sexta-feira, 31 de julho de 2015

Exercícios aeróbicos reduzem sintomas da asma


Exercício físico aeróbico ajuda a reduzir os sintomas da asma. A conclusão veio de uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

O estudo foi realizado com 58 voluntários com idades entre 30 e 50 anos e que sofriam de asma moderada a grave. Metade do grupo realizou exercícios placebo respiratórios e a outra parte dos participantes fez 35 minutos de exercícios aeróbicos em esteira, duas vezes por semana, durante três meses. Este último grupo conseguiu resultados ótimos, como:

§  Redução da inflamação brônquica;

§  Diminuição dos sintomas;

§  Maior resistência a fatores que provocavam a asma, como cigarro, ácaro, poluição, etc.

Graças a estas mudanças, 70% do grupo que realizou os exercícios físicos disseram ter conquistado qualidade de vida.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/07/30/exercicios-aerobicos-reduzem-sintomas-da-asma/

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Garoto com paralisia cerebral completa prova de triatlo


O pequeno Bailey Matthews, 8 anos, conseguiu completar sua primeira prova de triatlo na vida neste final de semana. Isso já seria um grande feito para qualquer menino de sua idade, mas no caso de Matthews é uma conquista ainda maior: desde seu nascimento, ele enfrenta uma paralisia cerebral.   

Para disputar a prova em North Yorkshire, na Inglaterra, seu pai, Jonathan, adaptou uma bicicleta e um andador para encarar os 100 metros de natação em um lago, os quatro quilômetros de ciclismo e os 1,3 quilômetros de corrida. Usando os equipamentos a maior parte da competição, Matthews surpreendeu o público que o aplaudia incessantemente ao largar o andador e completar os metros finais da corrida sem a ajuda de nenhum equipamento. Nem as duas quedas foram capazes de tirar o sorriso do rosto do pequeno menino.   

Segundo o jornal inglês "Daily Mail", o garoto decidiu competir no triatlo porque seu pai o levava para diversas disputas quando ele era ainda menor. Agora, Bailey e Jonathan treinam juntos para que a criança possa disputar suas próprias competições.   

A disputa de Hever Castle é a segunda maior disputada no Reino Unido e a maior prova da modalidade para crianças no mundo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/07/29/garoto-de-8-anos-com-paralisia-cerebral-completa-prova-de-triatlo.htm

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Afinal de contas, o flúor faz mal? Substituição de Bela Gil levanta dúvidas sobre o uso


Apesar da comprovação dos malefícios trazidos pela substância, especialistas defendem que a quantidade de flúor nas pastas de dentes não é prejudicial à saúde.

Na última semana a apresentadora e nutricionista Bela Gil reacendeu uma questão polêmica sobre o uso de flúor ao sugerir, em sua página no Facebook, a troca de cremes dentais por uma alternativa mais natural, a cúrcuma. A postagem fez muito mais que questionar a eficiência do tempero na higiene bucal mas também levanta dúvidas sobre o uso de fluoretos na saúde pública. Afinal de contas, o flúor faz mal?

Após ser fortemente criticada por internautas, a chefe de cozinha justificou sua opção pela cúrcuma dizendo que o flúor, presente nas pastas de dentes usadas por adultos, está relacionado com fratura ossea, câncer de boca e hipotireoidismo.

A doença mais comum associada à ingestão em excesso de flúor é a fluorose, que afeta os dentes, especialmente de crianças. O alto consumo do elemento pode afetar dentes com esmalte ainda em formação, deixando-os fragéis e com manchas brancas. A doença pode resultar, eventualmente, no enfraquecimento do esmalte, até que este se solte por inteiro. Por isso, dentistas não aconselham o uso de cremes dentais em crianças que ainda não conseguem cuspir. Segundo a professora da faculdade de Odontologia da UFMG, Denise Vieira Travassos, o perigo maior não está na ação tópica do flúor em pequenas quantidades na pasta de dentes, mas sim na ingestão dele.

A ideia de utilizar o flúor na água surgiu em 1945, na América do Norte, após a descoberta do potencial de reduzir o aparecimento de cáries em até 50%. O método foi recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a fluoração da água passou a ser adotada mundialmente. A medida de flúor na água potável sugerida pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) é de 4 miligramas por litro (mg/L), no entanto, ela vem sendo questionada nos Estados Unidos e já foi extinta em alguns países europeus.

Além do efeito danoso nos dentes em formação, um relatório, feito em 2006 nos EUA pelo Conselho Nacional de Pesquisa, indica que a ingestão em grandes doses pode aumentar o risco de fraturas ósseas e dores nas articulações em adultos. Um relatório semelhante, produzido no ano seguinte pelo mesmo órgão, ressalta a contribuição que o flúor traz na proteção contra cáries, assim como na mineralização dos ossos. 

