terça-feira, 30 de junho de 2015

Médicos recomendam check-up para garantir viagem de férias tranquila


Especialistas alertam para a importância de realizar exames e consultas antes de viagens e dizem que prevenção é o melhor remédio. Quem tem doença crônica deve redobrar atenção.

Cachoeiras e trilhas, praias paradisíacas, chalés na serra, países a serem desbravados, o aconchego de cidadezinhas do interior. Não importa o destino. Com a proximidade das férias escolares, o planejamento de viagem está na ordem do dia para muitas pessoas. O melhor lugar para se hospedar, passaporte e pacotes de passeios são alguns dos muitos itens a se pensar. No entanto, já no destino, todo o planejamento pode ir por água abaixo devido ao aparecimento de um problema de saúde. Para evitar dores de cabeça e outros males, o ideal é realizar um check-up antes da viagem, que inclui exames para identificar doenças crônicas, prescrição de tratamento e até mesmo atualização da caderneta de vacinas. “O check-up é a garantia de que a pessoa está viajando em boas condições de saúde e com as recomendações médicas adequadas no caso da identificação de algum risco”, afirma Ariovaldo Mendonça, médico responsável pelo check-up do Grupo Hermes Pardini.

A palavra-chave para a viagem correr da melhor maneira possível é a prevenção. “Muitos vão para uma aldeia pequena sem atendimento ou sem hospital ou para um resort onde vão comer e beber por 24 horas. Tudo muito fora de seu hábitat. As pessoas andam mais, comem mais, praticam esportes que não estão acostumados”, explica Mendonça. O check-up, segundo ele, é recomendado para todas as pessoas, mas ainda mais para diabéticos, obesos, hipertensos, cardíacos, que receberão orientações específicas antes da partida. O médico alerta ainda para a importância da avaliação dos pacientes crônicos. O primeiro passo é a anamnese. A partir de um questionário sobre hábitos de vida, o médico irá identificar fatores de riscos e possíveis aspectos a serem investigados.
O passo seguinte é a consulta com sete especialistas: cardiologista, clínico geral, dermatologista, oftalmologista, fonoaudiólogo, nutricionista e, dependendo do sexo, ginecologista e mastologista ou urologista. Também são realizados 11 procedimentos, entre os quais, audiometria, bioimpedância, ultrassom abdominal, pélvico e de tireoide. Além disso, são realizados 40 exames laboratoriais para identificar os mais frequentes fatores de risco. O custo dos pacotes oferecidos por estabelecimentos médicos varia de R$ 500 a R$ 2,8 mil. “É importante fazer o check-up. Uma pessoa com pressão 20 por 11 não pode viajar. Está sujeita a sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral”, diz. Os exames são realizados num período de seis horas e levam cerca de seis dias para ficar prontos.

ALIMENTAÇÃO EXÓTICA Para as pessoas com problemas crônicos que vão viajar para locais distantes ou em que haja dificuldade no atendimento hospitalar, é importante levar a medicação. Também é imprescindível ter a receita em caso de alguma eventualidade. “É indicado principalmente para viagens ao exterior. Mesmo no Brasil, também é bom estar preparado.”

Ao escolher o destino, é importante saber da temperatura e qual o tipo de alimentação. Um clima muito diferente ou um prato típico muito incomum podem desencadear problemas como alergias. “As pessoas vão para países onde se come escorpião, cobra, alimentos que não fazem parte dos nossos hábitos. Em viagens, as pessoas querem experimentar, mas é bom evitar esse tipo de coisa, prestar atenção ao que se está comendo. A pessoa pode ter uma crise alérgica”, alerta Mendonça. A diferença de ingredientes também é algo que tem que ser levado em consideração, como o uso do dendê e a pimenta na culinária. “Todo o cuidado é pouco para se ter férias tranquilas.”

Outra recomendação é a atenção com a prática de exercícios físicos. Muitas pessoas estão sedentárias, mas, no momento de descanso, resolvem praticar esportes, muitas vezes, testando os próprios limites. “A pessoa não tem costume, mas nas férias joga quatro horas de peteca ou vôlei. Poderá ter uma lesão”, explica. É sempre bom avaliar se a atividade física é compatível com sua faixa etária e com o condicionamento físico.


Vacinas são essenciais 


As vacinas são itens indispensáveis ao se planejar uma viagem. Com o retorno de circulação de algumas doenças esse é um cuidado essencial. A reincidência do sarampo e da coqueluche em todo o mundo, é fundamental tomar a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche). “A maioria das pessoas não tem o cartão vacinal, não tem certeza se tomou a vacina e as doses de reforço. A recomendação é que se vacine. É melhor pecar pelo excesso do que pela falta”, diz a especialista em medicina do viajante Marilene Lucinda.

