quinta-feira, 28 de maio de 2015

Consumo moderado de bebidas alcoólicas prejudica o coração


Homens idosos que consomem no mínimo duas bebidas alcoólicas diariamente podem apresentar lesões no coração. Já com as mulheres idosas, o risco pode ocorrer com apenas uma bebida por dia. Estas foram as descobertas de um novo estudo.

Publicado em Circulation: Cardiovascular Imaging, o jornal da American Heart Association, o estudo também revela que o dano no coração pode piorar com o aumento da ingestão de álcool.

De acordo com o Dietary Guidelines for Americans, ingestão moderada de álcool é definida por consumir uma bebida alcoólica por dia para as mulheres e duas para os homens. Mas esta última pesquisa mostra que mesmo a ingestão moderada provoca implicações negativas no coração.

O estudo foi realizado com mais de 4 mil idosos com problemas no coração. Eles foram separados por grupos: nunca bebem, menos de sete bebidas por semanas, de 7 a 14 bebidas por semana e mais de 14 bebidas por semana.O tamanho, a estrutura e o funcionamento do coração de todos foi avaliado por meio do ecocardiograma.

Os pesquisadores descobriram que quanto maior a quantidade consumida de álcool, maiores são as lesões no coração. No entanto, o consumo moderado de álcool pelas mulheres idosas está relacionado com a função mais fraca do coração.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/05/28/consumo-moderado-de-bebidas-alcoolicas-prejudica-o-coracao/

terça-feira, 26 de maio de 2015

Dívidas e Depressão: Cuidado com as de curto prazo


O Brasil experimentou nos últimos anos uma grande expansão do crédito, o que possibilitou o aumento de consumo de diversos tipos de bens por grande parte da população, antes sem acesso a estes bens. São muitas as consequências econômicas e pessoais deste processo, algumas positivas, outras nem tanto. O endividamento produzido afeta vários aspectos da vida das pessoas, tanto no plano individual como no familiar. Nos Estados Unidos, tanto a facilidade de crédito como o endividamento pessoal existem a mais tempo e, também por isso, suas consequências são mais estudadas.

Alguns estudos indicam que o endividamento como fator de estresse é associado de forma negativa a aspectos da vida do indivíduo, que vão do estado saúde até à relação conjugal, passando pela capacidade de concluir os estudos.

Uma pesquisa publicada recentemente na revista Journal of Family and Economic Issues teve como objetivo investigar uma possível associação entre endividamento e sintomas depressivos em adultos. Mais de 10.000 participantes entre 21 e 65 anos foram entrevistados entre 1987 e 1989 e re-entrevistados entre 1994 e 1996. Na pesquisa foram avaliados tipo de endividamento (curto ou longo prazo) e sintomas de depressão (reportados pelos participantes e medidos por uma escala validada).
Setenta e nove por cento dos participantes tinham algum tipo de dívida. Dentre esses, 62% eram de curto prazo (do tipo contas vencidas ou cartão de crédito acumulado). As pessoas com dívidas de curto prazo tiveram uma probabilidade significativamente maior de apresentarem sintomas de depressão como tristeza, falta de motivação, problemas para se concentrar, dificuldades para dormir ou alterações de peso corporal. Curiosamente, esta associação não foi observada nas pessoas com dívidas de longo prazo (financiamento da casa própria, por exemplo). Isto pode ser devido ao fato que financiamentos de longo prazo são mais planejados e incorporados a uma rotina financeira. Contrariamente, os endividamentos de curto prazo, relacionados às compras feitas no impulso, de bens muitas vezes desnecessários, são de difícil manejo e, aparentemente, mais estressantes.

Apesar das várias limitações metodológicas e analíticas deste tipo de estudo, o que impede que seus resultados sirvam para conclusões definitivas, a pesquisa expõe uma forte associação entre endividamento de curto prazo e sintomas depressivos.

Isto pode servir de alerta para o desenvolvimento de sistemas de proteção dos consumidores que levem em conta os custos não financeiros diretos associados às dívidas. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -Journal of Family and Economic Issues - DOI 10.1007/s10834-015-9443-6

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Começa Campanha Nacional de Doação de Leite Materno


Esta semana foi lançada pelo Ministério da Saúde a Campanha Nacional de Doação de Leite Materno 2015. O objetivo desta ação é lembrar da importância da fase de amamentação e da doação de leite.

