mais fraca de uma refeição recente, com um impacto menor em suas mentes, então eles podem ter uma habilidade menor de regular o quanto vão comer depois."

Fome e memória
Os hormônios ligados à fome têm um papel muito importante na quantidade de comida que consumimos, mas cientistas já reconhecem que a memória também tem sua importância no processo.

Pesquisas já indicaram, por exemplo, que pessoas que assistem televisão enquanto se alimentam comem mais ou sentem fome mais rápido depois de comer.
E que pessoas que sofrem de amnésia acabam fazendo várias refeições em um período curto de tempo.

"Ainda é muito cedo para falar em conselhos (para a população), mas certamente estamos começando a observar os mecanismos que a obesidade usa para se perpetuar", disse Cheke.

"Concentrar-se no que você está comendo já é uma mensagem (para as pessoas) há muito tempo, mas pode ser um pouco mais difícil se você está acima do peso. Esperamos que, sabendo o que está acontecendo, possamos desenvolver formas de ajudar as pessoas", concluiu a pesquisadora.


Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/estudo-liga-obesidade-a-memoria-ruim.html

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Dicas para preparar a lancheira das crianças


Em meio a tantas opções nas gôndolas do supermercado, fica até difícil selecionar quais são os alimentos mais saudáveis e adequados para compor a lancheira das crianças, atendendo às suas necessidades, aliando sabor e saúde. Segundo a Dra. Myrna Campagnoli, endocrinologista que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica, na hora de escolher os lanches é preciso considerar a idade e a rotina dos pequenos.

“Muitas crianças permanecem na escola em horários alternativos, logo, o primeiro passo é definir quais lanches a criança realizará na escola (manhã ou tarde), e no caso da escola oferecer lanche, verificar quais são as opções”, salienta a especialista.

A idade também deve ser levada em conta, já que cada faixa tem suas necessidades nutricionais e, por isso, a quantidade de calorias e de alguns nutrientes deve ser adaptada. “Outro ponto que deve ser analisado é a intensidade da atividade física. Quanto mais exercícios forem praticados, maior é sua a necessidade calórica. Quanto às calorias, em geral, o lanche deve representar 15% das necessidades calóricas diárias, o que varia entre 150 a 250 calorias”, afirma a especialista.

De acordo com a Dra. Myrna, o lanche da manhã deve conter uma porção de frutas, uma de líquido e uma de carboidratos. Já o lanche da tarde deve contemplar os mesmos itens com a adição de uma porção de lácteos ou proteínas. Se a criança for praticar alguma atividade física antes do jantar, ela pode comer uma porção de carboidrato (uma fruta ou um pão, de preferência integral) junto com uma bebida.

Quanto aos produtos industrializados, é importante lembrar que seu consumo deve ser moderado. “Por terem mais gorduras e açúcares que o ideal, devem estar menos presentes na lancheira. Mas não precisa abolir do cardápio, já que, dependendo da circunstância, eles podem ser mais práticos. O importante é conscientizar a criança de que ela deve dar preferência a alimentos mais saudáveis”, afirma a endocrinologista.

Na hora de escolher um alimento industrializado, escolha por aqueles com menos gordura e açúcar. Há algumas opções que são mais ricas nutricionalmente, com maior teor de fibras e com adição de vitaminas. “De qualquer forma, não devem estar presentes na lancheira sucos de caixinha, refrigerante, bolachas e bolinhos com recheio ou cobertura”, reforça Dra. Myrna.

Quando a única alternativa é comer na escola, o ideal é instruir a criança a não comprar frituras ou assados muito gordurosos, como o croissant, por exemplo. Lanches, sanduíches e sucos naturais devem ser priorizados.

“O ideal é que o lanche seja levado de casa, pois assim os pais têm mais controle sobre o que os filhos estão comendo. Conforme a criança for crescendo e tendo dificuldade de aceitar os lanches enviados, o diálogo é a melhor saída: conscientize seus filhos sobre o benefício da alimentação saudável e os riscos de uma dieta não balanceada”, conclui a médica.