Também são indicadas as vacinas contra meningite. Existem disponíveis três medicamentos: a meningocócica C, a quadrivalente e, mais recentemente disponível no Brasil, a meningocócica B. Para quem viaja para Ásia, África e as regiões Nordeste e Norte do Brasil, são indicadas as vacinas de hepatite A e B. Para algumas viagens ao exterior, é exigido que o cartão de vacina internacional esteja em dia. Uma das aplicações exigidas é a de febre amarela.

VERSÃO INTERNACIONAL
 Depois de tomadas as doses, é necessário fazer a versão internacional do cartão de vacinas. O serviço é prestado em postos da Anvisa, em postos nos aeroportos e em Centros de Orientação do Viajante. Em Belo Horizonte, há um centro na Rua Paraíba. A vacina contra a gripe também é uma recomendação, uma vez que as pessoas irão passar por locais fechados e com grande circulação, como aviões e ônibus. Para quem tem mais de 50 anos, a indicação é a vacina pneumocócica. (MMC)


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/06/28/noticia_saudeplena,153942/medicos-recomendam-check-up-para-garantir-viagem-de-ferias-tranquila.shtml

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ingerir placenta não traz benefícios à saúde, aponta estudo


Prática gerou polêmica após adesão de algumas celebridades.

Embora celebridades como Kourtney Kardashian e January Jones tenham aderido e recomendado para outras gestantes a prática de ingerir placenta após o parto, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, afirmam que não há indícios comprovados de que esse isso possa trazer algum benefício à saúde. O consumo do órgão, seja cozido, in natura ou em cápsulas, tornou-se popular após a evidência de que poderia livrar a mulher de problemas na fase que sucede a gestação.
Os pesquisadores analisaram dez publicações recentes sobre o assunto. O levantamento não apresentou dados que pudessem apoiar a convicção de que comer placenta protege a mulher de problemas comuns do pós-parto como depressão, dores, falta de energia, elasticidade da pele e carência de ferro no organismo. O mais preocupante, segundo os cientistas, é o fato de não haver estudos para avaliar os riscos de ingerir placenta, já que o órgão também atua como filtro que proteg
— Algumas mulheres já relataram que perceberam melhoras com a prática. Mas os resultados de testes em ratos não podem ser traduzidos para benefícios humanos — afirma Crystal Clark, uma das autoras da pesquisa.
Crystal conta que ficou surpresa após perceber que a prática estava mais generalizada do que ela imaginava: algumas de suas pacientes chegaram a indagar se a placenta seria usava na produção de remédios antidepressivos.
Cynthia Coyle, também autora do levantamento, recomenda que a mulher tenha cuidado antes de optar por consumir a placenta, pois não há evidências de benefícios e riscos potenciais. De acordo com a professora, a investigação é importante para fornecer essas e outras respostas, além de alertar médicos quanto às informações dadas às pacientes durante a gestação.
— Não há regras referentes à forma como a placenta deve ser armazenada e preparada. As mulheres não sabem o que, de fato, estão consumindo com uma dosagem volúvel — acrescenta ela.

Fonte: Zero Hora

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Mexer no celular gera problemas graves na coluna


Diversas tarefas realizadas no dia a dia prejudicam a coluna, como ficar muito tempo sentado, dormi em posições erradas, ficar longas horas na frente do computador e mandar mensagens pelo celular. Este último caso têm lotado as recepções das clínicas.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa sugere que 79% da população, com idade entre 18 e 44 anos, ficam com seus celulares próximos a eles durante 22 horas por dia. O uso prolongado desta tecnologia interfere na saúde da coluna. Quando a cabeça está levantada e a coluna ereta, o peso está todo equilibrado. No momento em que a cabeça está posicionada para o chão, é como se uma criança de 8 anos estivesse sentada no pescoço. E é justamente esta a posição que as pessoas ficam quando estão mexendo em seus celulares.

A dor provocada pela posição caída da cabeça recebeu o nome de Text Neck e tem como sintomas: a dor de cabeça crônica; a dor nas costas, nos ombros e no pescoço e a mudança na curvatura da espinha.

A prevenção é a melhor forma de não sofrer com os problemas na coluna, mas há outras dicas:

- Segurar o celular na altura dos olhos;

- Fazer intervalos para se distanciar de celulares e computadores;

- Realizar alongamentos durante o dia;

- Fazer exercícios físicos.

