quinta-feira, 31 de julho de 2014

Consumo de legumes como feijões, grão-de-bico, lentilhas e ervilhas pode reduzir o "colesterol ruim".

Já é bem difundida a noção de que o consumo de frutas, legumes e verduras faz bem à saúde. Prova disso é que a maioria das diretrizes que orientam as ações médicas, principalmente no que diz respeito às doenças cardiovasculares, recomenda o consumo de vegetais como parte de uma estratégia de vida saudável. Entretanto, a maior parte destas diretrizes não incluem recomendações baseadas em benefícios diretos deste consumo sobre a redução do colesterol ou do risco cardíaco.
A doença cardiovascular representa uma das principais causas de morte no mundo inteiro. O risco desta doença pode ser significativamente reduzido com o controle das gorduras do sangue, principalmente da lipoproteína de baixa densidade, conhecido como LDL (da sigla em inglês), ou também como "colesterol ruim". Alterações das gorduras do sangue constituem um dos mais importantes fatores de risco modificáveis para doença cardiovascular e o manejo atual desta condição é feito utilizando-se remédios redutores de colesterol.
Em uma pesquisa publicada recentemente no Canadá, a análise de 26 trabalhos científicos sobre o assunto, que no total incluíam mais de mil pessoas, revelou que a ingestão de uma porção (que corresponde a 130 gramas ou a três quartos de um copo) diária de legumes como feijões, grão-de-bico, lentilhas e ervilhas, por um período médio de 6 semanas, reduz o LDL em 5%, o que corresponderia a uma redução de risco potencial de 5% na doença cardíaca (redução de 1% do LDL corresponde à redução de 1% na mortalidade por doença cardíaca). Apesar de modesta do ponto de vista absoluto, esta redução é significativa do ponto de vista estatístico e tem um impacto importante na redução de risco cardiovascular.
Considerando a relação custo-benefício, o encorajamento no sentido de aumentarmos o consumo deste tipo de alimento na nossa dieta, apresenta um ganho considerável, principalmente quando associado a outras mudanças de estilo de vida.
Cabe lembrar que estes alimentos são corriqueiros na dieta do mediterrâneo, padrão alimentar que apresenta diversos benefícios comprovados na promoção da saúde e bem-estar.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Descoberta a ligação entre emoções negativas e doença cardíaca.

Já é antiga a noção de que emoções negativas, estresses intensos e crises vitais, como as que ocorrem como a perda de uma pessoa querida, separação, perda de emprego, aposentadoria etc., influenciam decisivamente a saúde. Por sua vez, várias pesquisas têm mostrado que sentimentos como a ansiedade, depressão e raiva aumentam o risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC, derrame), sugerindo uma estreita relação mente-corpo. Até o momento, entretanto, não haviam evidências experimentais que esclarecessem os mecanismos pelos quais o estresse e a regulação das emoções podem afetar o funcionamento cardiovascular.
Resultados recentes de uma pesquisa publicada na revista científica Biological Psychiatry lançam uma nova luz sobre o assunto. Os cientistas investigaram as respostas do organismo de 157 adultos, homens e mulheres, de 30 a 54 anos, que foram solicitados a controlar suas reações emocionais ao serem expostos a figuras desagradáveis. Durante a exposição os participantes tiveram as suas atividades cerebrais medidas por meio da análise de imagem funcional. A região do cérebro que controla estas reações é a mesma que controla funções viscerais implicadas na regulação do sistema imunológico (chamada de córtex pré-frontal).
O sistema imune, ao ativar respostas inflamatórias, contribui de forma decisiva no desenvolvimento da aterosclerose e suas consequências, dentre elas, a doença cardiovascular e o derrame. A inflamação, por sua vez, está altamente associada a desordens afetivas, características da regulação emocional.
Os pesquisadores mediram a espessura das paredes da artéria carótida por ultrasonografia a fim de avaliar o grau de aterosclerose nos participantes. A inflamação foi medida pela dosagem da interleucina-6 no sangue, uma substância pró-inflamatória produzida pelo sistema imune que está associada a um maior risco de doença cardíaca. Esta substância também está aumentada com a maior atividade dos neurônios da córtex pré-frontal.
A interpretação dos dados obtidos no experimento indicou que a maior atividade da córtex pré-frontal, produzida pela tentativa de controle emocional frente à situação adversa, foi associada a maiores níveis de aterosclerose e de interleucina-6, o que levou os pesquisadores à conclusão de que a regulação cognitiva das emoções desencadeia uma ativação da resposta inflamatória por maior atividade da córtex pré-frontal, produzindo aterosclerose e afetando o sistema cardiovascular.
Estes resultados, além de contribuirem para um maior entendimento da relação mente-corpo, podem servir, no futuro, de suporte para produzir potenciais ações preventivas de doença cardiovascular.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Alimentos orgânicos e saúde.