Segundo dados do MS, no ano passado foram doados 184 mil litros de leite materno, que beneficiaram 170 mil recém-nascidos. A meta para este ano é ampliar para 15% as doações para bebês prematuros. Apenas com um litro de leite doado, 10 bebês prematuros são beneficiados.

Toda mulher que amamenta pode doar, basta estar saudável e não ingerir medicamentos que interfiram na amamentação.

Para doar, é preciso seguir algumas regras de higiene no momento da coleta:

§  Lavar as mamas apenas com água;
§  Secá-las com uma toalha limpa;
§  Usar um pano ou uma máscara para cobrir a boca e o nariz;
§  Lavar com água e sabão as mãos e os braços, até o cotovelo.

Após a coleta, o leite deverá ser armazenado em um freezer ou congelador por até 10 dias.

Se você está amamentado e quer doar, procure o banco de leite mais próximo ou ligue para o Disque Saúde, no número 136. Atualmente, o País conta com 215 bancos de leite e 98 postos de coleta distribuídos em todos os estados brasileiros.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-social/2015/05/21/comeca-campanha-nacional-de-doacao-de-leite-materno-no-pais/

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Elevação da glicose no sangue aumenta o risco de doença de Alzheimer


A doença de Alzheimer é um tipo particular de demência que vem apresentando um aumento de sua incidência nos últimos anos, fato este associado ao aumento da longevidade. Muitas pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de descobrir os mecanismos que desencadeiam esta doença incapacitante, no entanto ainda não existem resultados que permitam a sua prevenção ou tratamento.

Estudos epidemiológicos mostram que pessoas com aumento da glicose no sangue (hiperglicemia), seja pela presença de diabetes ou por algum outro fator, têm um risco aumentado de desenvolver demência, particularmente doença de Alzheimer.
Estas observações servem como indício de que alterações no metabolismo da glicose podem ser responsáveis pelos distúrbios moleculares que ocorrem no cérebro dos pacientes com doença de Alzheimer. Dentre estes distúrbios moleculares, o mais conhecido é o aumento da produção no cérebro de um peptídeo chamado de B-amilóide, que se acumula fora dos neurônios, formando placas que acabam por afetar a função de neurônios do hipocampo, região do cérebro responsável pela formação e armazenamento das memórias e pela cognição. A agregação deste peptídeo pode ter início até 15 anos antes do aparecimento de sintomas da doença.

Com o intuito de investigar um possível efeito da glicemia aumentada sobre a produção do peptídeo, com a consequente formação da placa B-amilóide, um grupo de pesquisadores americanos desenvolveu uma pesquisa em camundongos utilizando técnicas que permitem analisar de forma dinâmica e em tempo real as modificações na concentração do peptídeo B-amilóide no hipocampo produzidas por alterações de glicemia. Os resultados desta pesquisa foram publicados recentemente na revista científica The Journal of Clinical Investigation.

A indução de hiperglicemia aguda em camundongos jovens produziu um aumento significativo do peptídeo B-amilóide no hipocampo. Este efeito foi exacerbado em animais velhos e com predisposição à formação da placa.

Estes resultados sugerem que aumentos repetidos da glicose no sangue, mesmo que transitórios, como ocorre no diabete tipo II, podem iniciar e acelerar a formação da placa B-amilóide, condição esta que favorece o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

As informações produzidas por esta pesquisa revelam a ligação entre aumento da glicose no sangue e o maior risco para doença de Alzheimer e servem como ênfase para um controle da glicemia
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -The Journal of Clinical Investigation - doi:10.1172/JCI79742

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Em três anos, mais de 7 mil toneladas de sódio são retirados de alimentos processados no Brasil


Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados prevê até 2020 a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal do mercado brasileiro.

De 2011 a 2014, 7.652 toneladas de sódio foram retiradas de produtos alimentícios no Brasil por meio de compromisso firmado pelo Ministério da Saúde e Associação das Indústrias da Alimentação (Abia). Os dados foram divulgados neste terça-feira (12/05) pela pasta. A meta do governo é que, até 2020, o setor promova a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal do mercado brasileiro.

Na segunda etapa do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados, foram analisados bolos, snacks (batata palha e salgadinhos de milho), maioneses e biscoitos. Os produtos somam 69 indústrias e sofreram uma redução de 5.793 toneladas de sódio em suas fórmulas desde 2013. Na primeira etapa, em 2011, que envolveu macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinha, 1.859 toneladas de sódio saíram do mercado.

