quinta-feira, 30 de abril de 2015

Crianças que coçam muito os olhos podem desencadear astigmatismo


Pais podem evitar que o problema se manifeste na infância já que a coceira excessiva nos olhos pode ser resultado de alguma alergia preexistente.

Ver uma criança coçando os olhos com muita força é uma cena que incomoda. Se o ato se repete com frequência os pais devem ficar atentos e procurar ajuda.

Membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, o médico oftalmolotista Renato Augusto Neves afirma que meninos e meninas que insistem nesse hábito precisam da ajuda de um especialista já que a força dessa ação pode alterar o formato da curvatura da córnea e desencadear o astigmatismo. “Trata-se de um dos erros refrativos mais comuns, ao lado da miopia e da hipermetropia. Aliás, o astigmatismo costuma vir acompanhado de uma dessas duas condições. Apesar de ser uma condição herdada geneticamente, o problema também pode surgir em crianças e adolescentes que coçam vigorosamente os olhos – geralmente, resultado de alguma alergia preexistente”, afirma. 

Segundo ele, a única forma possível de prevenção, já que o componente genético é forte, é evitar que a criança coce demais os olhos. “Uma vez começado, trata-se de um hábito de difícil contenção. Por isso, vale a pena fazer o diagnóstico da alergia e tratá-la para que esses episódios de coceira sejam mais espaçados ou nulos”, reforça.

A recomendação da SBO é que a primeira visita ao oftalmologista deva ocorrer antes de o bebê completar seis meses. Depois disso, de acordo com Renato Augusto Neves, a criança deve fazer exames de visão entre 2 e 3 anos e quando começar a fase de alfabetização, entre 5 e 7. Na adolescência, a visita ao médico deve acontecer entre 13 e 15 anos e, na fase adulta, a pessoa deve fazer exames oftalmológicos a cada dois anos ou anualmente (caso tenha algum problema detectado que precise de acompanhamento). “Quem usa óculos ou lentes de contato deve aferir o grau todos os anos, a fim de enxergar bem e manter uma boa qualidade de vida”, diz.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/04/28/noticia_saudeplena,153184/criancas-que-cocam-muito-os-olhos-podem-desencadear-astigmatismo.shtml

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Cuidando da sua boca você estará cuidando do seu coração


Já fazem alguns anos que infecções na boca têm sido associadas a um maior risco de doenças cardíacas. Para a maior parte da população, entretanto, esta ligação não é bem entendida, muito devido ao fato das pessoas perceberem os dentes e a boca como partes independentes do resto do corpo. Desta forma, a noção que uma simples gengivite pode aumentar o risco de desenvolver uma doença cardíaca grave torna-se contraintuitiva.

Os principais motivos que levam as pessoas a terem cuidado com a higiene oral estão ligados à aparência, prevenção de infecções na boca e mau hálito. Poucos sabem que com este hábito simples estão ajudando a evitar doenças cardiovasculares.

Infecções na boca constituem a doença mais comum da humanidade e suas consequências não se restringem ao ambiente bucal. Isto é o que prova um artigo de revisão que compila resultados dos principais trabalhos científicos publicados sobre o assunto. A revisão, publicada recentemente na revista Trends in Endocrinology and Metabolism, confirma que existem fortes evidências científicas que associam as infecções da boca (as mais comuns são a gengivite, a periodontite e a cárie) a uma maior incidência de doenças cardiovasculares.

O mecanismo que explica esta ligação entre infecção oral, comumente produzida por uma higiene bucal descuidada, e doenças sistêmicas, como as doenças cardiovasculares, está agora melhor esclarecido. As infecções da gengiva, gengivites com formação de placa bacteriana, podem evoluir para a infecção das estruturas de ligação dos dentes com o osso, que são as periodontites. Por sua vez, cáries não tratadas podem evoluir para a infecção da polpa dental. Todas estas condições servem de porta de entrada das bactérias para a circulação sistêmica.

Estudos recentes demonstram a presença do DNA de bactérias orais em placas de ateroma; estas bactérias contribuem de maneira direta ou como um cofator para o desenvolvimento de inflamação crônica e aterosclerose com todas as suas consequências cardiovasculares. Existe uma relação dinâmica entre o microbioma oral (conjunto de bactérias que infectam a boca) e o processo de inflamação sistêmica crônica que predispõe o indivíduo a desenvolver doença cardiovascular.