Lanche da Manhã

Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
BOLO INTEGRAL
BANANA E
MAÇÃ EM
PEDAÇOS (FATIA
MÉDIA) + CHÁ
DE CAMOMILA
BOLO DE FUBÁ (FATIA MÉDIA) + ÁGUA DE COCO + MAÇÃ PICADINHA EM “MOLHO DE MEL” (*)
BOLO DE CENOURA
COM COBERTURA
DE CACAU E
CENOURINHAS BABY
(FATIA MÉDIA) +
SUCO DE MARACUJÁ
NATURAL
COOKIES INTEGRAIS COM GOTAS DE CHOCOLATE + SALADA DE FRUTA + ÁGUA SABORIZADA COM LIMÃO OU HORTELÃ.
BISCOITO DE POLVILHO (DE PREFERÊNCIA DA PANIFICADORA OU CASEIRO) 01 PORÇÃO + SUCO UVA INTEGRAL + ½ BANANA PRATA COM MEL.

Lanche da Tarde

Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
PÃO DE LEITE
COM PRESUNTO
MAGRO +
IOGURTE + 04
MORANGOS
PICADOS
TORTA DE LEGUMES
+ SUCO DE UVA
INTEGRAL + 1 FATIA
DE GOIABADA LIGHT
OU DOCE DE LEITE
LIGHT (EM BARRA)
1 BARRA DE CEREAL
+ 1 TORRADA
INTEGRAL COM
CREME DE
CHOCOLATE + ÁGUA
DE COCO
IOGURTE COM CEREAL MATINAL (A BASE DE MILHO OU AVEIA) + 1 BANANA + BISCOITOS DE POLVILHO (DA PANIFICADORA OU CASEIRO) 01 PORÇÃO
SANDUÍCHE DE PÃO DE
FORMA INTEGRAL COM
PEITO PERU E
REQUEIJÃO + BANANA
EM RODELAS COM
CANELA +SUCO DE
LIMÃO NATURAL

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2016/02/22/dicas-para-preparar-a-lancheira-da-crianca/

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Vida sedentária a partir dos 40 'reduz tamanho do cérebro', diz estudo


Pesquisadores de universidade americana acompanham mais de 1,5 mil pessoas e concluem que falta de exercícios acelera envelhecimento do órgão.

Um estudo americano sugere que o sedentarismo a partir dos 40 anos tem correlação com o envelhecimento do cérebro e mesmo sua redução de tamanho na casa dos 60 anos.

Pesquisadores da Universidade de Boston acompanharam 1.583 pessoas, com média de idade de 40 anos, todas elas sem demência ou doenças cardíacas. Elas fizeram testes de esforço em uma esteira e também se submeteram a tomografias do cérebro. Vinte anos depois, repetiram os procedimentos.

As pessoas que tinham registrado resultados ruins no primeiro exame tinham cérebros menores na medição de duas décadas depois.

As pessoas que não desenvolveram problemas cardíacos e não estavam usando medicamentos para pressão alta apresentaram o equivalente a um ano de envelhecimento acelerado do cérebro. Aqueles que tiveram problemas ou usaram medicação - na primeira medição - apresentaram o equivalente a dois anos de envelhecimento acelerado do cérebro.

Os resultados foram publicados na revista da Sociedade Americana de Neurologia.
"Encontramos uma correlação direta entre má forma física e o volume do cérebro nas décadas seguintes, o que indica envelhecimento acelerado", disse Nicole Spartano, da Escola de Medicina da Universidade de Boston, pesquisadora-chefe do estudo.
"Esses resultados, ainda não que não analisados em larga escala, sugerem que a condição física na meia-idade pode ser particularmente importante para milhões de pessoas ao redor do mundo que já têm alguma evidência de doenças cardíacas".

O encolhimento do cérebro é um processo natural do envelhecimento humano e a atrofia do órgão está ligada ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência. Cientistas argumentam que o exercício reverte essa deterioração.

"A mensagem é que escolhas de saúde estilo de vida que você faz ao longo da vida poderão ter consequências muitos anos depois", completa Spartano.


Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/2016-02-24/vida-sedentaria-a-partir-dos-40-reduz-tamanho-do-cerebro-diz-estudo.html

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Métodos naturais ajudam a combater insônia: epidemia global ameaça saúde de 45% da população mundial


Noites maldormidas são fator de risco para doenças com depressão e ansiedade.

Uma boa noite de sono é um sonho acessível. Esse é o tema da campanha do Dia Mundial do Sono em 2016. A data, comemorada em 18 de março, foi criada como forma de alertar a população sobre os riscos que noites maldormidas trazem para a saúde. De acordo com a Associação Mundial de Medicina do Sono, a insônia é uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial. “Os distúrbios do sono são um fator de risco para transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Outros problemas associados à má qualidade das noites de sono são falta de atenção, concentração reduzida, diminuição da produtividade física e intelectual e o aumento no risco de acidentes” alerta o otorrinolaringologista Edilson Zancanella, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Para ajudar você a tentar dormir melhor, o Saúde Plena foi em busca de métodos naturais capazes de melhorar a qualidade do sono, como técnicas de respiração, massagens terapêuticas e acupuntura. Tente relaxar – e boa viagem ao mundo de Orfeu.

MASSAGEM
A massoterapeuta e professora de alongamento e balé Sylvia Calvo diz que a massagem é uma boa pedida para quem quer um sono reparador e tranquilo. Ela trabalha com a técnica de leitura corporal, que libera as energias presas em determinados pontos do organismo. A técnica trabalha o corpo do cabelo à ponta dos pés, promovendo a abertura das extremidades e descongestionando as aderências, permitindo que a energia flua sem impedimentos, e sem passar pelas regiões mais densas. “A pessoa se sente mais relaxada e muitas vezes dorme durante a sessão. Mas, para melhorar o sono de modo geral, é preciso trabalhar o corpo como um todo”, explica. À medida que vai se “entregando”, o paciente tende a relaxar mais e a dormir melhor, mas isso não significa que deva abrir mão da higiene do sono, nome que se dá ao preparo necessário antes de dormir, o que pode incluir, por exemplo, técnicas de relaxamento e meditação ao se deitar.

4-7-8
Uma das técnicas que faz sucesso é a chamada de 4-7-8. Trata-se de um método de respiração desenvolvido pelo médico Andrew Weill, da Universidade de Harvard (EUA), segundo o jornal Daily Mail. O objetivo é atingir a sonolência em um minuto. O método, que já é considerado um tranquilizante natural para o sistema nervoso, baseia-se na redução da tensão corporal. Para isso, basta expirar, esvaziando completamente os pulmões, fechar a boca e inalar o ar pelo nariz – contando até quatro –, em seguida, segurar a respiração por sete segundos e soltar o ar pela boca contanto até oito. Segundo o “inventor”, a prática é inspirada na técnica indiana pranayama. A sugestão é que essa respiração seja feita duas vezes ao dia, durante entre seis e oito semanas. A partir daí, seria possível cair no sono em apenas 60 segundos.

RESPIRAÇÃO ALTERNADA
Para Ana Virgínia Azevedo, professora de ioga, a atividade também pode ajudar a conquistar um sono mais intenso e reparador. “Entre as técnicas usadas na prática de ioga, a que mais ajuda a melhorar a qualidade do sono é a respiração”, aponta. Nesse sentido, Ana Virgínia recomenda a respiração alternada, chamada na ioga de nadi shodhana. Para isso, basta pressionar uma das narinas, a direita, por exemplo. Inspirar o ar pela esquerda; daí, segurar o ar e pressionar, então, a narina esquerda, e soltar o ar pela direita, voltando a inspirar pela mesma narina que acabou de soltar o ar (a direita). Depois, é preciso pressionar de novo e soltar o ar pela outra narina, alternando a respiração. “O objetivo é equilibrar o organismo. É muito bom praticá-la à noite para acalmar e aquietar a mente. Além disso, um dos 'efeitos colaterais' do ioga é reduzir a ansiedade. Outros ganhos são o relaxamento e, com isso, ter um sono mais tranquilo”, diz.