A falta de cuidados pode ocasionar deformidades nas estruturas vertebrais, antecipar lesões discais e artrose. Caso uma dor de cabeça forte ou na coluna comece, busque um médico. Não deixe o tempo passar, porque o problema pode piorar muito.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/06/23/mexer-no-celular-gera-problemas-graves-na-coluna/

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Estudantes criam preservativo que muda de cor ao detectar DST


Estudantes do Reino Unido, Daanyaal Ali, Chirag Shah, ambos com 14 anos, e Muaz Nawaz, 13, venceram o prêmio TeenTech, que premia jovens com invenções benéficas para a humanidade, pela ideia do preservativo que muda de cor conforme a detecção de alguma DST (Doença Sexualmente Transmissível).

A ideia do preservativo tem como objetivo facilitar a vida das pessoas e as ajudarem na detecção de doenças. Segundo pesquisa realizada pelo grupo, apenas em 2013, 145 mil diagnósticos de DSTs ocorreram na Inglaterra.

Para elaborar o projeto, os estudantes receberam a ajuda dos professores de ciências, que explicaram as reações químicas do organismo em contato com o material da camisinha. Em uma entrevista para a BBC, os rapazes explicaram que os fluídos, eliminados durante a relação sexual, ao entrarem em contato com o látex causa uma reação, caso a pessoa apresente alguma doença, que promove a mudança da cor do preservativo.

Os estudantes afirmam que a mudança da coloração ocorreria nos dois lados da camisinha e as cores seriam diferentes para cada doença: azul para sífilis, amarelo para herpes, verde para clamídia e roxo para verrugas genitais.

Uma empresa de preservativo já entrou em contato com os meninos com interesse em desenvolver a ideia.

Além do prêmio, eles ganharam mil libras para a escola e irão conhecer o Palácio de Buckingham.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/06/24/estudantes-criam-preservativo-que-muda-de-cor-ao-detectar-dst/

quarta-feira, 24 de junho de 2015

'É preciso integrar os planos ao SUS', diz novo presidente da ANS


São Paulo - Médico pediatra especializado em administração hospitalar, o médico José Carlos de Souza Abrahão, de 63 anos, toma posse nesta terça-feira, 23, no Rio, do cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula o setor responsável pela saúde de 50 milhões de brasileiros.

Em entrevista exclusiva, ele afirma que, durante seu mandato de dois anos, pretende aumentar a integração entre os planos e o SUS, intensificar a cobrança de ressarcimento das operadoras e combater o desperdício de recursos tanto na realização de procedimentos desnecessários quanto na gestão inadequada das empresas.

O novo diretor afirma que a primeira medida que pretende tomar é trabalhar com a "agenda regulatória que está calcada no tripé da garantia de acesso com qualidade, sustentabilidade do setor, não só econômica mas também assistencial, e a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS)". "Primeiro, a gente tem que. O Brasil tem um grande sistema nacional de saúde. O que nós precisamos é trabalhar bastante o diálogo, o relacionamento entre todos esses atores para que nós possamos realizar uma regulação adequada sempre focada no consumidor", diz Abrahão.

Consumidor x operadoras

O médico acredita no estímulo de campanhas pelo uso consciente do "sistema de saúde brasileiro e do sistema de saúde suplementar". "A sua preservação acontecerá por meio de um conjunto múltiplo de ações, como critérios no processo de incorporação tecnológica, desenvolvimento de protocolos clínicos, avaliação do custo-efetividade dos procedimentos, combate ao desperdício. Temos de rediscutir o modelo de remuneração entre operadoras e prestadoras, precisamos reduzir o custo setorial e a imprevisibilidade; e não podemos esquecer que a sociedade mundial e a brasileira conseguiram uma conquista, que é a maior sobrevida da nossa população, mas essa maior sobrevida leva a um perfil epidemiológico importante, com mais doenças neurodegenerativas", diz.

SUS

"A saúde suplementar é um braço do sistema nacional de saúde", diz Abrahão sobre aumentar a integração com o SUS. "Temos várias ações na saúde suplementar que muitas vezes se sobrepõem às ações do SUS. Então, a integração dos dois sistemas é fundamental. Um outro ponto é que estamos cada dia mais preocupados com o ressarcimento do sistema único, a nossa responsabilidade com a coisa pública é permanente e o programa do ressarcimento vai continuar sendo fortalecido", completa.