Escovar os dentes regularmente e, principalmente, fazer uso do fio dental, são formas baratas e eficazes de remover ou impedir a formação de placas bacterianas, impedindo as infecções na boca.

A boa higiene oral, além de causar boa aparência, evitar o mau hálito e trazer bem estar na boca, pode contribuir muito para diminuir o risco de doença cardíaca! 
Autor: Equipe ABC da Saúde
Referência Bibliográfica
-Trends in Endocrinology and Metabolism - In press - Available online 16 April 2015.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Chá verde com maçã - Receita de saúde


Vários estudos científicos nos últimos anos têm associado o consumo de alguns tipos de alimentos à promoção de saúde. Resultados consistentes apontam para uma relação positiva entre o consumo de frutas e verduras e diferentes benefícios à saúde, principalmente no que diz respeito à proteção do aparelho cardiocirculatório contra aterosclerose e também ao desenvolvimento de certos tipos de canceres. O chá verde também tem atraído a atenção dos cientistas e tem sido considerado como um "benfeitor" à saúde, entretanto, com resultados ainda controversos.

Tanto para o efeito das frutas como para o do chá verde, o mecanismo de ação proposto é o de promover nas células um processo químico chamado de antioxidação. Este processo ocorre por meio de substâncias contidas nestes alimentos, genericamente chamadas de antioxidantes, que atuariam diminuindo os processos de formação de placas de ateroma e de formação de novos vasos sanguíneos (processo este chamado de angiogênese e muito importante no desenvolvimento e manutenção de tumores). O conjunto dos principais antioxidantes estudado pertence à categoria química dos polifenóis (presente em grande quantidade no azeite de oliva).

Na tentativa de entender melhor esta relação entre os polifenóis e a diminuição de processos biológicos subjacentes a algumas doenças, um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Alimentos da Inglaterra realizou um estudo com o objetivo de determinar os mecanismos moleculares que fazem com que os polifenóis reduzam a angiogênese e suas consequências prejudiciais à saúde. Os resultados desta pesquisa foram publicados nesta semana na revista científica Molecular Nutrition and Food Research.

A pesquisa demonstrou que o polifenol específico da maçã (procianidina) complementa o efeito do componente do chá verde (epigalocatequina). Este efeito consistiu de uma inibição de uma proteína chamada de Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (a sigla em inglês é VEGF) e que é um potente promotor da angiogênese.

Mais interessante ainda é que a combinação dos dois polifenóis faz com que seja necessária uma concentração baixa de cada um deles para atingir o efeito inibidor de angiogênese . Esta concentração pode ser alcançada com a quantidade destes compostos encontrada numa dieta normal que contenha maçã e chá verde.

Então, para o lanche da tarde, uma maçã com um copo de chá verde vão lhe fazer bem! 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -Molecular Nutrition and Food Research- 2015, 59, 401–412 DOI 10.1002/mnfr.201400478.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

MP libera e Piracicaba soltará mosquito da dengue geneticamente modificado


Depois de barrar a utilização de mosquitos geneticamente modificados no combate à dengue, o Ministério Público de Piracicaba liberou, nesta quarta-feira (15), a soltura de exemplares do Aedes Aegypti cujos genes sofreram alterações para que seus descendentes não cheguem à fase adulta. De acordo com a administração municipal, a cidade já registrou 655 casos de dengue neste ano e corre o risco de registrar epidemia da doença. A cidade será a primeira no estado de São Paulo a utilizar o procedimento, feito em caráter experimental e que ainda não tem regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A liberação dos mosquitos estava prevista para ocorrer em 20 de abril, mas um pedido do MP fez com que a data fosse revista pela administração municipal. Agora, a soltura dos transgênicos deve ser feita na última semana de abril. O investimento no projeto é de R$ 150 mil e, segundo a Oxitec do Brasil, empresa responsável pela modificação do mosquito, a redução do Aedes selvagem pode chegar a 90%.

Serão soltos dois milhões de mosquitos em um primeiro momento, mas novas levas serão soltas três vezes por semana com outros dois milhões de mosquitos, no total. Os mosquitos serão soltos no bairro Cecap, que concentra a maioria dos casos na cidade e, caso os resultados forem positivos, o projeto pode ser expandido para outras áreas.