"O flúor pode ser sim perigoso, mas a quantidade que precisamos ingerir para isso é muito maior que a que ingerimos tomando água e usando pasta de dente", explica Travassos. "Quando colocamos na balança o risco e o benefício, o benefício supera em muito", completa.

Cúrcuma
Apesar de ser uma "desconhecida" por muitos dentistas, os benefícios da cúrcuma para a saúde bucal são descritos em alguns artigos científicos. Um deles, produzido pela Universidade de Punjab, na Índia, indica que o tempero pode ajudar no alívio de dores dentais, selante de fissuras, irrigante subgengival, além de substituir pastas e enxaguantes bucais. 

Em publicação em seu blog, Bela Gil voltou a defender a sugestão que fez com o intuito de "mostrar alternativas aos produtos industrializados que muitas vezes não oferecem muitas escolhas ao consumidor". "Parece que eu ofendi profundamente a comunidade odontológica nas redes sociais quando disse que usava cúrcuma no lugar da pasta de dente e achava isso mais saudável por não conter flúor", disse. 

Na saúde bucal ou não, o tempero, tem propriedades antibiótica, anti-inflamatória, antimicrobial, anti-séptica e ainda ajuda a controlar o colesterol e triglicerídeos.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/07/28/noticia_saudeplena,154365/afinal-de-contas-o-fluor-faz-mal-substituicao-de-bela-gil-levanta-duvidas-sobre-o-uso.shtml

terça-feira, 28 de julho de 2015

Aleitamento materno ajuda a reduzir o número de crianças com sobrepeso


Uma pesquisa da USP realizada com 463 crianças do interior de São Paulo mostrou o quão importante é a amamentação para prevenir a obesidade infantil.

Segundo os pesquisadores, a alimentação é um dos fatores mais importantes para determinar o desenvolvimento do excesso de peso e obesidade. Atualmente, nota-se um aumento no número de crianças com sobrepeso, por isso, é imprescindível alterar os hábitos alimentares logo de pequeno para não prejudicar a saúde no futuro.

Em vista disso, a equipe de estudiosos pediu que os pais de todas as crianças pesquisadas respondessem a um questionário que apresentava os seguintes dados: peso da criança ao nascer, sexo, tipo de parto e também sobre a alimentação, que envolvia a duração do aleitamento materno exclusivo e não exclusivo e idade de início da ingestão de alguns alimentos, como água, chá, leite não-materno, papa de fruta, papa de vegetais e guloseimas.

Ao fim da pesquisa, percebeu-se que receber o leite materno por mais tempo pode ser um fator de proteção contra o desenvolvimento do excesso de peso dos 2 aos 4 anos, em média.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/07/12/aleitamento-materno-ajuda-a-reduzir-o-numero-de-criancas-com-sobrepeso/

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Bactérias ajudam a proteger nossa pele de uma variedade de males


A ausência de bactérias na pele pode facilitar a entrada de infecções na pele.

Elas estão em todos os lugares e, no senso comum, são sinônimo de doenças. Contudo, as bactérias podem ser “do bem”. As que estão na pele humana, por exemplo, são de vital importância para a saúde. Ana Môsca, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que o microbioma cutâneo (conjunto de micro-organismos que colonizam a pele) funciona como um minúsculo exército. “É como se as bactérias protegessem uma cidade microscópica”, completa. Se o exército está desfalcado por qualquer motivo, as barreiras da pele ficam comprometidas, facilitando a entrada de tropas inimigas — as temidas infecções.

A constituição do exército varia em cada indivíduo. Cor, gênero, condições ambientais (como poluição) e idade são fatores que podem diminuir ou aumentar a quantidade de “soldados” da pele. Eliandre Palermo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), explica que o desequilíbrio do microbioma da pele pode resultar em doenças de pele, como a dermatite atópica e a acne. “Cerca de 90% dos adolescentes têm acne e quase metade deles vai continuar a apresentar algum sintoma mesmo quando forem adultos”, exemplifica. “Porém, somente 1% dos homens e 5% das mulheres ainda apresentarão lesões ativas de acne aos 40 anos.” No caso da dermatite atópica, a médica explica que a baixa diversidade de bactérias características da doença enfraquece a barreira contra micróbios irritantes e alérgenos. Isso, por sua vez, faz com que os pacientes fiquem mais suscetíveis à sensibilização alérgica, bem como a infecções.