Sobre como a como a ANS pode ser mais incisiva contra as operadoras que negam cobertura, o novo presidente avalia: "há uma consulta pública agora em que estamos fazendo com que as operadoras tenham as suas ouvidorias para atender presencialmente os seus beneficiários. É mais uma medida para estimular a operadora a oferecer um atendimento de melhor qualidade".

Fabiana Cambricoli

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2015/06/23/e-preciso-integrar-os-planos-ao-sus-diz-novo-presidente-da-ans.htm

terça-feira, 23 de junho de 2015

Diagnóstico inédito do Ministério do Esporte mostra que sedentarismo no Brasil atinge 45,9% da população


Região Sudeste é a que concentra o maior número de sedentários com 54,4%.

Diagnóstico inédito do Ministério do Esporte (ME) sobre a prática de esportes e atividades físicas lançado nesta segunda-feira (22/06) mostra que 41,2% dos brasileiros e 50,4% das brasileiras são sedentários; a média é de 45,9%. Outro dado que serve de alerta para a população é o de que entre os 25,6% adeptos regulares do esporte e os outros 28,5% de atividades físicas, a grande maioria não recebe nenhuma orientação de profissional. A afirmação é de 90,3% dos esportistas e se refere a 71,7% daqueles que preferem uma caminhada ou academia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como não sedentário quem faz alguma atividade física de três a cinco vezes por semana por pelo menos 30 minutos.

Ao todo, foram realizadas 8.902 entrevistas para o Diagnóstico Nacional do Esporte: Diesporte (acesse a íntegra da pesquisa) com pessoas entre 14 e 75 anos. A pesquisa detalhou as informações por região do país e identificou, ao contrário do que se costuma imaginar, que é na região Sudeste onde se concentra a maior parte dos sedendários: 54,4%. O Norte do Brasil é a região com mais gente se exercitando, 37,4% se declararam sedentários. No Nordeste são 38,5% de pessoas sem praticar nenhuma atividade física e, na sequência, Sul (39,3%) e Centro-Oeste (45,1%). 

Se compararmos a incidência do sedentarismo dos brasileiros com os vizinhos latino-americanos, o Brasil está em uma situação melhor que a Argentina, que tem 68,3% da população sedentária, mas pior que o Uruguai: 34,1% não se exercita por lá. O diagnóstico do ME, aponta Índia (15,6%) e Inglaterra (17%) como os países com menores taxas de sedentários. 

Não falta informação
O curioso da pesquisa é que 80,4% das pessoas entrevistadas afirmaram conhecer os riscos que a falta de atividade física pode trazer e responsabilizaram a falta de tempo (69,9%) pela decisão de não se exercitar. A preguiça aparece em segundo lugar com 7% das justificativas e a falta de motivação foi apontada por 6,1% da população.

Para quem não sabe, a prática regular de atividade física, segundo o Ministério do Esporte, fortalece os músculos, melhora a frequência dos batimentos cardíacos e circulação, reduz sintomas da ansiedade e depressão e ainda evita ou controla doenças como obesidade, diabetes e osteoporose.

Perfil
A faixa etária mais expressiva de brasileiros que pratica esporte ou atividade física é entre 16 e 24 anos. Por outro lado, é a que se mostrou mais suscetível a abandoná-las: 45% dos entrevistados declararam que deixaram de se exercitar no ano de 2013*. Tal fato sugere que a decisão coincide com o período em que o indivíduo, de ambos os gêneros, sai da escola para o mundo do trabalho. Segundo o MS, a análise desses dados mostra que quase 90% dos brasileiros abandonam a prática esportiva até os 34 anos. 

A escola e a universidade foram apontadas como o local do início da prática esportiva para 48%, seguida por espaços públicos abertos com estrutura (15,6%) e espaço aberto sem infraestrutura aparece na terceira posição (9,9%). Segundo o próprio Ministério do Esporte, esse raio X da situação do sedentarismo brasileiro vai impulsionar decisões de políticas públicas.

Para os praticantes de esporte, a principal motivação é a qualidade de vida (41,4%), seguida de desempenho físico (37,8%). A situação se repete entre os adeptos de alguma atividade física: 36,3% querem mais qualidade de vida e 29,3%, desempenho físico. Nessa categoria, 4,5% disseram que a indicação médica foi o que pautou a decisão.