Os mosquitos transgênicos são machos, não picam e não transmitem a dengue. Eles sofreram uma alteração que faz com que seus descendentes não cheguem à idade adulta, o que, segundo as autoridades, trará a queda na população do mosquito. Com isso, espera-se que menos casos de dengue sejam registrados.

TAC
Para utilizar os mosquitos modificados, entretanto, a prefeitura e a Oxitec precisaram assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) onde se comprometem a não proibirem o uso de inseticida e realizarem as nebulizações de combate ao vetor da dengue. A aplicação do veneno irá matar tanto os exemplares modificados quanto os selvagens.

"A contratação da tecnologia do Aedes Aegypti transgênico não desobriga o município a cumprir as medidas preconizadas nas Diretrizes Nacionais para o Controle e Prevenção da Dengue do Ministério da Saúde e do Programa Estadual de Controle da Dengue, como a aplicação de inseticida, fiscalização domiciliar, campanhas de orientação da população sobre os sintomas da doença e remoção de criadouros", afirmou a promotora Maria Christina Marton de Freitas;

O acordo determina ainda que os dados sobre a eficácia dos mosquitos transgênicos deverão ser disponibilizados na Internet e qualquer pessoa que quiser acompanhar o caso deverá ter acesso a informações. Além disso, a Oxitec terá que acompanhar, por dois anos após o fim da soltura dos mosquitos, os locais onde eles foram liberados, certificando-se que não haverá mais nenhum mosquito modificado.  A empresa também concordou com os termos.

A Prefeitura de Piracicaba informou, em nota, que o acordo responde aos questionamentos que surgiram após a divulgação de que mosquitos modificados geneticamente seriam utilizados e que irá manter todas as medidas atualmente utilizadas para combater a dengue. Ainda segundo a administração, embora não seja regulamentado pela Anvisa, o uso dos transgênicos já foi aprovado pelo CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), o órgão colegiado responsável pela aprovação e regulação de organismos geneticamente modificados no Brasil e não deve trazer nenhum tipo de risco aos moradores.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/04/15/mp-libera-e-piracicaba-soltara-mosquito-da-dengue-geneticamente-modificado.htm

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Um simples exame de saliva para diagnosticar o autismo


É o sonho de consumo de todos os médicos e da população em geral pois não existe nenhum exame laboratorial capaz de confirmar uma hipótese diagnóstica de autismo.
O diagnóstico de autismo continua sendo clínico, baseado no histórico e na observação do paciente e dependendo dos poucos especialistas disponíveis no Brasil para realizá-lo. O processo pode levar anos (filas de espera) beneficiando poucos e garantindo que milhares de centenas de autistas jamais receberão seu diagnóstico ou alguma forma de tratamento.
Eis que surge um grupo de pesquisadores da Clarkson e da State University of New York, liderados pelos Drs. Armand Wetie e Alis Woods propondo um método inédito, rápido e eficaz para realizar o diagnóstico de autismo: um simples exame de saliva.
Examinando a saliva de 6 jovens autistas na faixa de 6 a 16 anos e comparando a um grupo controle constituído por jovens neurotipicos (normais) os pesquisadores dectectaram na saliva dos jovens autistas um aumento significativo de nove proteínas e a diminuição ou ausência de outras três. As proteínas identificadas tinham uma função diretamente relacionadas ao sistema imunológico e a distúrbios digestivos.
Para a realização deste ensaio científico os pesquisadores lançaram mão de uma tecnologia sofisticada: a espectrometria de massa apoiada por conhecimentos fornecidos por um novo ramo da ciência: a proteômica que tem por objetivo estudar a estrutura e função de milhares de proteínas produzidas em nosso organismo obedecendo instruções fornecidas pelos nossos genes.
A notícia é alvissareira, se confirmada por outros grupos de pesquisadores, pois, em tese, poderá oferecer um diagnóstico rápido do autismo permitindo uma intervenção terapêutica precoce, garantindo um bom prognóstico para os pacientes.
No Brasil receio que recursos diagnósticos, como o proposto por estes cientistas, tragam mais angústia do que alívio ou esperança. Imaginem as famílias dos 2.000.000 de autistas que vivem entre nós cientes do transtorno que acomete seus filhos, netos, sobrinhos ou outros agregados sem ter a disposição nenhum recurso público a recorrer. É desesperador.
Referência: “A Pilot Proteomic Analysis of Salivary Biomarkers in Autism Spectrum Disorder'' – Journal of Autism Research.
Fonte: http://estevaovadasz.blogosfera.uol.com.br/2015/03/16/um-simples-exame-de-saliva-para-diagnosticar-o-autismo/

terça-feira, 14 de abril de 2015

OMS alerta que cesarianas só devem ser feitas quando há indicação médica


A cesariana pode ser necessária quando o parto vaginal coloca em risco a vida da mãe e do bebê.