A importância de mapear e conhecer quais micro-organismos fazem parte do microbioma cutâneo é entender como evitar e, eventualmente, curar as doenças de pele. O Projeto Microbioma Humano, iniciado em 2008, tem exatamente esse objetivo. Por meio da análise dos micro-organismos de várias partes do corpo, os especialistas conseguem sequenciar o genoma microbiano. “Isso ajudará a elucidar a relação entre a doença e as mudanças no microbioma humano”, resume. “Com isso, teremos o aprimoramento e a padronização de protocolos, com o fim de se examinar a relação entre as mudanças no microbioma dos indivíduos e o aparecimento de doenças de relevância para a medicina”.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/07/23/noticia_saudeplena,154263/bacterias-ajudam-a-proteger-nossa-pele-de-uma-variedade-de-males.shtml

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pílula do dia seguinte antiaids começa a ser distribuída no SUS


O uso unificado da "pílula do dia seguinte" para aids começa a valer a partir desta quinta-feira (23). Com a publicação no Diário Oficial da União do novo protocolo de diretrizes terapêuticas, todas as pessoas que tiverem enfrentado uma situação de risco para o vírus HIV passam a ter acesso aos medicamentos antiaids em qualquer serviço especializado.

A profilaxia pós-exposição, como o tratamento é chamado, é indicado para todos que tiveram risco de contato com o vírus causador da aids. Isso pode acontecer tanto num acidente ocupacional, como médicos ou enfermeiros que tiveram contato com sangue de paciente, quanto com vítimas de violência sexual ou pessoas que tiveram relação sexual desprotegida.

Para ter eficácia, no entanto, o tratamento, feito ao longo de 28 dias, tem de ter início no máximo até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que o ele seja iniciado nas primeiras duas horas após a exposição.

O objetivo da nova estratégia é facilitar o acesso e, principalmente, evitar a recusa de alguns serviços de fornecer a terapia eficaz para prevenção da doença. "Antes da mudança, havia o entendimento incorreto de que um serviço especializado poderia atender apenas a um grupo determinado", afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

Com isso, serviços que prestam atendimentos a vítimas de violência, por exemplo, alegavam que só poderiam fornecer remédios às mulheres ali atendidas. "A maior parte das recusas ocorria para pessoas que recorriam ao serviços depois de manter relações sexuais desprotegidas", completou Mesquita.

O Ministério da Saúde não tem estimativa de qual será o impacto da mudança. Para facilitar o acesso aos serviços, o Ministério vai lançar um aplicativo em dezembro com orientações sobre os postos mais próximos de distribuição. Além de centros de serviços especializados em DST-Aids, em algumas cidades antirretrovirais são fornecidos também em unidades de emergência.
"Nos casos de serviços 24 horas, a distribuição de medicamentos não é feita para 28 dias. Os serviços dão o suficiente para três ou quatro dias de terapia e pedem que o paciente retorne, num segundo momento, para pegar o restante."

A terapia começou a ser ofertada no Sistema Único de Saúde nos anos 90, inicialmente para profissionais de saúde que tiveram contato com materiais contaminados ou sob risco de contaminação. Em 1998, a terapia foi estendida para vítimas de violência sexual e, em 2011, passou a ser ofertada também a todos os que tiveram uma relação sexual desprotegida.
 
Conferência
Mesquita, que está na Conferência Internacional de Aids, em Vancouver, no Canadá, contou que neste ano o Brasil definirá a estratégia para outra forma de prevenção à doença: o uso dos antiaids antes da relação sexual desprotegida. Neste caso, em vez de "pílula do dia seguinte", os remédios agiriam como uma "vacina".

Hoje, dois estudos estão em andamento, para verificar a adesão de voluntários. "A eficácia da terapia pré-exposição está comprovada. O que observamos é o comportamento de pacientes voluntários, se eles mantêm o uso de remédios, se aprovam a estratégia", contou. Resultados de estudo conduzido na Fiocruz foram animadores. A ideia é definir se a estratégia pode ser incluída no programa brasileiro a partir de 2016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2015/07/23/pilula-do-dia-seguinte-antiaids-comeca-a-ser-distribuida-hoje.htm

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cientistas usam smartphone para identificar os sintomas de depressão


Cientistas acreditam que é possível identificar se a pessoa sofre com os sintomas da depressão através do smartphones. A descoberta, publicada no The Journal of Medical Research, pode colaborar com a assistência aos indivíduos com risco de depressão para iniciar o tratamento o quanto antes.

Pesquisadores da Behavioral Intervention Technologies at the Northwestern University Feinberg School of Medicine in Chicago, nos Estados Unidos, usam um aplicativo para conseguir dados das atividades dos participantes no smartphone.

Analisando os dados, os pesquisadores encontraram que quem gasta mais tempo no celular estão mais propensos aos sintomas de depressão. Os pesquisadores também revelaram que ficar muito tempo em casa ou ir a poucos lugares também pode estar relacionado a doença. Ter pouca rotina diária também é um fator.  A Depressão causa uma constante sensação de tristeza e falta de interesse.

Segundo um dos pesquisadores, a importância deste estudo está no fato da detecção dos sintomas acontecer sem a necessidade de realizarem um questionário. Os dados do celular são melhores na detecção da depressão do que as perguntas feitas aos pacientes sobre a escala da tristeza que estão sentindo no dia.