MEDITAÇÃO GUIADA
Vale tudo quando a meta é conquistar uma noite decente de sono. Meditações guiadas, por exemplo, são uma boa saída para quem precisa daquela forcinha noturna para dormir. Para encontrá-las, basta procurar no YouTube e testar aquela que mais agrada. Aos poucos, é possível induzir o sono usando esses métodos simples, mas muitas vezes eficazes. O fato de estar disponível a qualquer momento na rede, porém, não resolve o problema se não houver disciplina. “O bom sono é um dos pilares da saúde, junto com uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos. Quando o sono falha, a saúde declina”, afirma Edilson Zancanella.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2016/02/23/noticia_saudeplena,156190/metodos-naturais-ajudam-a-combater-insonia-epidemia-global-ameaca-sau.shtml

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Começa teste em humanos da vacina da dengue; veja quem pode ser voluntário


A última etapa de testes da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan começa nesta segunda-feira (22) com o cadastro de 2.000 voluntários no Estado de São Paulo. Para esta terceira parte são necessárias 17 mil pessoas de 2 a 59 anos dispostas a passar pelos testes clínicos, já aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O cadastro de voluntários começa na capital paulista, mas será estendido progressivamente a outros quinze centros médicos do país até que o número total seja atingido. Ao todo, são treze cidades de doze Estados. Segundo o Ministério da Saúde, serão investidos R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo. 
Depois deste teste, a vacina deve ser protocolada na Anvisa, órgão que avalia a qualidade, eficácia e segurança do produto. A previsão é que as doses estejam disponíveis nos postos de saúde em dois anos.
Nas fases anteriores, a vacina, feita com o próprio vírus da dengue atenuado, mostrou mais de 90% de eficácia contra os quatro subtipos de vírus da dengue com apenas uma dose. 
Em entrevista recente, o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, afirmou que a tecnologia usada na vacina contra a dengue pode ser adaptada para criar um imunizante contra a zika

Como funcionam os testes?

Segundo o infectologista Esper Kallas, coordenador dos testes da vacina e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), a proposta desta fase é chegar o mais próximo possível de uma simulação da vida real, mas considerando que o objetivo primário da pesquisa é a segurança.
É um acompanhamento tão minucioso da saúde do voluntário que eu brinco que eles ganham praticamente um 'personal vacinator'

Depois que o paciente é vacinado, os pesquisadores observarão as reações: se ele terá dor no local da injeção, febre ou manchas leves na pele (efeitos colaterais previstos e considerados comuns para esse tipo de procedimento) ou algum sintoma que venha a ser relatado posteriormente.
Na fase três, o que se busca é a comprovação de que a pessoa vacinada está protegida contra a infecção, mas Kallas não quis dar detalhes dos riscos ou benefícios do voluntariado.
Os testes para a vacina contra a dengue do Butantan passaram por outras duas etapas desde que a pesquisa começou, em 2013. Na fase 1, os pesquisadores provaram que ela estava apta a ser aplicada em humanos. Na fase 2, provou-se a capacidade de a vacina em estimular o sistema imunológico para a produção de anticorpos. Antes dessas fases, houve estudos pré-clínicos em animais.

Posso ser voluntário?