 A cesariana é uma das cirurgias mais comuns no mundo, com taxas crescendo sobretudo em países de média e alta renda. Embora possa salvar vidas, o procedimento é comumente adotado sem indicação médica e coloca a saúde de mulheres e de seus bebês em risco. O alerta foi feito nesta sexta-feira (10/04) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a entidade, a cesariana pode ser necessária quando o parto vaginal coloca em risco a vida da mãe e do bebê, como em casos de trabalho de parto prolongado, sofrimento fetal ou quando o bebê está em uma posição pouco comum.
A OMS destaca que as cesarianas podem provocar complicações como incapacidades ou morte, particularmente quando não há instalações adequadas para os procedimentos cirúrgicos de forma segura ou para tratar possíveis complicações.

Desde 1985, a comunidade médica internacional defende que a taxa ideal de cesarianas esteja entre 10% e 15%. Segundo a OMS, estudos recentes indicam que quando as taxas se aproximam de 10% a mortalidade materna e entre recém-nascidos é menor. Mas, quando a taxa supera os 10%, não há evidências de melhoria nos índices.

Diante da ausência de um sistema de classificação internacionalmente aceito para monitorar e comparar dados relativos a cesarianas, a OMS defende que seja adotado o Sistema Robson, que classifica mulheres internadas para parto em grupos baseados em características como número de gestações anteriores, posição do bebê, idade gestacional, cicatrizes uterinas e número de bebês.

O outro lado

Ainda segundo a OMS, outras grávidas com reais necessidades médicas de fazer este procedimento simplesmente não têm acesso à cirurgia. "Se um país tem uma taxa abaixo de 10%, você vai ver que há mais mães e bebês morrendo por (falta de) acesso", disse a diretora do departamento de saúde reprodutiva da OMS, Marleen Temmerman. "Vemos mulheres morrendo em alguns países porque não conseguem ser operadas a tempo", afirmou.

Segundo cifras de 2008 da Organização Mundial da Saúde, cerca de 23% das crianças vieram ao mundo na Europa por cesariana. A prática corresponde a 35% dos partos nas Américas do Norte e do Sul e 24% no Pacífico ocidental. No Brasil, a incidência é de 53%.

Apenas a África e o Sudeste asiático, com taxas de 3,8% e 8,8%, parecem estar livres dessa "epidemia". As recomendações feitas nesta sexta-feira foram o primeiro apelo específico feito pela OMS para reduzir o número de partos por cesariana exceto quando há necessidade médica para tal. "Eu penso que esta é a primeira vez que estamos sendo tão explícitos a esse respeito", disse a especialista perinatal da OMS, Metin Gulmezoglu.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/04/10/noticia_saudeplena,152963/oms-alerta-que-cesarianas-so-devem-ser-feitas-quando-ha-indicacao-medi.shtml

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Os mitos e as verdades sobre o chocolate


Mas será mesmo que consumir chocolate pode prejudicar a pele? Estes e outros mitos são respondidos por Dr. Roberto Martins Figueiredo (Dr. Bactéria).

O chocolate pode trazer bactérias patogênicas (que ocasionam doenças)?
As características próprias do chocolate não permitem o desenvolvimento de bactérias que causam doenças, no entanto, bactérias patogênicas , como Salmonella, podem permanecer latentes e , tendo em vista a baixa dose infectante desta bactéria, podem acarretar em Doenças Veiculadas por Alimentos.

O chocolate previne cárie ?
Pesquisadores japoneses (Takashi Ooshima e seus colegas da Universidade de Osaka) descobriram que substâncias presentes na casca do cacau e consequentemente no chocolate podem inibir a formação de cáries cujo processo se inicia quando bactérias do tipo Streptococcus produzem uma molécula adesiva chamada glucan. Isto ajuda a bactéria a se fixar nos dentes e formar a placa bacteriana. Estas bactérias convertem os açúcares em ácidos, que corroem o dente, levando às cáries. Esta substância possui poder bactericida. No entanto, nada substitui a boa higiene , com a escovação e fio dental ,sempre, pós alimentação.