Preferências
Sem surpresas, o futebol aparece como o esporte preferido e foi o mais praticado em 2013 para 42,7% dos entrevistados. Na sequência, aparecem a caminhada (8,4%) e o voleibol (8,2%). Quando os dados são analisados por gênero, o futebol fica em segundo lugar para as mulheres (19,2%). O preferido delas é o voleibol (20,5%). 


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/06/22/noticia_saudeplena,153855/diagnostico-inedito-do-ministerio-do-esporte-mostra-que-sedentarismo-n.shtml

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Barulho do tráfego está associado ao aumento da barriga


A obesidade é uma condição que predispõe o desenvolvimento de diversas doenças. A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de três milhões de pessoas morram por ano em consequência do sobrepeso e obesidade. Devido ao seu crescimento epidêmico nos últimos anos e seus efeitos prejudiciais ao organismo (como diminuição da qualidade e encurtamento do tempo de vida) muito tem se estudado sobre as possíveis causas da obesidade. Sedentarismo maus hábitos alimentares associados à urbanização são as principais. No entanto, muitas outras podem ter uma contribuição importante.

Pouco tem sido estudado sobre os efeitos no organismo de uma das principais consequências da urbanização - o aumento do setor de transportes e seus ruídos. Algumas pesquisas revelam que o barulho do tráfego é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, tais como hipertensão, infarto e acidente vascular cerebral (AVC ou derrame). No entanto, pouco se sabe sobre seu efeito sobre o metabolismo.

Preenchendo esta lacuna, foram publicados recentemente dois trabalhos científicos que tiveram por objetivo estudar uma possível associação entre intensidade do ruído do tráfego e marcadores de obesidade. Um dos estudos foi realizado na Noruega, onde foram acompanhados mais de oito mil participantes por um período de 10 anos. O outro estudo foi na Suécia, onde mais de cinco mil participantes foram acompanhados por um período de 8 a 10 anos. Os marcadores de obesidade avaliados foram o índice de massa corporal, a circunferência abdominal e a relação entre cintura e quadril. A exposição ao ruído do tráfego foi medida seguindo a Diretiva Europeia de Ruído Ambiental e três tipos principais de ruídos foram identificados: os provocados pelo tráfego de automóveis, de aviões e de trens.

Os resultados das pesquisas revelaram que há uma associação proporcional e positiva entre a intensidade de ruído a que o individuo está exposto e sua circunferência abdominal. Quanto mais ruído maior a circunferência. Além disso, o risco para um aumento da cintura cresce com a associação de ruídos de diferentes origens. Assim, aqueles que estão expostos a ruídos de somente uma origem (tráfego de automóveis, por exemplo) têm uma chance 25% maior de ter aumento abdominal que aqueles que não estão expostos. Este risco dobra para aqueles expostos aos ruídos das três origens (avião, carro e trem). E este aumento é proporcional à intensidade de ruído.

As explicações para estes achados estão ligadas a fatores indiretos desencadeados pelos ruídos. Seriam eles o estresse crônico (produzindo aumento do hormônio cortisol) e as alterações de sono. Estes mesmos fatores que são responsáveis pelas doenças cardiovasculares estariam na gênese do desenvolvimento da obesidade abdominal.

Além do seu tom de curiosidade, estes resultados podem servir de importante subsídio para a abordagem multifatorial da prevenção e tratamento da obesidade. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

·         -Occupational & Environmental Medicine 2015;0:1-8. doi:10.1136/oemed-2014-102516

·         -EnvironmentalResearch 138(2015)144-153 doi.org/10.1016/j.envres.2015.01.011

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Estados Unidos poderão banir gordura trans até 2018


Esta semana o governo dos Estados Unidos lançou um projeto para banir que seja utilizada gordura trans em alimentos. Segundo pesquisas realizadas desde 1980, este tipo de gordura é prejudicial à saúde e pode provocar problemas cardíacos, principal causa de morte entre os estadunidenses.

A maneira encontrada pela FDA, agência responsável pela regulação de alimentos e drogas nos Estados Unidos, para controlar o alto índice de americanos com doenças cardíacas foi proibir o uso de gordura trans em alimentos, como bolachas, recheios para bolo, batata frita e pizza congeladas, sorvete, nuggets de frango, entre outros produtos. O consumo destes alimentos aumenta o colesterol ruim (LDL) e diminui o colesterol bom (HDL).

A gordura trans é capaz de transformar óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente, de forma a estender a validade e dar mais cremosidade aos alimentos industrializados. A FDA busca até 2018 extinguir a gordura nos alimentos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite que alimentos com 0,2g de gordura por porção sejam considerados “livres de gordura trans”.