A pesquisa realizada com 40 pessoas revelou que os depressivos costumam usar o celular três vezes mais que os não depressivos.

Os participantes depressivos também ficam mais em casa ou viajam para poucos locais. A explicação é que quando as pessoas estão com depressão tendem a não ter motivação ou energia para sair ou fazer atividades.

Os pesquisadores esperam que os dados possam ser usados para explorar melhor o diagnóstico da doença.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-mental/2015/07/17/cientistas-usam-smartphone-para-identificar-os-sintomas-de-depressao/

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Anvisa suspende a publicidade de 21 produtos detox


O Diário Oficial da União desta segunda-feira (20) apresenta a determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que suspende a publicidade de 21 produtos detox. A razão é a irregularidade nas alegações de propriedades funcionais ou de saúde não aprovadas pela Agência.

As embalagens constam que tais produtos fortalecem os músculos, deixam a pele mais firme, têm ação diurética, termogênica, estimulante, anti-gordura, de saciedade e estética. Segundo publicação no site da Anvisa, o Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados estabelece que não devem constar nos rótulos a indicação de que o alimento possui propriedade medicinais ou terapêuticas.

Os produtos prometem inúmeros benefícios sem comprovação. Além disso, apresentam produtos químicos, o que permite uma validade longa ao alimento.

A dieta detox é conhecida por desintoxicar o corpo e ajudar a pessoa a começar a mudar os hábitos alimentares. Esta dieta deve ser realizada por pouco tempo, ingerindo apenas alimentos naturais, que melhoram o funcionamento do intestino e estimulam a saída das toxinas, mesmo que estas já sejam liberadas aos poucos pelo organismo.

Em reportagem transmitida pela Rede Globo, no programa Fantástico, no dia 12 deste mês, muitas verdades sobre os alimentos industrializados vendidos como detox foram divulgadas. O grande problema está nos sucos prontos, nas sopas e sucos de saquinho vendidos como detox, mas que apresentam quantidade mínima de alimentos benéficos, como a couve, a cenoura, a beterraba, e são repletos de produtos químicos. Desta forma, não fazem bem à saúde. E não podem ser considerados detox.

De acordo com a nutricionista da Victory Consulting, o ideal é o suco preparado na hora que utiliza alimentos frescos. No caso do suco detox feito em casa, é importante ingeri-lo após a refeição, ou seja, adicioná-lo, não usá-lo para substituir o café da manhã, almoço ou jantar.

A dieta detox consiste em alimentar-se por poucos dias com alimentos naturais apenas, como frutas e verduras. Passados esses dias, a pessoa deve voltar a sua alimentação normal, mas com algumas modificações, como a diminuição da ingestão de gorduras. A dieta serve como o ponto inicial para as mudanças na alimentação. É importante lembrar que é indispensável ingerir proteína, carboidrato e outros nutrientes. Um equilíbrio entre todos os alimentos é o segredo para uma vida mais saudável.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/07/21/anvisa-suspende-a-publicidade-de-21-produtos-detox/

terça-feira, 21 de julho de 2015

Estudo descobre a causa da sensação de "quero mais" ao comer fast food


Por que é tão difícil comer só um pedacinho de chocolate e se conter diante de uma porção de batata frita? Um estudo realizado por três universidades norte-americanas pode ter descoberto o motivo do 'gostinho de quero mais' toda vez que comemos fast food e entender como ele causa a obesidade.

Pesquisadores da Universidade da Georgia, da Universidade de Binghamton e da Washington State University descobriram que a ingestão de alimentos com alto teor de gordura muda rapidamente os circuitos cerebrais responsáveis por nos dar a sensação de saciedade. Com isso, a chance de comer além da conta aumenta, e se torna o caminho mais curto para o sobrepeso.

Os cientistas observaram essa mudança ao introduzirem alimentos ricos em açúcar e gordura na alimentação de ratos de laboratório. Com a nova dieta, a quantidade de bactérias localizada no intestino dos bichanos aumentou, enquanto a de nutrientes diminuiu. O resultado disso foi o surgimento de inflamações que atingiram as células nervosas responsáveis por 'avisar' ao cérebro que estamos satisfeitos com o que comemos.

"O cérebro é alterado pela ingestão de alimentos não saudáveis. Isso induz a uma inflamação nas regiões do cérebro responsáveis pelo comportamento alimentar, o que pode alterar a sinalização de saciedade", explicou Krzysztof Czaja, professor de neuroanatomia da Faculdade de Medicina da Universidade da Georgia.