Chocolate pode conter toxinas de fungos de alta toxicidade ?
Embora na fermentação do cacau podem haver contaminações de fungos, ainda não foi comprovada a possibilidade da produção de toxinas fúngicas tipo aflatoxina.

Mousse de chocolate apresenta riscos de doenças veiculadas por alimentos ?
A utilização de clara de ovos na preparação deste alimento pode levar , e já houveram vários casos, de aparecimento de eventos de Doenças Veiculadas por Alimentos por Salmonella enteritidis. Mousses devem ser preparados com claras pasteurizadas.

Qual o grau de contaminação do chocolate ?
O chocolate e a maioria dos produtos de chocolate são demasiadamente secos e açucarados para permitir a proliferação das bactérias, porém, no chocolate, as bactérias podem permanecer por longo tempo, de modo latente. O licor de cacau pode conter Salmonella. Em muitas fábricas a qualidade microbiológica é mantida adequada , via controle pelo calor, no entanto, a temperatura necessária para matar as bactérias no cacau líquido, podem modificar o sabor deste produto.

Comer chocolate dá espinhas?
Não existe comprovação científica de que o chocolate ou outros alimentos causem acne, mas se você achar que sua acne piora quando ingere certo tipo de alimento, evite-o.

 O que são as manchas brancas que aparecem no chocolate, quando guardado na geladeira ?

A maioria dos problemas de imperfeição de chocolate se deve à
“temperagem” mal realizada ou a problemas com troca de calor com ambiente. Muito provavelmente o chocolate estava frio, passou a “suar” e depois secou com manchas brancas. Essas manchas não significam que o chocolate estava estragado.
Apenas indicam que houve alteração devido à temperatura, fazendo com que a manteiga de cacau ficasse depositada na superfície do chocolate. Essa deposição chama-se “eflorescência”.

Por que o chocolate, na geladeira, às vezes começa a suar e fica com a superfície mole?

Isso se deve ao excesso de tempo de geladeira. Ele foi desenformado gelado e, em contato com a temperatura ambiente, passou a trocar calor e a “suar”. Ele terá maior dificuldade p/ uma completa secagem e, se secar, não terá uma boa aparência final.

Por que o chocolate não pode ser dado para cães
A teobromina existente nos chocolates pode ser fatal para os cães.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/04/04/os-mitos-e-as-verdades-sobre-o-chocolate/

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Para uma alimentação saudável evite os pacotes


A urbanização crescente e o estilo de vida moderno têm levado a mudanças substanciais nos hábitos alimentares da população, especialmente nos países ocidentais. O maior tempo gasto no transporte de casa para o trabalho e vice-versa é compensado com um menor tempo para a realização das refeições. Se, antigamente, nas pequenas comunidades, todas as refeições eram feitas e preparadas em casa, nos dias de hoje isto é raro.

Para fazer frente a esta nova realidade de demanda de refeições rápidas e práticas houve um grande crescimento da indústria de alimentos prontos ou pré-prontos, os chamados alimentos industrializados, acondicionados em embalagens dos mais diversos padrões. Além disso, houve também uma grande proliferação de restaurantes e lanchonetes, além de serviços de venda de comidas prontas em grandes redes de supermercados. A tecnologia, por sua vez, contribuiu com o forno de micro-ondas, que permite o aquecimento ou cozimento dos alimentos prontos ou pré-prontos em tempos menores.

No entanto, esta mudança de hábito alimentar causa efeitos colaterais e os custos destes efeitos são geralmente cobrados na saúde da pessoa.

Uma das principais consequências negativas deste tipo de alimentação diz respeito ao excesso da ingestão de sódio (contido no sal de cozinha), pois existe uma correlação direta e positiva entre este excesso de ingestão e o aumento da pressão arterial. Hipertensão arterial (pressão alta) é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças (doenças cardíacas e derrames cerebrais) que constituem as principais causas de morte -- inclusive mortes precoces -- nos dias atuais.

Os Estados Unidos é certamente o país campeão em consumo de comida industrializada e dados recentes indicam que mais de 90% dos adultos americanos consomem mais sódio do que o recomendado. Um estudo recente, realizado naquele país e publicado na revista científica Preventing Chronic Disease deste mês de abril, avaliou o conteúdo de sal nos alimentos industrializados vendidos nos supermercados. Foi constatado que mais de 50% dos alimentos vendidos em embalagens têm uma grande quantidade de sal adicionado, sendo superior ao recomendado como quantidade saudável pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, que é o órgão que define as diretrizes de consumo alimentar saudável.