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/06/17/estados-unidos-poderao-banir-gordura-trans-ate-2018/

terça-feira, 16 de junho de 2015

Cigarro é responsável por quase 50% das mortes por 12 tipos de câncer


O cigarro foi responsável por quase metade das mortes por 12 tipos de câncer em 2011 nos Estados Unidos - revelou um estudo publicado nesta segunda-feira (15) pela revista JAMA Internal Medicine.

Segundo a pesquisa, 48,5% das quase 346.000 mortes atribuídas a um dos 12 tipos de câncer entre adultos de ao menos 35 anos durante esse período foram fumantes de cigarro.

Nesse grupo, a maioria das mortes relacionadas ao tabaco (74,9% ou 129.799) foram produto de câncer de pulmão, dos brônquios e da traqueia. Os tumores de laringe representaram 1,7% ou 2.856 casos.

Cerva da metade das mortes por câncer da cavidade bucal, do esôfago e da bexiga também foram resultado do consumo de tabaco, concluíram os investigadores, entre eles Rebecca Siegel, da American Cancer Society em Atlanta, uma das principais autoras da pesquisa.

"Fumar cigarro continua sendo a causa de um grande número de mortes por câncer apesar dos 50 anos da luta anti-tabagista", ressalta o estudo.

Mais de 20 milhões de norte-americanos morreram prematuramente por causa do cigarro nos últimos 50 anos, segundo o último informe do ministério da Saúde dos Estados Unidos publicado este ano.

Apesar dos espetaculares avanços registrados - 18% da população norte-americana ainda fuma na atualidade, contra 42% em 1964 - 443.000 americanos morrem todos os anos vítimas de doenças relacionadas ao tabagismo.


Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/afp/2015/06/15/cigarro-e-responsavel-por-quase-50-das-mortes-por-12-tipos-de-cancer.htm#fotoNav=9

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Psiquiatra dá 7 dicas para quem convive com a Síndrome do Pânico


A síndrome do pânico é um transtorno psiquiátrico que exige diagnóstico exato e tratamento correto. As crises são bastante desagradáveis, e algumas dicas podem auxiliar a complementar o tratamento. Confira as dicas do psiquiatra e clínico geral 
Cyro Masci:

1. Respire. Durante as crises de pânico a respiração fica bem alterada, o que piora muito o quadro. Inspire lentamente pelo nariz, retenha por pouquíssimo tempo o ar nos pulmões e exale também lentamente pelo nariz. É muito importante que o tempo que o ar sai, a expiração, dure o dobro do tempo que levou para entrar. Se você inspirou, por exemplo, por 2 segundos, a expiração deve durar 4 segundos. Mantenha essa respiração controlada por 30 a 60 segundos. Treine antes das crises.

2. Incomoda mas não mata. Sintomas de pânico são bem desagradáveis, mas não levam a morte. Tenha sempre presente que sensação ruim não significa que alguma doença grave está presente, especialmente depois que algum médico assegurou esse fato.

3. Mude o foco da atenção. Ao invés de ficar focado nos sintomas, procure desviar sua atenção para alguma outra coisa, um cenário, uma foto, ou alguma imagem relaxante que você tenha de algum lugar que conheceu. Ficar prestando atenção aos sintomas só cria mais medo.

4. Não fique muito tempo sem comer. Até mesmo 3 ou 4 horas sem se alimentar pode provocar queda dos níveis de açúcar no sangue e provocar uma crise de pânico. Coma periodicamente, não fique em jejum prolongado.

5. Seja seletivo com as notícias e informações que procura. Não estimule seu cérebro com catástrofes desnecessariamente, por exemplo, com notícias em que você não pode fazer nada a respeito e só servem para colocar seu cérebro em alarme e facilitar mais crises.

6. Restrinja cafeína. Café no máximo 4 ao dia, sendo que o último até as 17 horas, ou você pode provocar insônia. Excesso de cafeína pode, isoladamente, provocar crises de pânico.

7. Não tente guardar tudo na memória. Faça uma lista simples do que tem que fazer durante o dia e vá ticando quando completa. Se não fizer isso, vai criar um senso de urgência indefinido que só piora tudo.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/06/10/noticia_saudeplena,153704/psiquiatra-da-7-dicas-para-quem-convive-com-a-sindrome-do-panico.shtml

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Paciente toca e canta durante cirurgia de extração de tumor cerebral


Durante o procedimento de extração de tumor cerebral é comum que o paciente receba uma anestesia geral, para não sentir dor e dormir. Mas para toda regra há uma exceção. Em Santa Catarina, a exceção tem nome e sobrenome: Anthony Kulkamp Dias.