A escolha dos voluntários segue um protocolo aprovado pelos comitês de ética dos parceiros envolvidos na pesquisa da vacina (Instituto Butantan, Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, Instituto Adolfo Lutz e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP), além da Anvisa e do Ministério da Saúde.
A participação é consentida: o voluntário assina um termo, que explica o protocolo a ser seguido, os riscos e benefícios. "E a decisão de ficar ou sair, a hora em que ele quiser, é dele", diz o coordenador. "Da parte dos pesquisadores, buscamos garantir a melhor informação possível a esses pacientes porque, afinal, não queremos perder a confiança daqueles que mais confiaram em nós."
Após a assinatura do acordo, o paciente passa por avaliação clínica e precisa ser aprovado. O primeiro critério é a idade --serão grupos de 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. O segundo é o estado geral de saúde.
Não são aceitos pacientes que tomam altas doses de corticoide, sofrem de doenças crônicas, como câncer, ou estão em tratamento quimioterápico ou para transplante de medula óssea. Grávidas, lactantes ou mulher que desejem engravidar perto da fase de testes também são excluídas.
O voluntário precisa estar ciente que se encontrará com os pesquisadores durante um tempo --serão nove visitas em cinco anos de acompanhamento.
Se aprovado, ele passa por coleta de sangue e recebe um diário para anotar as percepções após tomar a vacina – o que deve acontecer já no mês que vem.

Voluntário ganha para participar?

Não. Segundo Kallas, é proibido no Brasil pagar pela participação de voluntários neste tipo de pesquisa. No entanto, os pacientes recebem ajuda de custo para transporte, quando visitas são necessárias, e para alimentação.

Quem já participou, pode participar de novo?

Sim. "Em geral, as fases 1, 2 e 3 têm grupos diferentes de voluntários, mas eventualmente pode acontecer de repetir gente, sim, se essa for a vontade do paciente e se ele se encaixar novamente nos fatores de inclusão", explicou o coordenador.

Por que participar?

"Essa é uma chance realmente efetiva de se fazer algo pela sociedade", defende Kallas. "Ninguém que entra nisso o faz para melhorar a própria aparência ou por outra razão do tipo. Faz por puro altruísmo."
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, dos 2 mil voluntários de São Paulo, já foram obtidos, 1,2 mil foram recrutados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Os interessados ainda podem procurar o SAC do Butantan pelo e-mail sac@butantan.gov.br.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/02/22/comeca-fase-final-da-vacina-contra-a-dengue-veja-quem-pode-ser-voluntario.htm

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pesquisa confirma que administrar testosterona em homens mais velhos melhora função sexual


Até agora, os estudos sobre os efeitos benéficos desses tratamentos tinham sido inconclusivos. Pesquisa comprovou melhoria de todos os aspectos da função sexual, incluindo o desejo e capacidade de ter uma ereção.

Administrar testosterona em homens com mais de 65 anos melhora suas funções sexuais e suas capacidades físicas, mostraram pela primeira vez testes clínicos publicados nesta quarta-feira (17/02) numa revista médica norte-americana.

Até agora, os estudos sobre os efeitos benéficos desses tratamentos em homens com mais de 65 anos, para os quais os níveis deste hormônio andrógeno diminuem com a idade, tinha sido inconclusivos, dizem os autores no New England Journal of Medicine.

Em 2003, o Instituto de Medicina dos Estados Unidos concluiu que não havia orientação clínica suficiente para determinar se esse tratamento teve qualquer efeito benéfico.

Os pesquisadores que realizaram esta série coordenada de sete ensaios (TTrials) analisaram os resultados dos três primeiros sobre o impacto das funções sexuais, condição física e vitalidade.

Eles descobriram que o tratamento com testosterona aumentou o nível deste hormônio no sangue, levando aos níveis médios normalmente observados em homens jovens.

Foi notada uma melhoria de todos os aspectos da função sexual, incluindo o desejo e capacidade de ter uma ereção, disseram os pesquisadores. Esta terapia também melhorou o humor e reduziu sintomas depressivos.

"Os resultados destes testes clínicos mostram alguns benefícios de um tratamento com testosteronas nos homens mais velhos que tinham baixos níveis deste hormônio", concluiu Ronald Swerdloff, pesquisador do LABioMed na Califórnia.

"Estes primeiros resultados são encorajadores e vamos continuar a analisar os dados para determinar se o tratamento com testosterona melhora a função cognitiva, a densidade óssea, saúde cardiovascular e anemia, bem como os riscos desses tratamentos", incluindo coração, explicou.

Swerdloff notou que os TTrials representam os maiores testes clínicos para examinar a eficácia dos tratamentos de testosterona nos homens com mais de 65 anos cujos níveis deste hormônio diminuíram claramente com a idade. 