"Quando começamos a alimentar os ratos com uma dieta diferente, houve um efeito imediato. De repente, diferentes nutrientes estavam deixando o microambiente no intestino e algumas bactérias começaram a surgir em demasia. Algumas bactérias sensíveis começaram a morrer e a desaparecer. Essa mudança significativa no microambiente intestinal desencadeou uma cascata de situações que levam a esse aumento da população de bactérias", completa.

De acordo com Czaja, o corpo humano ainda não se adaptou à dieta industrializada, já que poucas décadas atrás comíamos mais alimentos integrais derivados de fontes naturais. No entanto, neste processo, há chance de algumas pessoas permanecerem anos comendo mal sem se sentirem doentes, ao passo que outras podem ter problemas de saúde mais facilmente.

O estudo não conseguiu concluir se a mudança na resposta à saciedade é permanente ou reversível à medida em que os ratos voltem a se alimentar corretamente. Essa experiência será realizada em uma nova etapa da pesquisa.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/07/10/estudo-descobre-a-causa-da-sensacao-de-quero-mais-ao-comer-fast-food.htm

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Estudo indica que impactos dos exercícios físicos variam conforme o perfil do praticante


Hipertensos e homens estão entre os mais beneficiados pelas atividades aeróbicas.

Um tempo em que os fracos não tinham vez: na pré-história, o condicionamento físico era arma fundamental para a sobrevivência. Milênios depois, a questão permanece de vida ou morte. Não mais para assegurar a subsistência, mas livrar o organismo de enfermidades, como as cardiovasculares, tão sorrateiras quanto um predador à espreita. A associação é reconhecida desde as civilizações mais antigas, mas somente em 1958 o médico Jeremiah Noah Morris estabeleceu cientificamente a importância da atividade física na prevenção de doenças. Com isso, mudou a forma como a humanidade se relaciona com o corpo. Estudo recente da Universidade Brown, nos Estados Unidos, tem chances de provocar outra renovação. Os cientistas de lá descobriram que os benefícios das atividades físicas não são universalmente iguais.

“Apesar de promover ganhos para a maioria das pessoas em grande parte das circunstâncias, não significa que o mesmo programa de exercício ou de terapia deva ser prescrito a todos igualmente”, diz Simin Liu, epidemiologista que coordenou a investigação, detalhada recentemente no Journal of the American Heart Association. Liu reuniu evidências em 160 estudos clínicos, totalizando mais de 7,5 mil participantes. O médico é um dos primeiros pesquisadores a examinar os efeitos dos exercícios aeróbicos em pessoas com diferentes condições de saúde. Uma das conclusões a que chegou é que homens, indivíduos com até 50 anos e até hipertensos estão entre os mais beneficiados por esses exercícios cardiovasculares.

A equipe também descobriu que essas atividades têm capacidade de reduzir a resistência à insulina e a inflamação significativamente, e que os exercícios regulares de fato afetam as taxas do colesterol total, diminuindo o LDL, o mau colesterol, e aumentando o HDL, o bom. O estudo traz resultados especialmente positivos para diabéticos tipo 2 e hipertensos: fatores de risco cardeais para infartos e acidente vascular cerebral são atenuados com a prática física. A relação faz sentido, diz Lázaro Miranda Fernandes, coordenador do Departamento de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. “Quando se atua em um paciente sem fatores de risco, não há malefícios a serem combatidos. Porém, quanto maior o risco cardiovascular do indivíduo, maior será a repercussão do tratamento neste sentido”, explica Fernandes, que também integra a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

A lógica vale também para interpretar as vantagens observadas em indivíduos com menos de 50 anos. “Nos mais velhos, certas lesões coronarianas e doenças crônicas já estão avançadas”, explica Lázaro Fernandes. O cardiologista ressalta que os resultados não excluem benefícios aos outros grupos. Idosos vítimas de infarto, por exemplo, conseguem reabilitar o fluxo e a irrigação sanguínea nos tecidos lesionados com exercícios diários leves e repetidos. “Isso não vai ampliar a longevidade significativamente, mas melhorará a qualidade de vida e evitará novos eventos”, observa. Além disso, esportes aumentam a fibrinólise, a dissolução de pequenos coágulos que se formam nas artérias, podendo obstruí-las. “E isso é especialmente bom para os cardíacos”, acrescenta Lázaro Fernandes.
Mais adaptações O fisiologista Roberto Patu, mestre em ciências da saúde, conta que estudos como os de Simin Liu são reflexos de uma nova tendência da prática física: a individualização, que leva em consideração os gostos, as necessidades, as preferências e as possibilidades do praticante. “É uma forma de tratar a atividade como prevenção de doenças e não somente de promoção de saúde”, explica. “Se Liu tivesse considerado também os exercícios resistidos – que demandam força, como a musculação – , a extensão dos benefícios poderia ser ainda maior”, acredita Patu, especialmente entre as pessoas na faixa dos 50 anos. É nesse período que a sarcopenia (perda de massa muscular) manifesta os primeiros sinais.