A quantidade de sódio ingerida considerada saudável, ou seja, sem potenciais repercussões sobre a pressão arterial, é de 2,3 gramas de sódio por dia para adultos até 51 anos. Para pessoas com mais de 51 anos, ou de qualquer outra idade que já tenham hipertensão, diabete ou doença renal crônica e para os afrodescendentes, este valor é de 1,5 gramas/dia. Considerando que um potinho de sopa pronta ou um sanduíche de fastfood contêm 2,2 g de sódio, fica difícil manter uma dieta alimentar saudável com estes alimentos sendo ingeridos de forma sistemática e não só "de vez em quando".

Os autores da pesquisa alertam também para a importante constatação de que a maioria do sódio ingerido pela população vem de comida de restaurantes e de alimentos processados (industrializados) vendidos em pacotes. Ambos podem conter um excesso de sódio. Estima-se que hoje, somente 25% do total de sódio ingerido por uma pessoa é aquele adicionado na preparação caseira do alimento (seja durante a preparação ou após a preparação), e 75% provém de alimentos industrializados, comprados prontos ou pré-prontos em embalagens.
Com este ambiente alimentar cresce a dificuldade para atingir-se um consumo de sódio saudável.

Uma dica que funciona muito bem é ficar longe das embalagens. Quanto mais natural o alimento, melhor para a sua saúde. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -Preventing Chronic Disease - 2015;12:140500. DOI: http://dx.doi.org/10.5888/pcd12.140500.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Brasileira cria sensor que descobre câncer antes dos sintomas e sem biópsia

Detectar um câncer antes mesmo de qualquer sintoma surgir, sem biópsia ou procedimentos invasivos, pode ajudar muito no tratamento da doença. Agora, os primeiros passos em direção a essa novidade foram dados por uma brasileira, a cientista brasiliense Priscila Monteiro Kosaka, 35 anos, doutora em Química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri.
Kosaka criou um sensor ultrassensível que descobre a doença a partir de um exame de sangue, usando uma técnica chamada de bioreconhecimento, que também poderá ser usada no diagnóstico de hepatite e Alzheimer.
Segundo ela, o sensor é inovador porque consegue detectar uma amostra muito pequena em meio a milhares de células, coisa que nenhum outro biomarcador conseguia até então.
Funciona como um mini trampolim, com anticorpos na superfície, que quando "captam" a presença do câncer na amostra de sangue reagem e se tornam mais pesados. O dispositivo faz com que haja uma mudança de cor das partículas. "A superfície do trampolim muda de cor e brilha muito, como se fosse uma árvore de Natal", explica. 
O dispositivo possui uma taxa de erro de dois a cada 10 mil casos.
Fase de testes

Kosaka ressalta que a descoberta está sendo testada há quatro anos, mas ainda falta o teste com amostras de doentes e com biomarcadores de última geração. E antes de chegar ao mercado, é preciso baixar o seu custo. A previsão é de que isso só aconteça dentro de dez anos.
Mas a ideia é que o dispositivo tenha um custo acessível e seja utilizado por meio de exames de rotina, dispensando assim o procedimento da biópsia. 
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil tem 576 mil casos de câncer por ano. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) é o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/04/08/cientista-do-df-cria-sensor-que-descobre-cancer-no-estagio-inicial.htm

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Cientistas descobrem nova forma de tratar a demência


Cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), de Cingapura, anunciaram hoje (6/04) ter descoberto uma nova forma de tratar a demência, que consiste no envio de impulsos elétricos a áreas do cérebro para aumentar o crescimento de novas células.

O tratamento, conhecido como estímulo cerebral profundo, é um procedimento terapêutico já usado em algumas partes do mundo para várias situações neurológicas, como tremores ou distonia (espasmos musculares involuntários que produzem movimentos anormais de determinada parte do corpo).

Os cientistas da NTU dizem ter descoberto que esse estímulo pode também ser usado para aumentar o crescimento de células cerebrais, reduzindo os efeitos nocivos das condições relacionadas à demência e melhorando a memória em curto e longo prazo.