Esses pesquisadores testaram a testosterona de mais de 51.000 homens, dos quais 790 tinham níveis bastante baixos para qualificá-los para estes sete ensaios clínicos.

Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um deles tomando um gel de testosterona aplicado diariamente e o outro um placebo.

A eficácia foi medida em três, seis e doze meses.

As funções sexuais e físicas (distância percorrida caminhando durante seis minutos) foram avaliadas com questionários sobre a vitalidade, o humor e sintomas depressivos, explicam os autores. 

Os efeitos colaterais nos três testes clínicos (crise cardíaca, acidente vascular cerebral, saúde da próstata) foram similares no grupo tratado com testosteronas e no do placebo. 

No entanto, o número de homens nos três primeiros testes clínicos foi muito pequeno para tirar conclusões sobre os riscos do tratamento, disseram os pesquisadores.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2016/02/19/noticia_saudeplena,156175/pesquisa-confirma-que-administrar-testosterona-em-homens-mais-velhos-m.shtml

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Dicas para envelhecer melhor


Você tem medo de envelhecer? Após os 30 anos, a vida passou voando? Fica com receio de como será a vida de aposentado?

Se este é o seu caso, seguem algumas dicas do psicólogo Eraldo Melo para encarar melhor a idade:

1 – Faça tudo que você puder
Quando a pessoa fica mais velha, os principais arrependimentos são de não ter experimentado algumas situações que poderia ter vivido. E essa lamentação é a pior de todas. Por isso, aproveite as oportunidades que surgem na sua vida. Cada momento é único, então é fundamental aproveitá-los.

2 – Não tenha medo
Com certeza você é rodeado de pessoas que te amam e que não se importam com a sua idade. Valorize mais essas pessoas e o tempo que você passa com elas. O medo de envelhecer te prende, causando ansiedade e outros sentimentos ruins. Viva melhor com o que você tem à sua volta.

3 – Seja grato
Gratidão que vem da palavra do latim “gratia”, que significa graça. Tanto as más como as boas experiências trazem aprendizados e tem a sua graça. Dessa maneira, a gratidão passa a ser uma virtude que alimenta um senso de oportunidade para expressar seu agradecimento.

Eraldo também afirma que buscar a felicidade no dia a dia é essencial. “No final das contas, o que vai importar é se você se considera uma pessoa feliz. Então, agarre todas as chances de trazer a felicidade para a sua vida, pois assim você vai envelhecer de uma forma mais saudável, com a mente em harmonia consigo mesmo”, finaliza.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-espiritual/2016/02/16/dicas-para-envelhecer-melhor/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Comer fora significa comer mais do que o necessário


São várias as razões que podem ser arroladas para explicar o crescimento do hábito das pessoas fazerem suas refeições fora de casa. A urbanização associada a um aumento na dificuldade de mobilidade, a carga de trabalho que deixa pouco tempo para a refeição, a inserção de um maior número de pessoas da mesma família no mercado de trabalho, a redução do preço médio pago por uma refeição em restaurantes ou lanchonetes. Enfim, todas são razões justificáveis. Comer fora, que era uma situação especial poucas décadas atrás, passou a ser a regra e o fogão, na maioria das residências modernas, deixou de ser um eletrodoméstico de primeira necessidade.

As consequências para a saúde deste novo comportamento estão sendo estudadas. Uma pesquisa recente publicada na revista científica Journal of the American of Nutrition and Dietetics indica que uma refeição de restaurante ou fast-food, nos Estados Unidos, contém uma quantidade de calorias muito superior à recomendada como saudável. O estudo fez uma análise da quantidade de calorias contidas em refeições únicas de 364 restaurantes, tanto de grandes cadeias de fast-food quanto em pequenos restaurantes locais, no período de 2011 a 2014. Noventa e dois por cento dos restaurantes analisados tinham a quantidade de calorias por refeição superior a que é recomendável. A média foi de 1200 calorias por refeição. Considerando as 570 calorias recomendadas para uma mulher ingerir no almoço ou no jantar (para homens é um pouco mais), este valor é maior que o dobro das necessidades.