Nos últimos anos tem crescido o interesse e a procura pelos alimentos orgânicos. Muito disso é devido à preocupação sobre o impacto na saúde dos alimentos produzidos com a ajuda de substâncias químicas (pesticidas, reguladores de crescimento e fertilizantes minerais). Existe a noção empírica de que os alimentos orgânicos, além da vantagem de não conterem agrotóxicos, seriam mais nutritivos. Entretanto, as evidências científicas são divergentes quanto às possíveis qualidades nutricionais superiores dos alimentos orgânicos.
Com o objetivo de contribuir para o esclarecimento desta questão, pesquisadores de vários países realizaram um estudo em colaboração em que foi utilizada uma técnica estatística, chamada de meta-análise, que combina resultados compilados de estudos prévios sobre o assunto, o que aumenta a robustez das análises e resultados e, consequentemente, diminui as incertezas das conclusões.
Este trabalho foi recentemente publicado na revista cientifica British Journal of Nutrition, e se concentrou na quantificação de nutrientes comparando frutas, legumes e grãos produzidos com manejo orgânico com o manejo convencional, não orgânico. Foram analisados e processados estatisticamente os resultados de 343 estudos sobre componentes nutricionais de alimentos orgânicos.
Os resultados da meta-análise indicam que os alimentos produzidos com manejo orgânico apresentam uma quantidade significativamente maior de compostos antioxidantes, quando comparados com os alimentos de manejo convencional. Os antioxidantes (fenóis e polifenóis) são protetores naturais contra danos celulares produzidos pelo estresse oxidativo, o que diminui o risco de doenças inflamatória e crônico-degenerativas, como doença cardíaca, acidente vascular cerebral (derrame) e alguns tipos de câncer.
Os alimentos orgânicos, na ausência de pesticidas, produziriam mais antioxidantes para a defesa contra agressores. Os pesquisadores sugerem que o consumo de alimentos orgânicos aumentaria de 20 a 40 % a ingestão de antioxidantes, o que corresponderia a duas porções a mais de frutas e vegetais por dia.
Outro aspecto importante revelado pelo estudo é que o nível de agrotóxicos é quatro vezes maior nos alimentos não orgânicos. E, para surpresa dos pesquisadores, o nível de cádmio nos alimentos convencionais é duas vezes maior que nos alimentos orgânicos. O cádmio é um metal pesado tóxico que se acumula no organismo. É matéria-prima de algumas plantas industriais sendo utilizado na produção de vários artefatos do nosso dia-a-dia.
Apesar do seu aparente impacto, estes resultados devem ser analisados com certo cuidado. O fato dos alimentos convencionais possuíram mais cádmio e menos antioxidantes que os orgânicos não quer dizer que eles são prejudiciais à saúde. Os níveis de pesticidas contidos nos alimentos convencionais são muito mais baixos que as doses que causam algum problema em animais de laboratório. Por outro lado, o alto custo e a baixa oferta de alimentos orgânicos restringem muito o seu consumo pela população em geral.
Esses resultados não devem servir como um inibidor do consumo de frutas, legumes e grãos (sabidamente grandes promotores da boa saúde) produzidos de forma convencional, mas, sim, ampliar o debate na busca de soluções para o incremento da produção, distribuição e comercialização, e consequente barateamento, dos alimentos orgânicos.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

O que as mulheres devem fazer para prevenir doença cardíaca.

