Apesar de todos os programas de combate a níveis
mundiais, a AIDS ainda contamina mais de 7 mil pessoas por dia.
Aids,
sigla para Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, era conhecida nos anos 80 como “A Maldita”. Essa
doença foi reconhecida no início da década de 80, quando foi registrada
formalmente. Os primeiros casos reconhecidos foram em homens homossexuais
oriundos de grandes cidades norte-americanas. Esse fato levou ao pensamento
errôneo de que a doença estava ligada a homossexualidade.
Hoje este estigma já foi superado. É de
conhecimento público que independente da orientação sexual o comportamento de
risco é manter relações sexuais sem preservativos. As vias de transmissão são sanguíneas,
esperma e secreção vaginal e o leite materno. Ou seja, além de relações sexuais
desprotegidas, uso de material perfuro cortante contaminado, ainda pode passar
da mãe para o bebê.
Cuba se tornou esse ano o primeiro país a
eliminar completamente a transmissão vertical (de mãe para filho). O êxito
nesse processo de eliminação se deve a atenção que o sistema cubano de saúde
oferece nas questões preventivas. O governo assegura as mulheres um pré-natal
adequado que inclui os testes de HIV. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
reconheceu a importância deste mérito em uma futura erradicação da doença.
Hoje é o dia designado pela OMS dedicado a
conscientização e combate à AIDS. Essa data vigora desde o final dos anos 80 em
todo o mundo. Os dados que o site da OMS oferece indicam que no final de 2014,
mais de 36 milhões de pessoas estavam infectadas pelo HIV. No começo desse ano
apenas 15 milhões de pessoas estavam recebendo o coquetel antirretroviral, que
é o método de controle da doença. No Brasil o tratamento é completamente
gratuito, assim como o teste de HIV.
O vírus sob os holofotes
“Pode escrever aí que eu com
a maldita”, essas foram as palavras de Cazuza ao dar a primeira entrevista ao
jornalista Zeca Camargo, em que revelava ser soropositivo. O termo soropositivo
quer dizer que os exames revelaram a presença de células de defesa que “lutam”
contra o HIV.
O jornalista conta que Cazuza lhe ofereceu o
copo em que tomava vinho na ocasião da entrevista, como se fosse um desafio.
Mas era um desafio a ignorância, pois se trata de uma doença cercada de
preconceito, mas ele aceitou o copo. Isso serve para lembrar que saliva não
transmite AIDS.
Outras personalidades da música e das telas
também foram contaminadas pelo HIV, fato que de certa forma trouxe mais
esclarecimento à população sobre a doença. O último caso de celebridade que
tornou público o fato de ser portador do vírus da AIDS é do ator Charlie Sheen.
Charlie é a estrela do seriado de sucesso “Dois
homens e meio”, onde vive um personagem que é um típico boa vida que vive para
o sexo com belas mulheres e para o álcool. Na vida real, o ator leva uma vida
parecida, mas em um nível mais pesado, envolvendo o uso indiscriminado de
drogas e sexo sem proteção, que levaram a contaminação pelo vírus.
Outras personalidades públicas também
enfrentaram a doença, como o vocalista da banda Queen, Freddie Mercury, falecido
em 91. Caio Fernando Abreu, poeta que tem ganhado muitos jovens fãs por causa
de seus poemas disseminados pelas redes sociais. Renato Russo, front da Legião
Urbana, que faleceu em 96. O jogador de basquete Magic Jonhson, também é
soropositivo, hoje o atleta é considerado porta voz do combate à doença.
Comportamentos de risco
Comportamentos e condições que colocam os
indivíduos em maior risco de contrair o HIV incluem:
Manter relações sexuais desprotegidas. Sendo
sexo anal, vaginal ou oral.
Ter outra infecção sexualmente transmissível,
como sífilis, herpes, clamídia, gonorreia e vaginose bacteriana.
Compartilhamento de agulhas contaminadas,
seringas ou outros objetos perfuro cortantes compartilhados.
Receber injeções inseguras, transfusões de
sangue, procedimentos médicos ou não que envolvem corte não esterilizado, como
piercings e tatuagens.
Ferimentos acidentais com agulha, incluindo o
caso de trabalhadores da saúde.
Fonte:
http://www.dm.com.br/cotidiano/2015/11/dia-mundial-de-combate-a-aids.html