A maior redução, segundo o ministério, foi observada na categoria dos rocamboles, com queda de 21,11% no teor de sódio, seguida pela mistura para bolo aerado (16,6%) e pela maionese (16,23%). As demais categorias, de acordo com os dados, também registraram queda: bolos prontos sem recheio (15,8%), bolos prontos com recheio (15%), batata frita e batata palha (13,71%), biscoito doce (11,41%), salgadinho de milho (9,4%), biscoito recheado (6,48%), mistura para bolo cremoso (5,9%) e biscoito salgado (5,8%).

Os números mostram ainda que, em 2013, das 69 indústrias analisadas, 95% dos produtos conseguiram reduzir o teor máximo de sódio da composição. Grande parte dos participantes também conseguiu antecipar as metas estabelecidas para 2014: 83% dos bolos prontos com recheio, 96,2% das misturas para bolo aerado, 89,7% dos salgadinhos de milho, 68% da batata palha e batata frita e 77,8% dos biscoitos doces recheados.

As indústrias que não alcançaram o resultado esperado de redução foram notificadas pelo ministério e devem apresentar à pasta uma justificativa, além de uma nova estratégia para diminuir a quantidade de sal nos alimentos.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou os resultados da segunda etapa de monitoramento como extremamente positivos e impactantes. "Mas não adianta comemorarmos essa retirada de mais de 5 mil toneladas de sódio se não tivermos capacidade de trabalhar na alimentação, na merenda escolar, nos hábitos alimentares e na retirada do saleiro da mesa."

O presidente da Abia, Edmundo Klotz, garantiu que a indústria também está engajada na estratégia de criar alternativas para o consumo doméstico do sal. "A primeira fase é a retirada do sódio e a segunda, a substituição. Buscamos produtos que substituam o sal ou alternativas de sal com redução de sódio", explicou.

O acordo entre o governo e o setor de indústrias da alimentação conta ainda com outras duas etapas, a serem divulgadas até 2016 e que devem incluir alimentos como margarina, hambúrguer, empanados e salsichas. O cumprimento das metas, que envolvem os produtos mais consumidos pela população, vai contribuir para a redução no consumo de sódio diário no país para menos de 2 miligramas (mg) por pessoa (cerca de 5 quilos de sal).


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/05/12/noticia_saudeplena,153375/em-tres-anos-mais-de-7-mil-toneladas-de-sodio-sao-retirados-de-alime.shtml

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Brasil pode sofrer surto de chikungunya nos próximos anos, diz ministro

Rio de Janeiro - O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou nesta sexta-feira, 08, que o Brasil corre o risco de enfrentar nos próximos três a quatro anos um surto de chikungunya, vírus com sintomas semelhantes aos da dengue e que também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. "É possível. Hoje a circulação é muito rápida das pessoas. É muito provável que a gente tenha circulação do chikungunya", disse Chioro em entrevista na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no Rio.

Segundo o ministro, em 2014 os casos de chikungunya se restringiram ao Oiapoque, no Amapá, e Feira de Santana, na Bahia. "Os casos que tivemos em mais quatro Estados foram pontuais, de pessoas que circularam."

Até 18 de abril deste ano, foram confirmados 1.688 casos de chikungunya no País, sendo 809 na Bahia e 879 no Amapá. Em 2014, houve 2.773 casos autóctones, ou seja, de pessoas sem registro de viagem para países com transmissão do vírus. Os casos foram registrados no Amapá, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Os principais sintomas da chikungunya são febre alta, dores musculares, de cabeça e nas articulações, com duração de três a dez dias. Assim como a dengue, não é recomendado o uso do ácido acetil salicílico (AAS), devido ao risco de hemorragia. O tratamento deve ser feito com medicação para febre (paracetamol) e dores articulares (anti-inflamatórios).

O Brasil detectou os três primeiros casos da doença em 2010, todos contraídos no exterior. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, a chikungunya havia sido identificada em 19 países, principalmente na África e Ásia. Mas, ao fim de 2013, foram identificados casos de transmissão dentro do mesmo território em países do Caribe e, a partir de março de 2014, na República Dominicana e no Haiti.

Apesar de ver o surto de chikungunya como possível nos próximos anos, Chioro afirmou que a dengue continua sendo a maior preocupação do Ministério. "O chikungunya, ao contrário da dengue, não mata, é completamente diferente. É o mesmo mosquito, são duas doenças virais que incomodam, mas tem um desfecho, que é o óbito, que nos preocupa demais", disse.