Hoje são conhecidos dezenas de fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de doenças e morte, sendo os principais: hipertensão, tabagismo, dieta pobre em frutas, uso de álcool, poluição ambiental, alto índice de massa corporal (sobrepeso e obesidade), aumento da glicose no sangue, baixa atividade física, dentre tantas outras. A importância específica de cada um destes fatores de risco pode, entretanto, variar conforme a região do planeta, sexo, faixa etária, etc. Um dos problemas das pesquisas na área da saúde - tanto básicas, quanto clínicas e epidemiológicas - é a dificuldade em considerar essas particularidades. Especialmente no que tange à saúde da mulher.
Pois agora, um recente estudo realizado na Austrália revela dados que podem contribuir enormemente para a prevenção de doenças cardíacas em mulheres. Os pesquisadores observaram, desde 1996, mais de 32 mil mulheres subdivididas em 15 diferentes grupos de idades, sendo o subgrupo mais jovem de 22 a 27 anos e o mais velho de 85 a 90 anos. As mulheres nasceram em diferentes períodos, de 1921 a 1926, de 1946 a 1951 e de 1973 a 1978.
O estudo analisou os quatro maiores fatores de risco para doenças cardíacas na Austrália - hipertensão, tabagismo, excesso de peso e sedentarismo - juntos, estes fatores são responsáveis por mais da metade das doenças cardíacas no mundo todo. A análise se concentrou na melhoria dos padrões de saúde com a ausência ou retirada de cada fator de risco, individualmente (nunca ter fumado ou manter peso ideal, por exemplo).
As mulheres do subgrupo mais jovem (22-27 anos) são as que mais fumam (28% do total), e isto aumentou o risco cardíaco em 59%. A proporção de fumantes se reduziu muito nos subgrupos mais velhos, chegando a 5% nas de 73-78 anos. Por sua vez a inatividade física vai aumentando dos 22 aos 90 anos. A conclusão dos pesquisadores é que nas mulheres acima dos 30 anos, até o final do 80s, o sedentarismo, individualmente, é o maior responsável pelas doenças cardíacas. Eles estimam que 150 minutos de atividade física por semana reduziria drasticamente o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, poupando milhares de vidas de mulheres anualmente. Nas mais jovens o tabagismo é o principal fator de risco.
Mulheres: Está claro que para viver mais e melhor, segundo as tendências atuais, o mais importante para as com menos de 30 anos é não fumar, e as com mais de 30 ter uma atividade física regular para o resto da vida.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Absurdos que Presencio!

Um homem que, em vez de se encantar com a imagem de uma mulher amamentando, fica excitado. Deve procurar ajuda, fica a dica!

Descoberta a ligação entre emoções negativas e doença cardíaca.

Já é antiga a noção de que emoções negativas, estresses intensos e crises vitais, como as que ocorrem como a perda de uma pessoa querida, separação, perda de emprego, aposentadoria etc., influenciam decisivamente a saúde. Por sua vez, várias pesquisas têm mostrado que sentimentos como a ansiedade, depressão e raiva aumentam o risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC, derrame), sugerindo uma estreita relação mente-corpo. Até o momento, entretanto, não haviam evidências experimentais que esclarecessem os mecanismos pelos quais o estresse e a regulação das emoções podem afetar o funcionamento cardiovascular.
Resultados recentes de uma pesquisa publicada na revista científica Biological Psychiatry lançam uma nova luz sobre o assunto. Os cientistas investigaram as respostas do organismo de 157 adultos, homens e mulheres, de 30 a 54 anos, que foram solicitados a controlar suas reações emocionais ao serem expostos a figuras desagradáveis. Durante a exposição os participantes tiveram as suas atividades cerebrais medidas por meio da análise de imagem funcional. A região do cérebro que controla estas reações é a mesma que controla funções viscerais implicadas na regulação do sistema imunológico (chamada de córtex pré-frontal).
O sistema imune, ao ativar respostas inflamatórias, contribui de forma decisiva no desenvolvimento da aterosclerose e suas consequências, dentre elas, a doença cardiovascular e o derrame. A inflamação, por sua vez, está altamente associada a desordens afetivas, características da regulação emocional.
Os pesquisadores mediram a espessura das paredes da artéria carótida por ultrasonografia a fim de avaliar o grau de aterosclerose nos participantes. A inflamação foi medida pela dosagem da interleucina-6 no sangue, uma substância pró-inflamatória produzida pelo sistema imune que está associada a um maior risco de doença cardíaca. Esta substância também está aumentada com a maior atividade dos neurônios da córtex pré-frontal.
A interpretação dos dados obtidos no experimento indicou que a maior atividade da córtex pré-frontal, produzida pela tentativa de controle emocional frente à situação adversa, foi associada a maiores níveis de aterosclerose e de interleucina-6, o que levou os pesquisadores à conclusão de que a regulação cognitiva das emoções desencadeia uma ativação da resposta inflamatória por maior atividade da córtex pré-frontal, produzindo aterosclerose e afetando o sistema cardiovascular.
Estes resultados, além de contribuirem para um maior entendimento da relação mente-corpo, podem servir, no futuro, de suporte para produzir potenciais ações preventivas de doença cardiovascular.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Menos sal é igual a coração mais saudável.