Ainda que a Escola Americana de Medicina Esportiva sugira um padrão universal para a prática de exercícios (veja infográfico), o método evoluiu para um sistema sob medida, que envolve diagnóstico, planejamento e ação. “Isso nos permite traçar um trabalho que faça o praticante sentir prazer. Se ele não gosta de musculação, iremos pensar em uma estratégia que o permita fazer trabalhos resistidos também, como treinamentos funcionais e core training, que envolve isometria, estabilidade, equilíbrio e força”, esclarece o especialista. Em média, os resultados de modalidades diversas aparecem em três meses.

No aeróbico, por exemplo, os efeitos são perceptíveis em 30 dias. Há diminuição da frequência cardíaca em repouso, aumento de vasos sanguíneos e melhora no transporte de oxigênio. “Para o treinamento resistido, o planejamento é de 12 semanas”, conta Patu. Porém, ele frisa, tudo é relativo. O treino individualizado tem em conta a dieta, a interação social, a situação financeira e até mesmo a satisfação com o trabalho. A tendência de atividades cada vez mais direcionadas atrai públicos que não têm o hábito de praticar exercícios, como idosos que, na juventude, não cogitaram exercícios para manter a saúde. “Agora, há mais conhecimento sobre a relação disso tudo com o organismo, o que mostra que o entendimento sobre o próprio corpo é uma consequência de mais cultura e informação. As pessoas não querem somente viver mais, querem viver bem”.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/07/16/noticia_saudeplena,154235/estudo-indica-que-impactos-dos-exercicios-fisicos-variam-conforme-o-pe.shtml

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Álcool na adolescência pode prejudicar funções cerebrais para sempre


É crescente a preocupação das autoridades de saúde com o hábito entre adolescentes, cada vez mais precoce e mais frequente, da ingestão de bebidas alcoólicas, principalmente por ser esta situação admitida, tanto entre os jovens e também entre grande parte dos adultos, como algo comum e próprio da idade.

Os efeitos da intoxicação alcoólica aguda sobre o sensório, motricidade e juízo crítico são bem conhecidos e levam muitas vezes o adolescente a ter atitudes que não teria em condições normais. Além disso, um conjunto consistente de evidências científicas tem exposto os potenciais efeitos nocivos à saúde da intoxicação alcoólica aguda.

Nesta semana foi divulgada mais uma pesquisa que aborda esta questão. Foi publicado na revista científica Alcoholism: Clinical & Experimental Research, um trabalho que demonstra os mecanismos celulares que são afetados pela exposição ao álcool de um cérebro adolescente, que ainda não está completamente desenvolvido e maduro. O estudo utilizou um modelo em ratos, que simula o abuso intermitente de álcool na adolescência, para determinar se a exposição ao álcool na adolescência pode levar a alterações de longo prazo na estrutura e função de circuitos neurais dos animais quando adultos. Esta hipótese foi formulada baseada no conhecimento de que a adolescência é um período crítico para o desenvolvimento e amadurecimento dos mecanismos cerebrais que controlam a cognição, as emoções e o comportamento social. Uma função cerebral normal no indivíduo adulto - principalmente no que tange à capacidade de planejamento, modulações inibitórias e memória - depende de uma série de fatores funcionais e estruturais no período da adolescência.

Os resultados revelaram que os ratos adultos que receberam álcool na adolescência apresentavam problemas de memória e cognição. Os cérebros desses ratos foram analisados por uma série de técnicas que permitem avaliar o desenvolvimento e amadurecimento dos circuitos neurais. Isto foi feito particularmente em uma região cerebral chamada de hipocampo, que é responsável pelo aprendizado e memória. Esta análise expôs alterações tanto funcionais quanto estruturais no hipocampo, o que explica os déficits comportamentais apresentados pelos animais.

Baseados nestes resultados os pesquisadores sugerem que o álcool na adolescência pode produzir uma ruptura na maturação normal dos neurônios, o que levaria a alterações permanentes de estrutura e função cerebrais. Os cientistas alertam também que, apesar de, por lei, a adolescência ir até os 18 anos, o cérebro completa o seu desenvolvimento por volta dos 20 anos de idade.

Por estas razões, adiar ao máximo a exposição dos jovens ao álcool é uma medida preventiva com impacto altamente positivo na saúde da população adulta. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

·         -Alcoholism: Clinical & Experimental Research - 2015 April 27 DOI: 10.1111/acer.12725

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Brasil é reconhecido pela ONU como referência no controle da Aids


Na última terça-feira (14), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) reconheceu o Brasil como referência mundial no controle da epidemia. Segundo o relatório divulgado, o país foi o primeiro a oferecer combinação do tratamento para HIV.