Anthony permaneceu acordado, tocando violão e cantando durante toda a cirurgia. Esta técnica de manter o contato verbal e motora entre o paciente e o médico chama-se Monitorização Cerebral, que evita lesões em áreas sensoriais, motora e da fala. Esta técnica é utilizada quando o tumor encontra-se próximo a áreas com funções especiais do cérebro, pois há o risco que elas sejam perdidas caso ocorra alguma lesão durante o procedimento. Ao manter Anthony cantando e tocando, os médicos puderam monitorar em tempo real suas funções.

O rapaz de 33 anos descobriu que estava com um tumor no cérebro dias após o nascimento do filho. Ele sentia dificuldades na fala e buscou ajuda médica.

Durante a cirurgia, ele tocou Yesterday, dos Beatles; uma canção em alemão; Telefone Mudo, do Trio Parada Dura e, em homenagem ao seu filho de meses, Emanuel, música criada por Anthony.

Assista ao vídeo: http://migre.me/q8eh5


Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/06/04/paciente-toca-e-canta-durante-cirurgia-de-extracao-de-tumor-cerebral/

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Campanha de prevenção a herpes-zóster é lançada no país


Desde a quinta-feira (4), a campanha da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre a herpes-zóster é divulgada em sites e veículos de comunicação.

Esta infecção viral é causada por um vírus chamado Varicela-zóster, que não deve ser confundido com o vírus da herpes simples. Essa doença surge pelo vírus da catapora (varicela) adormecido.

Seus principais sintomas são formigamento, febre baixa no primeiro dia e lesões vermelhas que doem e coçam, bem parecidas com picadas de inseto ou alergia. Por fim, surgem bolhas com água (onde contém o vírus). Para quem tem uma boa saúde, em sete dias todas as lesões terão criado crosta e a doença terá chegado ao fim.

A herpes-zóster pode ser transmitida através do contato. Por isso, é importante separar as toalhas e os objetos pessoais que entram em contato com a lesão, que deverá ser limpada com água boricada e coberta para impedir que bactérias causem infecção.

Esta doença pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais perigosa quando acontece com quem possui mais de 50 anos, por causa do sistema imunológico que é mais devagar.

A vacina de prevenção a catapora pode ajudar a evitar a herpes-zóster, mas este estudo é muito recente.

A herpes-zóster costuma curar por si mesma, mas isso depende do sistema imunológico da pessoa. Por isso, é importante buscar ajuda médica assim que os primeiros sintomas surgirem. Caso o tratamento não seja realizado, a herpes-zóster pode piorar e gerar dificuldade na execução de atividades do cotidiano, como movimentar os braços. Em casos mais graves, quando ataca a região dos olhos, pode causar cegueira.


Para saber mais sobre esta doença e a nova campanha, visite: http://www.entendaozoster.com.br/

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Prótese que simula sensibilidade de membro perdido é esperança contra dores fantasma


A informação parte da prótese para chegar ao cérebro


Um austríaco que não tem uma perna se tornou o primeiro amputado a utilizar uma prótese que recria a sensibilidade do membro perdido e dá esperanças contra as dores fantasma. "Tenho a impressão de ter um pé novamente", afirmou  Wolfgang Rangger, um professor de 54 anos, amputado na altura do joelho em 2007 após complicações de um acidente vascular cerebral.

"Já não escorrego no gelo, sinto a diferença quando caminho sobre cascalho, concreto, grama ou areia. Sinto inclusive as pedrinhas", afirma o primeiro paciente operado pelo professor Hubert Egger, da Universidade de Linz (norte).

Seis meses depois do implante, Wolfgang Rangger corre, anda de bicicleta e inclusive faz escalada. Quando caminha, seu coxear é quase imperceptível. Este resultado espetacular é fruto de uma técnica que associa o deslocamento dos feixes de nervos com a aplicação de sensores conectados em uma prótese de um novo tipo.

No caso do paciente de Linz, os médicos pegaram, no centro do coto, as terminações nervosas que conduziam inicialmente ao pé amputado. Depois as desviaram à superfície da coxa, onde as conectaram com a parte alta da prótese.

Sinal enviado ao cérebro

Por sua vez, a perna artificial inclui sensores sob a planta do pé unidos a outras células, chamadas simuladores, que estão em contato com o coto. A informação transferida entre os sensores e os simuladores permite imitar, e finalmente reproduzir, a sensação do membro perdido.