Doença cardíaca é uma das principais causas de morte no mundo. O estilo de vida moderno, com muito estresse, ausência de atividade física e alimentação pouco saudável é responsável por aproximadamente 80% das doenças cardiovasculares. Dentre os vários fatores de risco que contribuem para doença cardiovascular, o principal é a pressão alta, responsável por 62% dos derrames e 49% dos ataques cardíacos.
Um dos fatores alimentares que é crítico para a o aumento da pressão arterial e suas consequências indesejáveis é o elevado consumo de sal. Resultados de estudos que avaliaram a redução do consumo de sal por um curto espaço de tempo indicam uma relação direta de dose resposta entre a ingestão de sal e a pressão arterial. A redução de 1 g de sal por dia contribui para a queda de um ponto (medido em milímetros de mercúrio - mmHg) da pressão sistólica (a mais alta das duas).
Agora, uma nova pesquisa, mais longa que as anteriores, realizada na Inglaterra, amplia a análise da relação entre sal e doença cardiovascular. No período de 2003 a 2011 houve uma redução de 15 por cento no consumo de sal. Neste mesmo período, as mortes por doença cardíaca caíram 40 por cento e por derrame 42 por cento. Esta associação expõe o impacto do consumo de sal na saúde da população.
Mesmo que vários outros fatores possam ter uma parcela de contribuição nestas reduções, é indiscutível a importância do sal como um fator isolado no controle da pressão arterial e de suas consequências.
Mesmo que tenha havido uma significativa redução no consumo de sal nos últimos anos, os pesquisadores alertam que o consumo na Inglaterra, continua acima do máximo recomendado por dia (que é 6g de sal). Isto ocorre em vários países ocidentais.
Uma das dificuldades para o controle da ingestão de sal é o crescente uso de alimentos industrializados na dieta do dia-a-dia. Estima-se que 75% do sal ingerido na dieta ocidental provenha da comida industrializada.
Estes resultados dão elementos para reforçar as campanhas institucionais para redução da ingestão de sal, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares e promovendo a saúde.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Comunicado Importante.

O mercado de assistência médica está atravessando por profundas mudanças,
uma delas e talvez a maior, se refere ao plano pessoa física.

As operadoras de grande porte como: Amil, Intermédica, Golden Cross, SulAmérica, Marítima, Porto Seguro, Allianz e Bradesco não comercializam mais o plano individual e familiar.

As empresas de assistência médica consideradas de pequeno porte que mantém ativo o produto pessoa física são: GreenLine, São Cristóvão, SANTAMÁLIA, Santa Helena, Trasmontano, Medtour, Medicol e Ameplan.

As Corporações de médio-grande porte que ainda disponibilizam o plano pessoa física são: Unimed Paulistana, Prevent Senior e Ômega.

Se você tem o plano pessoa física e quer mantê-lo, atenção para está dica:

Atraso superior a 60 dias no decorrer de 1 ano, cancela definitivamente seu plano de saúde.

Então veja bem, se você atrasou o pagamento da sua mensalidade, 09 dias em fevereiro, 13 dias em maio, 16 dias em agosto e 22 dias em outubro, em novembro seu plano de saúde estará cancelado.

E se o nome do convênio médico que você contratou está incluso neste primeiro grupo de empresas acima citado. Você não terá seu plano reativado, mesmo que você esteja no meio de um tratamento!

Por favor, faça com que está mensagem atinja o maior número possível de pessoas.

Quaisquer dúvidas, entre em contato conosco.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Álcool aumenta o Risco de Câncer.