O Ministério da Saúde garante acesso ao tratamento a toda a população, graças a negociação com multinacionais farmacêuticas que garante os medicamentos antirretrovirais aos brasileiros. O relatório também afirma o Brasil conseguiu deter e reverter a propagação do HIV.

Além do acesso ao tratamento, houve uma melhora na área do diagnóstico. A população pode realizar o exame para detectar a Aids em consultórios e Centros de Testagem e Aconselhamento. Segundo dados do Ministério da Saúde, nos quatro primeiros meses de 2014 foram realizados 1,9 milhão de testes no país. Em 2015, no mesmo período, foram 2,1 milhões de exames feitos.

Apesar do Brasil já executar várias medidas para atingir a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de acabar com a epidemia até 2030, como as campanhas de prevenção, todos os países têm desafios, por exemplo, a redução do número de pessoas com HIV sem saber.

Para melhorar ainda mais o controle, o Ministério da Saúde ampliará a testagem, a conscientização sobre o uso da camisinha e o início precoce do tratamento.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/07/15/brasil-e-reconhecido-pela-onu-como-referencia-no-controle-da-aids/

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Número de bactérias em bolsas e mochilas é maior do que em vasos sanitários


Uma pesquisa realizada pelo Technical Manager at Initial Hygiene, na Inglaterra, mostrou que bolsas e mochilas estão mais propensas a conter bactérias e germes do que o vaso sanitário. De acordo com o estudo, o couro, por apresentar uma textura esponjosa, alberga as bactérias de forma que elas cresçam e se reproduzam no local.

Segundo o biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria, as bolsas e mochilas estão sempre com a pessoa, desde o banheiro até o transporte. Desta forma, o objeto fica infectado por diversos tipos de bactéria, como salmonela, Staphylococus aureus, entre outras. O risco de contaminação é grande, podendo causar diarreia, vômitos e cólicas intestinais.

Para evitar estes problemas, o Dr. Bactéria sugere algumas mudanças de comportamento:

Não deixar a bolsa/mochila no chão;

Não colocar na pia do banheiro ou em cima da caixa de descarga;

Não colocar na mesa de refeições;

Evitar coloca-las no chão do carro. Preferir o porta-malas;

Não guardar doces abertos.

Também é importante lavá-las de tempos em tempos:

Bolsas de palha: Esfregue um pano embebido em mistura de água e um pouco de amoníaco. Deixe secar bem, se possível ao sol. Depois, esfregue com pano ou flanela.

Também pode ser esfregada com uma esponja embebida em água bem salgada. Depois, passe água limpa e deixe secar ao ar livre.

Bolsas de tecido: Nem sempre é possível lavar uma bolsa de tecido claro. Para limpá-la a seco, depois de escovar bem para retirar a poeira, prepare uma pasta com talco e benzina pura. Passe em toda a superfície da bolsa e deixe secar. Depois, escove bem para remover o pó. As bolsas de fazendas escuras, grossas, limpam-se esfregando-se uma escova umedecida em álcool.

Bolsa de couro arranhada: As marcas mais leves de arranhão podem ser atenuadas se forem cuidadosamente esfregadas com cera da mesma cor do couro.

Bolsas de couro danificadas pelo tempo: A bolsa que você adora está ficando velha e feia? Ela vai melhorar muito se for friccionada com clara de ovo batida em neve. Depois de secar, passe uma flanela.

Se estiver tão velha a ponto de endurecer, passe na parte interna do couro uma mistura de 100ml de água, uma colher de sopa de sal e uma colher de café de bicarbonato de sódio, umedecendo bem. Deixe secar ‘a sombra. Ficará macia como quando nova.

Bolsa de couro danificada por chuva ou umidade: Quando o couro for afetado pela chuva, passe um algodão molhado em álcool e depois engraxe.
Se estiver endurecida por qualquer outro tipo de umidade, passe por toda a superfície um pincel molhado em querosene.

Bolsas de couro em geral: Lave-as com água e sabonete de glicerina, ou com sabão de coco, desde que sequem à sombra. Depois de bem seca, engraxe a peça com cera ou graxa de sapato incolor ou da mesma cor do couro.

Bolsa de couro claro: Esfregue vigorosamente com pasta de dentes misturada a leite de magnésia. Depois, é só passar um algodão umedecido com água.

Bolsa de couro cru: Passe um algodão embebido na seguinte mistura: 1/3 de glicerina e 2/3 de álcool. Deixe secar bem e lustre.

Bolsa de couro preto: Esfregue com um pedaço de batata crua. Em seguida, engraxe e lustre.