A investigação mostra que as novas células ou neurônios podem ser formadas por meio do estímulo da parte frontal do cérebro, que está envolvida na retenção da memória, com o recurso a impulsos elétricos.

“O aumento de células cerebrais reduz a ansiedade e a depressão e promove a aprendizagem, impulsionando, em termos globais, a formação e retenção de memória”, informou a universidade em comunicado citado pela agência de notícias Xinhua.

Segundo a NTU, os impulsos foram testados em ratos e os resultados da investigação significam novas oportunidades para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o tratamento de pacientes que sofrem de perda de memória por condições relacionadas à demência, como as doenças de Alzheimer e de Parkinson.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/04/06/noticia_saudeplena,152873/cientistas-descobrem-nova-forma-de-tratar-a-demencia.shtml

terça-feira, 7 de abril de 2015

Tendas para atender pacientes com dengue são instaladas em São Paulo


Na última quinta-feira (26), a Secretaria de Saúde do Município de São Paulo divulgou números preocupantes sobre os casos de dengue na capital paulista. Segundo registros, de 4 de janeiro até 14 de março, foram identificados 4.436 casos autóctones (contraídos no município).

Para auxiliar no tratamento e diminuir o número de casos, a prefeitura instalará no decorrer desta semana tendas próximas a unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) ou pronto-socorro, todos na Zona Norte de São Paulo, região que registou 47,5% dos casos de dengue. Serão três tendas que atenderão cerca de 100 pessoas cada uma.

A ação administrada pela prefeitura em parceria com cinco hospitais filantrópicos da cidade (Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein e Hospital Samaritano) oferecerá exames, em caso de suspeita de dengue, e terapia, caso exista problemas de desidratação (independente da confirmação ou não do caso).

Até o momento, foram confirmadas duas mortes neste ano por dengue. A estimativa da Secretaria Municipal de Saúde é que o número de óbitos seja três vezes maior que o do ano passado.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/03/30/tendas-para-atender-pacientes-com-dengue-sao-instaladas-em-sao-paulo/

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Eletrodos cerebrais podem controlar a sua relação com a comida

Eletrodo pode mudar a forma de pensar a comida.
Estudo do HCor está na fase 1 ainda e é voltado para obesos mórbidos. 
O homem sempre inventou tecnologias que nos ajudam a viver melhor – a bengala para apoiar os nossos passos, os óculos quando não estamos enxergando bem. Tudo isso é natural e já está incorporado no nosso cotidiano. Mas a ciência está indo mais longe. Você já pensou implantar um eletrodo no cérebro para mudar a forma de pensar a comida? Quem explicou tudo no Bem Estardesta terça-feira (31) foram os neurocirurgiões Alessandra Gorgulho e Fábio Godinho.

O estudo do HCor está na fase 1 ainda e é voltado para pessoas com obesidade mórbida. O estudo é experimental e não está aberto para novos voluntários. De acordo com a doutora Alessandra, na melhor das hipóteses, novas pessoas podem ser recrutadas entre três e cinco anos.

O tratamento não muda os hábitos alimentares. O que existe de concreto é que o tratamento aumenta o gasto calórico.
A doutora Alessandra explica que o eletrodo é introduzido em uma área do cérebro chamada hipotálamo. “Essa região é responsável pelo controle de várias funções, como a relação do controle alimentar, da saciedade, metabolismo, o quanto que existe de gasto calórico.”
Os médicos ainda estão estudando os efeitos colaterais. Entre eles estão a alteração do sono, da função sexual, do humor, aumento da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e aumento da temperatura do corpo.
O mecânico Augustinho Cesar Guariente participou da pesquisa e fez a cirurgia para colocar dois eletrodos no cérebro. A operação aconteceu em novembro de 2014 e Augustinho pesava quase 170 kg.  Em cinco meses, ele conseguiu eliminar 26 kg.
O eletrodo também está sendo usado para tratar outras doenças: Parkinson, distonia, tremor essencial, TOC, Síndrome de Tourette e epilepsia.
Fonte: Bem estar 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Exercício melhora função sexual em homens


A disfunção sexual é um problema comum em homens de idade madura e que tende a aumentar com o avançar da idade. Dentre as disfunções sexuais, a dificuldade de ereção é a mais frequentemente referida. Além da idade, condições como obesidade, hipertensão, fumo, diabete e sedentarismo estão também associadas à dificuldade de ereção peniana.