A noção de que a ingestão regular de álcool é um fator prejudicial à saúde vem sendo minimizada nas últimas décadas. Este afrouxamento na restrição ao álcool ocorre por conta de resultados de pesquisas publicados na literatura médica, indicando que o consumo moderado de álcool pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
A partir destas observações surgiu o conceito do paradoxo francês. Na época destas observações, o consumo de gordura saturada na França era elevado, ao passo que a incidência de doenças cardiovasculares era baixa. Esta condição paradoxal foi atribuída ao elevado consumo de álcool pelos franceses (particularmente vinho tinto), o que exerceria um efeito protetor da doença cardiovascular. Isso abriu uma nova perspectiva nas recomendações médicas que tem levado a uma certa permissividade em relação à ingestão moderada de álcool pela população em geral.
Contrário a esta tendência, o recente relatório mundial da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), que é uma divisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta que o consumo regular de qualquer quantidade de álcool aumenta o risco para vários tipos de câncer. Em 1988 a mesma Agência já havia declarado o álcool como um carcinógeno.
Apesar dos mecanismos do álcool causando câncer ainda não estarem completamente esclarecidos, o etanol é um carcinógeno comprovado e, além disso, bebidas alcóolicas possuem outras substâncias também carcinogênicas. Um dos produtos do metabolismo do álcool é o acetaldeído, que, assim como o álcool não metabolizado, quando em contato direto com as mucosas das vias aéreas e do trato digestivo superior, provocam sua hiperproliferação. Mesmo doses baixas podem aumentar o risco de câncer nestas áreas. O consumo de álcool também aumenta o risco de câncer de cólon, reto, fígado e de mama em mulheres.
Qualquer dose pode ser prejudicial. Segundo a OMS não há dose segura de álcool quanto ao risco de câncer. Além disso, já foi observada uma relação dose/resposta entre álcool e alguns tipos de câncer. Mesmo para o bebedor leve (social), o risco de câncer para orofaringe, esôfago e mama em mulheres é aumentado.
Fica enfatizado que as evidências dos efeitos prejudiciais do álcool à saúde, como um todo, são mais contundentes que as dos seus efeitos benéficos.
Este relatório da Organização Mundial da Saúde deve produzir a seguir novas orientações que sejam mais restritivas quanto ao consumo de álcool, em qualquer quantidade, pela população.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Efeitos da maconha sobre a saúde.

Em vários países vem sendo debatida a possibilidade de legalizar o uso de maconha, tanto para fins terapêuticos como recreacionais. Um dos principais eixos desse debate está relacionado aos potenciais efeitos prejudiciais da droga à saúde. Muitos estudos já foram realizados sobre este assunto, porém, devido à diversidade de abordagens e os tipos diferentes de ensaios desenvolvidos, apresentaram resultados conflitantes.
Para sistematizar e ponderar os principais resultados existentes, um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas dos Estados Unidos produziu uma nova revisão de dados da literatura científica sobre os efeitos do uso da maconha para a saúde, que foi publicada recentemente na revista médica The New England Journal of Medicine.
O estudo aponta as evidências de vários efeitos adversos do uso da maconha sobre a saúde. Em torno de 9% das pessoas que experimentam a droga tornam-se adictas (ficam viciadas), e, se são consideradas somente pessoas com menos de 18 anos, esta proporção sobe para 17%.
Se o primeiro contato com a droga ocorre no período da pré-adolescência e adolescência, aumenta a chance de adição (vício). Além disso, a droga produz síndrome de abstinência, o que dificulta a pessoa parar de usá-la, e seu uso está associado a um maior risco de uso de outras drogas.
O uso da droga na adolescência traz um agravante. O cérebro humano se desenvolve desde o período antes do nascimento até os 21 anos de idade. Neste período de desenvolvimento o cérebro é muito mais vulnerável a agressores ambientais (como a maconha), e o déficit de desenvolvimento leva a efeitos permanentes. Adultos que fumavam maconha regularmente na adolescência apresentaram deficiências relacionadas com atenção, alerta, aprendizado e memória.
Outro aspecto abordado diz respeito à piora na capacidade de dirigir automóvel nos usuários de maconha. Este efeito é observado tanto de forma imediata após o uso, como também a longo prazo.
Os pesquisadores salientam que a noção que se tinha da maconha como uma droga inofensiva não combina com os crescentes efeitos adversos apresentados pelos usuários, e sugerem que esta incongruência pode ser devido ao aumento verificado nos últimos anos no conteúdo do principio ativo da maconha, o tetrahidrocanabinol, que pulou de 3% nos anos 80 para 12% em 2012.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Distribuir a ingestão de proteínas entre as refeições favorece a síntese de massa muscular.