Quatro dias após ter admitido que o Brasil enfrenta epidemia de dengue, Chioro atribuiu às mudanças climáticas e à crise hídrica o maior número de casos neste ano. "Tivemos mudança climática, com início da chuva e calor muito mais cedo, então os casos começaram mais cedo. E tivemos falta d'água. Quando a população começa a armazenar água, naturalmente aumentam os criadouros do mosquito. Mas isso não explica todos os casos de dengue", afirmou.

Questionado sobre os investimentos no combate à dengue, Chioro afirmou que o ministério investiu R$ 1,25 bilhão em ações de combate ao mosquito em 2014. "Em dezembro, liberamos verba adicional de R$ 150 milhões, sem contar recursos adicionados pelos Estados e municípios. Não liberamos só na época da epidemia, nós fazemos um reforço. É trabalho do ano todo."

Na terça-feira, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou requerimento para que o Chioro esclareça o uso de apenas R$ 2,8 milhões da verba de R$ 13,7 milhão do programa de Coordenação Nacional da Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/05/08/virus-chikungunya-semelhante-a-dengue-pode-chegar-ao-brasil-diz-ministro.htm

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Açúcar reduz o nível do estresse, diz estudo


Muitas pessoas consomem doces em resposta ao estresse. Pesquisadores agora talvez tenham descoberto os motivos. O açúcar reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.

Os cientistas recrutaram 19 mulheres. Oito consumiram bebidas adoçadas com aspartame durantes 12 dias. O restante bebeu as mesmas bebidas contendo 25 por cento de sacarose.

Os pesquisadores mediram os níveis de cortisol da saliva das participantes antes e depois do experimento em que realizaram exames de imagem por ressonância magnética ao mesmo tempo em que resolviam testes de aritmética cujos níveis superavam a capacidade das participantes – procedimento conhecido por aumentar os níveis de cortisol.

Publicado no periódico The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, o estudo não encontrou diferenças entre os grupos nas medições de cortisol realizadas antes da dieta. Todavia, após a dieta, os níveis de cortisol foram menores para o grupo que consumiu açúcar e maiores para o que consumiu aspartame.

Os exames de ressonância mostraram uma atividade maior do cérebro nas áreas que controlam o medo e o estresse para o grupo que consumiu açúcar e uma atividade cerebral inferior entre o grupo que consumiu aspartame.

Kevin D. Laugero, um dos autores do estudo e nutricionista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, afirmou que não devemos inferir que o açúcar deva ser usado para reduzir o estresse. Todavia, "as descobertas são intrigantes, pois sugerem a existência de uma via metabólica sensível ao açúcar fora do cérebro, que pode expor novas áreas de tratamento de doenças neurocomportamentais e relacionadas ao estresse".


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/the-new-york-times/2015/05/05/acucar-reduz-o-nivel-do-estresse-diz-estudo.htm

terça-feira, 5 de maio de 2015

Começou ontem a Campanha de Vacinação Contra a Gripe


Começa nesta segunda-feira (4) a Campanha de Vacinação Contra a Gripe. Até o dia 22 de maio, 65 mil postos de saúde disponibilizarão a vacina. A ação tem o objetivo de imunizar 80% do público-alvo.

Devem ser vacinadas crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), presos e funcionários do sistema prisional. É importante levar aos postos de saúde o cartão de vacinação e um documento de identificação.

Também serão imunizadas pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais. Neste caso, é preciso levar também uma prescrição médica especificando o motivo da indicação da dose.

Pacientes que participam de programas de controle de doenças crônicas no Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos onde estão cadastrados para receber a dose, sem necessidade da prescrição médica.

Para quem não puder comparecer durante a semana, o Dia D está marcado para este sábado (9) em postos de saúde de todo o país.

A vacina é importante para evitar gripes, pneumonias e complicações da influenza. Mas é preciso ficar imune antes do inverno, época onde as doenças respiratórias costumam ser mais comuns, porque a vacina demora de duas a três semanas para fazer efeito no organismo e criar anticorpos.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-social/2015/05/04/comeca-hoje-a-campanha-de-vacinacao-contra-a-gripe/

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Excesso de peso atinge 52,5% dos brasileiros, segundo pesquisa Vigitel


Taxa de obesidade é de 17,9% no país, de acordo com Ministério da Saúde.
Excesso de peso é maior entre homens: 56,5% contra 49,1% das mulheres.

Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (15) revela que o índice de brasileiros acima do peso segue em crescimento no país – mais da metade de população está nesta categoria (52,5%) e destes, 17,9% são obesos, fatia que se manteve estável nos últimos anos.
Em 2013, o levantamento apontou que 50,8% dos brasileiros estavam acima do peso e que, destes, 17,5% eram obesos. Já em 2006, o total de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
Os números são da pesquisa Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Foram realizadas 41 mil entrevistas para o levantamento.
Os dados são divulgados anualmente pelo ministério desde 2006 e revela um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física.
Homens estão mais gordos
Os números mostram que o excesso de peso é maior entre os homens – 56,5% contra 49,1% das mulheres. Já a taxa de obesidade não é muito diferente entre os dois gêneros – 17,9% entre o sexo masculino e 18,2% entre o sexo feminino.
Os maiores índices de excesso de peso foram encontrados em pessoas com idade entre 45 e 64 anos – 61% estão acima do peso.
Os jovens com idade entre 18 a 24 anos registram 38%. A proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade, no entanto, é um dado preocupante apontado pela pesquisa – chega a 17,9%, embora tenha se mantido estável nos últimos anos.
Para a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Déborah Malta, chama a atenção dos pesquisadores o fato do índice de obesidade dobrar com a idade.
“Nas faixas etárias entre 18 e 24 anos o índice [de excesso de peso] praticamente dobra aos 35 e 44 anos. Em relação à obesidade, a taxa triplica na comparação entre as duas populações: sai de 8,5% [de 18 a 24 anos] para 22% [35 a 44 anos]”, explica a especialista.
São Luís é a capital com menor índice de adultos com excesso de peso (46%) e Manaus, o maior (56%). Já os adultos com menor índice de obesidade estão concentrados em Florianópolis (14%), enquanto Campo Grande lidera, com 22%.
Brasil é o terceiro ‘mais obeso’ dos Brics
Em comparação com os países integrantes do Brics – países emergentes considerados subdesenvolvidos, o Brasil fica em terceiro lugar no ranking de obesidade – atrás da África do Sul (65,4%) e Rússia (59,8%). China tem um índice de 25% da população acima do peso e a Índia, 11%.
Comparado a outros países da América do Sul, a taxa de obesidade no Brasil se mostra a menor: Chile tem índice de 25,1%, Paraguai 22,8%, Argentina 20,5% e Uruguai, 19,9%.
“De fato, a gente vai observando que o Brasil, e isso já é reconhecido internacionalmente, vem conseguindo obter um resultado que outros países não vêm conseguindo, porque a tendência de crescimento é avassalador nesses outros países, nessas outras realidades”, diz o ministro Arthur Chioro.
Mais atividades físicas
Segundo a pesquisa, nos últimos seis anos houve um aumento de 18% de pessoas que praticam atividades físicas. Na pesquisa mais recente, 35,3% afirmaram dedicar pelo menos 150 minutos por semana a exercícios – em 2009, era 29,9%. O hábito de ver televisão por mais de três horas, em contrapartida, caiu de 31% para 25,4%.
Para Arthur Chioro, o aumento da prática de atividade física e a adoção de uma alimentação com menos gordura contribuíram para a estabilização dos índices de obesidade.
“[Se não fosse] o impacto significativo de uma alimentação mais saudável, com aumento da ingestão das hortaliças, frutas, diminuição do refrigerante, da carne vermelha, com esse impacto da atividade física, nós provavelmente teríamos uma carga de obesidade e sobrepeso muito significativa, seguindo a tendência mundial. Temos muito o que comemorar”.
O estudo apontou ainda que pessoas com menor grau de escolaridade, que varia de zero a oito anos de estudo, registraram o maior índice de excesso de peso (58,9%). Daqueles que que estudaram 12 anos ou mais, 45% estão acima do peso.
O padrão é o mesmo com o registro de obesos – entre os que estudaram até 8 anos, o índice é de 22,7%. Entre os que estudaram 12 anos ou mais, a taxa é de 12,3%.
De acordo com o ministério, o excesso de peso é fator de risco para doenças crônicas do coração, hipertensão, diabetes, responsáveis por 78% dos óbitos no Brasil.
Do total de entrevistados, 20% afirmaram ter diagnóstico médico de colesterol alto – entre as mulheres, o índice é de 22%, contra 17,6% dos homens. A doença se torna mais comum com a idade e entre pessoas de menor escolaridade.

Fonte: G1