Impressiona ainda mais o fato que foram consideradas somente as calorias do prato principal, não sendo computados no estudo os valores da entrada, das bebidas e da sobremesa.

Uma das explicações para estes excessos está na competição no ramo de refeições, o que tem levado os estabelecimentos a aumentar suas porções para cativar seus clientes. Ao comer com frequência em restaurantes e lanchonetes as pessoas acabam ingerindo um excesso de energia que será armazenado sob forma de gordura. Isto sem contar a quantidade de sódio e gorduras saturadas e gorduras trans contidas nestas refeições que, independente das calorias, pode por si só trazer danos à saúde.

Outro aspecto exposto pelo estudo é o de que as cadeias de fast-food não são as únicas culpadas, já que a média de calorias por refeição destas lanchonetes foi semelhante ao de restaurantes, mesmo os pequenos e locais.

Algumas dicas dos pesquisadores para tentar diminuir o impacto do problema são: - diminuir a frequência com que a pessoa come em restaurantes (cozinhar sua própria comida é a melhor opção); - dividir uma porção entre 2 ou 3 pessoas; - solicitar a porção para crianças.

Em relação aos restaurantes, a oferta de porções menores com preços proporcionais poderia ser uma alternativa interessante.

Estes resultados servem de alerta para que os novos hábitos e comportamentos induzidos pelas rápidas mudanças socioeconômicas devam ser continuamente analisadas quanto aos seus potenciais efeitos sobre a saúde. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

·         -Journal of the American of Nutrition and Dietetics - Jan 19 DOI: 10.1016/j.jand.2015.11.009.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Governo diz que "não há dúvida" de relação direta entre microcefalia e zika


O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta segunda-feira (15), durante balanço da mobilização nacional contra o Aedes Aegypti, que aconteceu no sábado (13), que "não há dúvidas" por parte do Governo Federal de que a epidemia de microcefalia é uma consequência direta do surto da zika em algumas regiões do Brasil.

Ele citou os diversos dados divulgados pelos pesquisadores nos últimos tempos que comprovariam a tese:

§  a coincidência entre os nascidos com microcefalia e as mães que pegaram a doença sete, oito ou nove meses antes, nas áreas de surto de zika;
§  amostras de tecido indicaram a presença do vírus no cérebro de bebês com microcefalia que morreram após nascer e em fetos abortados;
§  amostras de líquido amniótico de gestantes que carregavam bebê com má-formação também tinha o vírus;
§  amostras de um grupo de 12 bebês com microcefalia detectou a presença de anticorpos para a zika no líquido cefalorraquiano de todos;
§  estudo que constatou que o vírus é capaz de atravessar a placenta.

"São 'n' casos que estabelecem a relação. Para nós, não há nenhuma dúvida. A pergunta hoje é: é só a zika [que causa microcefalia] ou precisa de outros fatores? Essa resposta a ciência ainda não tem", disse. Por isso, 15 técnicos do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos) estão atuando junto com técnicos brasileiros para entender se a zika sozinha causa a microcefalia ou se há outros fatores associados ao vírus que levam à má-formação.

Em que pé estamos?
Todos esses indicadores citados apontam correlação entre o vírus e a microcefalia, mas não há ainda um estudo que prove que a zika causa a microcefalia. Pode ser que o vírus, mais algum fator resulte na má-formação, mas que os elementos isolados não causem nada.

É preciso confirmar como e por que o vírus age do jeito que se imagina que ele age, e a única forma cientificamente válida de testar essa relação é reproduzindo a situação em laboratório, com a inoculação do vírus no cérebro de animais e em culturas de células neuronais humanas para ver se ele de fato interfere no seu desenvolvimento. Equipes do Rio e de São Paulo estão fazendo esses estudos. 