O desenvolvimento e manutenção de uma massa muscular adequada é um fator importante na preservação da saúde. Com o avançar da idade é comum o desenvolvimento de um processo chamado de sarcopenia, denominação dada à redução do número de fibras musculares. Isto ocorre de maneira insidiosa e está relacionado a fatores de estilo de vida como dieta e atividade física. A massa muscular reduzida pode, por sua vez, afetar a força e o equilíbrio, aumentando a propensão a quedas e também diminuir a eficiência metabólica do organismo por menor utilização de glicose.
As proteínas são nutrientes importantes na manutenção do bom funcionamento do organismo, principalmente no que diz respeito à síntese de massa muscular. A quantidade de proteínas recomendada é de 60 gramas por dia. Em um recente estudo publicado na revista científica Journal of Nutrition, foi demonstrado que não só a ingestão diária da quantidade suficiente de proteína é importante para manter uma adequada síntese muscular, mas também a distribuição equilibrada das quantidades de proteína entre as três principais refeições é um fator crítico para a sua síntese mais eficiente.
A pesquisa incluiu adultos saudáveis que comeram 90 gramas de proteína por dia durante sete dias consecutivos, divididos em dois grupos. Um grupo recebeu 30 gramas de proteínas em cada uma das três refeições (café da manhã, almoço e jantar), o outro recebeu 10 gramas no café da manhã, 15 gramas no almoço e 65 gramas no jantar. A síntese proteica muscular em um período de 24 horas foi avaliada por meio de dosagens sanguíneas e biopsia muscular.
Os resultados indicaram uma síntese proteica muscular 25% maior no grupo que ingeriu a quantidade de proteína igualmente distribuída entre as refeições, quando comparado com o grupo de voluntários que ingeriu a maior parte da proteína no jantar. Os pesquisadores concluíram que, mesmo ingerindo uma quantidade total diária adequada, concentrar a ingestão da proteína na refeição da noite, além de reduzir a disponibilidade de proteína para a síntese e recuperação da musculatura durante o dia, torna a quantidade ingerida à noite maior do que aquela que pode ser efetivamente utilizada, correndo o risco do excesso não utilizado ser transformado em glicose ou gordura.
Então, para manter a musculatura em dia, além do exercício regular (principalmente os de resistência, como a musculação) e a ingestão diária adequada de proteína (60 gramas por dia), a distribuição desta ingestão entre as três refeições é um fator decisivo para um melhor resultado.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Exercício regular reduz incapacidade física na velhice.

A "terceira idade" é considerada como o período que se inicia quando o indivíduo atinge uma idade próxima à expectativa média de vida e vai até o final do ciclo de vida. Por natureza, o envelhecimento traz consigo uma redução na capacidade regenerativa dos tecidos e uma consequente diminuição da reserva biológica. Os idosos são mais propensos a doenças e problemas de mobilidade e equilíbrio, aumentando a possibilidade de quedas, deflagrando assim um ciclo de morbidade e hospitalizações, que, além de abreviar o período de vida, diminui muito a sua qualidade. Outro problema grave advindo da redução da mobilidade e equilíbrio é a perda da independência, já que pequenas ações corriqueiras, como subir alguns degraus de uma escada, apanhar um objeto do chão, pegar uma condução, etc., tornam-se, além de penosas, perigosas. Com o aumento da longevidade, observa-se um rápido crescimento no contingente de pessoas nesta faixa etária e sujeitas a esses problemas, caracterizando já uma questão de saúde pública.
Hoje já dispomos de uma grande quantidade de evidências científicas comprovando que a atividade física regular traz diversos benefícios à saúde da população. No entanto, eram poucas as pesquisas avaliando os efeitos da atividade física regular sobre a saúde e demais problemas que acompanham a idade, especificamente na faixa etária acima dos 70 anos. Preenchendo esta lacuna, foi publicado recentemente na revista científica Journal of the American Medical Association, um estudo que aborda diretamente esta questão.
A pesquisa teve início em 2010 e avaliou, por um período médio de 2,6 anos, 1635 voluntários, homens e mulheres sedentários, com idades de 70 a 89 anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos. Um recebeu uma intervenção de atividade física regular, que incluía caminhadas e exercícios de flexibilidade e resistência. O outro grupo recebeu, no lugar da atividade física, um programa de educação para a saúde na velhice. O principal desfecho avaliado foi a capacidade de movimentação, medida pela habilidade do indivíduo completar um percurso de 400 metros em um período de 15 minutos, sem parar para sentar ou requerer a ajuda de outra pessoa.
Os resultados apontaram que o grupo submetido à atividade física teve, estatisticamente, um desempenho significativamente maior que o grupo sem atividade física. Desses resultados pode-se concluir que programas de atividade física regular podem, além de melhorar a mobilidade (o que por si só reduz o risco de doenças e internações hospitalares), aumentar a independência (e por consequência a auto estima) do idoso.