Fechos e dobradiças: Limpe os fechos comuns com um algodão molhado em acetona. Os dourados, com a fricção de uma pano embebido em álcool ou vinagre.
Estas sugestões são importantes para evitar a transmissão de doenças e manter-se saudável.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/07/08/numero-de-bacterias-em-bolsas-e-mochilas-e-maior-do-que-em-vasos-sanitarios/

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Inverno exige atenção redobrada com os olhos; veja dicas


A incidência da radiação ultravioleta existe até nos dias mais nublados do inverno, assim como durante o uso de equipamentos, como smartphones, tablets e computadores.

Durante o inverno, as pessoas costumam tomar alguns cuidados com a saúde da pele, relacionados principalmente a hidratação e proteção contra as baixas temperaturas, e, muitas vezes, acabam se esquecendo de que os olhos também merecem muita atenção. No frio, há uma maior concentração de pessoas em locais fechados e aquecidos. Segundo a oftalmologista Márcia Beatriz Tartarella, diretora da Sociedade de Oftalmologia Pediátrica Latino-Americana, as condições desses ambientes tornam mais propícia a proliferação de micro-organismos, aumentando a chance de adquirir doenças oculares. 

Um dos problemas mais comuns é a conjuntivite, cujos primeiros sinais são olhos vermelhos, ardor e secreção. Outro desconforto bastante comum nesta época é a síndrome do olho seco, em decorrência da baixa umidade, que tende a predominar durante os meses de inverno. Portanto, assim que sentir ardor, vermelhidão e sensibilidade à luz, sem secreção, sobretudo, em ambiente com aquecimento, é importante utilizar colírios lubrificantes, sob supervisão médica. 

A incidência da radiação ultravioleta existe até nos dias mais nublados do inverno, assim como durante o uso de equipamentos, como smartphones, tablets e computadores. Com essa incidência, a proteção visual deve ocorrer também nesta estação. “A radiação ultravioleta ocasiona o endurecimento do cristalino, levando à catarata. Seus efeitos nocivos podem conduzir à degeneração da retina no decorrer do tempo”, explica a médica.

Para cuidar da saúde ocular durante esta estação do ano, a oftalmologista apresenta algumas dicas:

1) Piscar os olhos mais vezes no uso de computador, tablets e smartphones;
2) Manter os olhos hidratados com colírios lubrificantes;
3) Não levar a mão aos olhos;
4) Evitar coçar os olhos;
5) Usar lentes de óculos com proteção aos raios UVA e UVB;
6) Manter uso de óculos de sol mesmo em dias nublados.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/07/04/noticia_saudeplena,154025/inverno-exige-atencao-redobrada-com-os-olhos-veja-dicas.shtml

quarta-feira, 1 de julho de 2015

OMS certifica Cuba como primeiro país a eliminar transmissão materna do HIV


A Organização Mundial de Saúde (OMS) certificou nesta terça-feira Cuba como o primeiro país a eliminar a transmissão mãe-filho de sífilis e HIV, destacando o papel do sistema de cuidados primários de saúde na ilha.

"O sucesso de Cuba demonstra que o acesso universal e a cobertura universal de saúde são viáveis e são de fato a chave para o sucesso, mesmo contra tais desafios complexos como o HIV", afirmou Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma filial regional da OMS, em coletiva de imprensa.

Em 2013, apenas dois bebês nasceram com HIV em Cuba, e apenas três nasceram com sífilis congênita - bem abaixo dos limites estabelecidos pela OMS para a eliminação da transmissão.

Para o ministro de Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales Ojeda, o reconhecimento da OMS "constitui um alto reconhecimento ao sistema nacional de saúde cubano" que é, segundo ele, "acessível, gratuito e universal".

O sucesso de Cuba reforça a necessidade de que os sistemas de saúde na América Latina e no Caribe se fundamentem no cuidado primário, segundo Etienne. "Assim, é possível enfrentar desastres naturais, doenças infecciosas ou qualquer outra coisa", afirmou.

Segundo a OMS, outros seis países e territórios da América estão em condições de solicitar da OMS a validação da dupla eliminação destas doenças: Anguila, Barbados, Canadá, Estados Unidos, Montserrat e Porto Rico.

Mais oito países da região conseguiram eliminar apenas a transmissão de mãe para filho do HIV e 14 conseguiram eliminar apenas a transmissão da sífilis congênita, informou a organização em comunicado.

Segundo a OMS, a cada ano cerca de 1,4 milhões de mulheres vivendo com HIV ficam grávidas no mundo, e caso não recebam tratamento existe até 45% de chances de transmitir o vírus a seus filhos.

Mas desde 2009, o número de crianças que nascem a cada ano com HIV caíram quase pela metade, ao passar de 400 mil para 240 mil em 2013.

Por outro lado, quase um milhão de grávidas em todo o mundo se infectam com sífilis anualmente, o que pode resultar em morte ou em infecções neonatais graves.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/afp/2015/06/30/oms-certifica-cuba-como-primeiro-pais-a-eliminar-transmissao-materna-do-hiv.htm