Outras pesquisas vão acompanhar grávidas. Uma delas, da USP de Ribeirão Preto, vai monitorar 3.000 mulheres. Elas serão submetidas, mensalmente (até o parto), a um exame de sangue que detecta anticorpos do vírus tanto na mãe quanto no bebê, para mostrar se e quando o feto é infectado durante a gestação.

Houve supernotificação de casos?
Antes de os primeiros casos em Pernambuco começarem a aparecer, no fim de agosto do ano passado, levantando a suspeita entre zika e microcefalia, não havia notificação compulsória no Brasil da má-formação cerebral. Em 2014, por exemplo, foram registrados somente 147 casos. 

Diante do novo risco, todo bebê nascido com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros começou a ser notificado. Em poucos meses, por causa disso, o número saltou para a casa dos milhares.

O Ministério da Saúde informou que até a última sexta-feira houve 5.079 notificações. Muitos desses bebês, porém, podem ser saudáveis (sem ter lesões ou calcificações no cérebro). Tanto que 765 casos foram descartados como não sendo microcefalia, 3.852 estão sob investigação e 462 foram confirmados. Entre estes casos, em 41 houve relação com a zika. Ou seja, nesses bebês foi detectado o vírus, mas não foram descartadas outras possíveis causas. Essas crianças não foram testadas, por exemplo, para outros vírus relacionados a microcefalia, como rubéola. Os outros 421 ainda estão sendo testados para o vírus.

Quais outros problemas a zika pode causar?
Suspeita-se que possa afetar outros órgãos além do cérebro do bebê. Na semana que passou, um estudo mostrou que pelo menos 13 crianças nascidas com microcefalia em Salvador e Recife em casos suspeitos de relação com o vírus apresentam também lesões oculares que podem levar à cegueira.

Também suspeita-se que a zika possa desencadear a síndrome de Guillain-Barré, uma resposta autoimune do corpo diante de processos infecciosos, levando à paralisação dos músculos.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/02/15/castro-a-duvida-e-so-se-existe-outro-fator-associado-para-microcefalia.htm

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Enxaqueca atinge cerca de 15% da população mundial


A enxaqueca é a décima doença mais incapacitante, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Este mal atinge cerca de 15% da população mundial. De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres são as que mais sofrem de enxaqueca. A explicação para este fato é a alteração hormonal durante o ciclo menstrual.

Caracterizada por uma dor muito forte, a enxaqueca pode durar até 72 horas. Alguns remédios muitas vezes não ajudam a controlar os sintomas. A enxaqueca é mais comum em pessoas com idade entre 25 e 45 anos. As causas exatas são desconhecidas, embora se saiba que elas estão relacionadas com alterações do cérebro e possuem, até mesmo, influência genética.

“Existem fatores desencadeantes da enxaqueca como o estresse e a ansiedade. Jejum prolongado, falta de sono e sedentarismo também podem contribuir para desencadear a enxaqueca. Assim como, a ingestão de alguns alimentos específicos como vinho e chocolate. ”, explica o especialista Dr. André Mansano.

Dor de cabeça x Enxaqueca
A principal diferença entre a dor de cabeça e a enxaqueca está na duração dos sintomas. Mas existem outras diferenças:

§  Usualmente, a enxaqueca se concentra em apenas um lado da cabeça;
§  A enxaqueca está associada a fotofobia (incômodo gerado pela luz) e fonofobia (provocada pelo barulho).

§  Enxaqueca episódica: abaixo de 15 dias
§  Enxaqueca crônica: acima de 15 dias por mais de 3 meses
§  Enxaqueca diária: cefaleia crônica

Ao todo, são mais de 150 tipos de cefaleia. Por isso, é importante ir buscar o diagnóstico certo com um especialista. “Com o diagnóstico confirmado em enxaqueca, o paciente deve evitar os fatores desencadeantes. Alimentar-se de 3 em 3 horas, ter qualidade no sono, evitar estresse e ansiedade, não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas. Estas são atitudes disciplinadoras que previnem a enxaqueca. ”, conclui o Dr. André.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2016/02/15/enxaqueca-atinge-cerca-de-15-da-populacao-mundial/