Recentemente, com o desenvolvimento de medicamentos efetivos, a abordagem farmacológica tem se tornado a primeira escolha no combate à dificuldade de ereção. No entanto, o custo elevado e a possibilidade de efeitos colaterais restringem esta escolha. Paralelamente, nos últimos anos, tem crescido o interesse no emprego do exercício físico como tratamento da disfunção erétil e alguns estudos já apontam uma relação positiva entre a atividade física regular e o desempenho sexual em homens.

No final de março foi publicado na revista científica Journal of Sexual Medicine, um trabalho com resultados de uma nova pesquisa avaliando a associação entre exercício físico e função sexual em homens. A pesquisa foi conduzida em uma amostra de 295 participantes saudáveis que completaram questionários sobre os níveis de atividade física desenvolvidos por cada um e a capacidade de ereção e orgasmo, a qualidade e frequência de ereções e a função sexual como um todo.
 Os resultados foram processados estatisticamente e revelaram uma melhor função sexual nos homens que referiam uma maior atividade física regular. Esta atividade física corresponde a 2 horas semanais de exercício intenso, 3 horas e meia de exercício moderado ou 6 horas de exercício leve. Homens que têm uma atividade física menor do que este padrão obtiveram menores escores de função sexual.

Para aqueles homens que na idade madura estão experimentando alguma dificuldade na função sexual, aqui está uma alternativa saudável e sem custo para melhorá-la. E, pelos resultados da pesquisa, quanto mais exercício melhor o desempenho sexual! 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

·         -Journal of Sexual Medicine - 2015 Mar 20. doi: 10.1111/jsm.12869.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Maior estudo já realizado no Brasil vai mostrar quais os fatores de risco para doenças crônicas


Levantamento epidemiológico de magnitude jamais vista no país quer detectar quais fatores contribuem para aumentar ou diminuir o risco de doenças crônicas não transmissíveis entre os brasileiros adultos. Pesquisadores de seis instituições estão construindo uma base de dados inédita para municiar médicos e o Sistema Único de Saúde (SUS) com informações e referenciais de valores para exames clínicos e laboratoriais tidos, até então, com base somente na população de outros países desenvolvidos, entre eles os Estados Unidos. Os primeiros seis anos do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), que se estenderá ao menos pelos próximos 20 anos, já dão sinais de que, numa sociedade marcada pelo perfil heterogêneo do ponto de vista étnico, social, cultural e de comportamento, os parâmetros são diferenciados.

O estudo recrutou 15.105 voluntários, servidores de universidades e institutos de pesquisa públicos, com idade entre 35 e 74 anos, em seis capitais: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Vitória. A saúde deles está sendo acompanhada desde 2008. Anualmente, são entrevistados por telefone para os pesquisadores acompanharem a saúde deles e, a cada quatro anos, são submetidos a baterias de exames e outras entrevistas, que ajudam a verificar a evolução do quadro de saúde e o que contribui para alguma disfunção que porventura seja detectada. Cerca de 50 pesquisadores das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Rio Grande do Sul (UFRGS), do Espírito Santo (Ufes) e da Bahia (UFBS), da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão envolvidos no projeto.

O interesse principal do Elsa-Brasil é avaliar doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes, além de problemas como cognição, depressão, aterosclerose e osteoartrite. Entre os parâmetros biológicos avaliados estão a espessura da camada média-intimal da artéria carótida (o espessamento dela indica o risco aumentado de doenças cardiovasculares); a duração das ondas e intervalos registrados no eletrocardiograma; referências laboratoriais, incluindo hemograma; e exames que verificam a função renal e enzimas produzidas no fígado. Todos podem variar entre grupos populacionais.

“Nós nos apropriávamos do conhecimento produzido nos Estados Unidos e nos países europeus e aplicávamos na nossa população, mas há diferenças culturais, étnicas, de alimentação e do comportamento. O estudo nos trará detalhes da nossa realidade, a partir do nosso conhecimento e do que o mundo tem gerado”, afirma Sandhi Maria Barreto, coordenadora do Elsa-Brasil no estado e professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG. “É importante termos parâmetros próprios para ter condição de interpretar com mais precisão um exame pedido pelo médico”, completa.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/03/30/noticia_saudeplena,152788/maior-estudo-ja-realizado-no-brasil-vai-mostrar-quais-os-fatores-de-ri.shtml