Com cada passo, cada vez que exerce pressão sobre o solo, o pé artificial de Wolfgang Rangger envia um sinal preciso ao cérebro.

"Em um pé com boa saúde, são os receptores da pele os que cumprem esta função. Um amputado não tem estes receptores, é claro. Mas os transmissores de informação, que são os nervos, seguem existindo. É preciso apenas estimulá-los", resume o professor Egger.

O médico austríaco já havia inovado em 2010 ao apresentar uma prótese de braço controlada pela mente, graças a uma conexão entre os nervos motores e a prótese.

Desta vez o princípio é o mesmo, mas o percurso é realizado ao contrário: a informação parte da prótese para chegar ao cérebro. 

O fim das dores fantasma

Além disso, a prótese testada em Linz oferece a quem usa uma segunda vantagem que, ao menos para ele, é igualmente importante: o novo sistema colocou fim, em apenas alguns dias, às dores fantasmas que precisou suportar durante anos depois de perder sua perna.

"Com minha prótese convencional", lembra Wolfgang Rangger, "podia apenas caminhar. Não conseguia dormir mais que duas horas por noite e precisava de morfina para aguentar durante o dia".

Esta sensação de sofrimento no membro que já não possui, muito comum, ocorre devido a uma hipersensibilidade que se desenvolve progressivamente no cérebro, que, de certa forma, busca o membro amputado, explica o professor Egger.

A dor fantasma, prossegue, é agravada pela lembrança traumática do acidente ou da doença que levou à amputação.

A prótese "sensível" o remedia, ao enviar novamente informações ao cérebro, interrompendo sua busca vã e infinita.

O custo do protótipo está calculado entre 10.000 e 30.000 euros. Sua industrialização já poderia começar, mas a equipe de Linz quer estudar um pouco mais os resultados obtidos com o primeiro paciente.
Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/06/08/noticia_saudeplena,153666/protese-que-simula-sensibilidade-de-membro-perdido-e-esperanca-contra.shtml

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Hospital da Unicamp realiza 1ª cirurgia com titânio impresso em 3D




Inédito no Brasil, o procedimento de reconstrução crânio-facial com placas de titânio impressas em 3D foi um sucesso em sua primeira experiência.

Foi no Hospital das Clínicas da Unicamp que Jéssica Cussioli, 23 anos, foi operada. Em setembro do ano passado, a jovem sofreu um acidente de moto. Ao tentar desviar de um buraco, ela bateu o rosto em uma caçamba e, mesmo com o capacete, sofreu traumatismo crânio-facial e um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que resultaram no afundamento do crânio, perda da visão do olho direito e parcial dos movimentos do lado esquerdo do corpo.

Após o acidente, Jéssica passou uma cirurgia, onde sua chance de sobrevivência era de 2%. Após isso, sofreu mais três procedimentos até ser encaminhada para Campinas. A jovem foi a primeira pessoa no país a receber, simultaneamente, três placas de titânio para reconstrução crânio-facial em uma cirurgia realizada pelos cirurgiões Paulo Kharmandayan, Davi Calderoni, Herbeti Aguiar e Adriano Mesquita da cirurgia plástica e Enrico Ghizoni da neurocirurgia. Em matéria publicada no portal da Unicamp, Dr. Kharmandayan afirma que o sucesso se deve ao trabalho multiprofissional de engenheiros, médicos e físicos.

Cirurgia

A mãe de Jéssica realizou pesquisas sobre cirurgias que ajudassem a sua filha. Ao descobrir esta nova técnica, ainda em fase de pesquisa, ela entrou em contato com os responsáveis. “Ao relatar a história em um e-mail e links de notícias da cidade sobre o caso, solicitei uma tomografia e ao receber e discutir com o Kharmandayan apostamos no projeto para a prototipagem crânio-facial em 3D com titânio e aperfeiçoamento das técnicas”, conta o engenheiro mecânico André Jardini para o portal da Unicamp.

Jardini, que é pesquisador sênior do instituto BIOFABRIS, explicou que o equipamento para produção da placa de titânio é importado da Alemanha e custa cerca de R$ 3 milhões. O conceito de “biofabricação” consiste em utilizar técnicas de engenharia e biomateriais para a construção de estruturas tridimensionais, fabricação e confecção de substitutos biológicos que atuarão no tratamento, restauração e estruturação de órgãos e tecidos humanos.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/06/03/hospital-da-unicamp-realiza-1a-cirugia-com-titanio-impresso-em-3d/