terça-feira, 31 de março de 2015

Intolerância ao glúten atinge 1% da população do mundo


A doença celíaca, caracterizada pela intolerância ao glúten, afeta principalmente o intestino delgado. Pesquisadores da Universidade de Umea, na Suécia, realizaram um estudo com 954 crianças e constataram que mais de três infecções, como gripes, otites e irritações no intestino, durante os seis primeiros meses de vida de um bebê podem dobrar o risco de desenvolvimento da doença celíaca.

A intolerância ao glúten é a incapacidade ou dificuldade de digestão do glúten, que é uma proteína presente em alguns cereais, como trigo, centeio, cevada e aveia. A pesquisa indica que em alguns casos o indivíduo pode não apresentar nenhum desdes sintomas e a intolerância ao glúten só ser descoberta após a manifestação de outros sintomas decorrentes da doença, tais como: baixa estatura ou esterilidade. “Nem todos nós temos intolerância ao glúten, no entanto uma parcela de profissionais de saúde acredita que mesmo que o paciente não tenha doença celíaca é importante diminuir ou parar de ingerir glúten. Ainda há controvérsias, mas realmente para quem tem doença celíaca o glúten é um veneno. A doença celíaca geralmente começa na infância, mas pode aparecer na vida adulta”, esclarece a nutricionista Amely Degraf.

Sintomas. A especialista explica que a causa da doença é a ingestão de glúten e os sintomas intestinais incluem diarreia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência, irritabilidade e pouco ganho de peso. “Os pacientes podem apresentar ainda atraso de crescimento e da puberdade, anemia pela carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado e erupção na pele que provoca coceira chamada dermatite herpetiforme. Ou pode não apresentar nenhum sintoma”, alerta.

Para tratar a intolerância ou inibir crises, Amely Degraf revela que somente uma dieta sem glúten é eficaz nesse sentido.

“É possível substituir as farinhas proibidas por fécula de batata, farinha de milho, amido de milho, polvilho doce ou azedo, farinha ou creme de arroz, farinha de araruta ou fubá. Nutricionistas e grupos de apoio podem ajudar as famílias a se ajustar a essa dieta radical. Mesmo assim, pode levar vários meses até que elas se acostumem com a dieta sem glúten”, afirma.

Grupo de risco. A nutricionista lembra que as pessoas com maior risco de contrair a doença celíaca são aquelas que têm diabete do tipo 1, doença autoimune da tireoide, síndrome de Turner, síndrome de Williams, ou pessoas com histórico familiar de doença celíaca. No entanto, há pessoas que desenvolvem a doença mesmo sem fazer parte de um dos grupos de maior risco. (TM)


Fonte: Jornal da Manhã – Uberaba

sexta-feira, 27 de março de 2015

Consumo de refrigerante dietético é associado ao aumento da gordura abdominal


Já está cientificamente bem estabelecido que o consumo de açúcar, principalmente o contido em produtos não nutritivos como refrigerantes e sucos adoçados, está associado a uma maior incidência de sobrepeso, obesidade, hipertensão e diabete, além de outras doenças de origem inflamatória.

Nas ultimas décadas uma alternativa para as pessoas que não querem deixar de tomar refrigerante tem sido o refrigerante ou suco "diet". Como a substância usada para adoçar a bebida não contém calorias, teoricamente o seu consumo não teria nenhuma repercussão energética ou metabólica. Entretanto, alguns estudos recentes têm constatado um paralelismo entre o grande aumento na incidência de obesidade (considerado uma epidemia por seu rápido crescimento e distribuição pelo planeta) e o consumo aumentado de produtos "diet", principalmente bebidas.

Apesar destes estudos não estabelecerem uma relação de causa e efeito, eles serviram de alerta para o fato que, talvez, os produtos "diet" não sejam tão benéficos e inócuos como se pensava. A partir daí foram feitas novas pesquisa oferecendo um conjunto de evidências altamente sugestivas de que as bebidas "diet", além de não colaborar para o controle de peso, podem, também, ser prejudiciais à saúde.

O estudo mais recente abordando esta questão foi publicado na última semana na revista científica Journal of the American Geriatrics Society. A pesquisa foi conduzida por 10 anos em participantes de 65 anos ou mais e o principal desfecho registrado foi a circunferência abdominal. Esta medida tem se tornado de grande importância na avaliação da obesidade e suas consequências (mais importante que o peso e o índice de massa corporal), pois ela reflete o crescimento da gordura visceral. Este tecido adiposo em especial é um dos principais locais de produção de substâncias pró-inflamatórias liberadas na circulação (chamadas de citocinas) e que atuam sobre os vasos sanguíneos e sobre o metabolismo, aumentando o risco de síndrome metabólica, diabete tipo 2, hipertensão e doença cardíaca.
Os resultados da pesquisa não deixam de ser surpreendentes. No final de um período máximo de 10 anos, os participantes que tomavam regularmente bebidas "diet" apresentaram uma circunferência abdominal até 3 vezes maior que aqueles que não tomavam nenhum tipo de bebida adoçada ou "diet" e houve uma curva dose-resposta entre a quantidade tomada e o aumento da circunferência abdominal, abordagem esta que é sugestiva de uma relação causa/efeito.

A explicação para estes achados ainda não é completa e muitos estudos ainda precisam ser realizados para o pleno entendimento do fenômeno. Entretanto, já existem evidências científicas que propõem dois possíveis mecanismos: - um deles sugere que ação do adoçante artificial sobre o centro de recompensa no cérebro é semelhante ao açúcar natural. Desta forma, a ingestão em excesso levaria a uma tolerância do centro de recompensa (para sentir o mesmo efeito de bem estar é necessária uma quantidade maior) e aí o indivíduo ingere açúcares naturais sob outras formas para saciar esta necessidade; - outra proposta mais recente, e que não exclui a anterior, é baseada em resultados demonstrando que adoçante artificial tem efeito na modificação da microbiota intestinal (conjunto de trilhões de bactérias que habitam nosso trato gastrointestinal e que influenciam vários aspectos do nosso funcionamento normal, do metabolismo ao sistema imunológico) levando a alterações metabólicas que induzem a um maior armazenamento de energia no abdome.

Independente de qual o mecanismo, já está claramente comprovado que para manter uma boa saúde o indivíduo deve se afastar dos refrigerantes, de qualquer tipo, e dos sucos com açúcar ou adoçante artificial.

É isto aí, em qualquer idade, em vez de refrigerante zero, zero refrigerante! 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -Journal of the American Geriatrics Society published online: 17 MAR 2015 - DOI: 10.1111/jgs.13376

quinta-feira, 26 de março de 2015

Estudo mostra que preparo de vegetais influencia consumo das crianças


Crianças odeiam verduras não importa o quão apetitosas elas sejam, certo? Errado, responde um importante estudo divulgado nesta segunda-feira (23/03). A pesquisa descobriu que crianças no estado norte-americano de Massachusetts comem até 30% mais vegetais quando preparados com a ajuda de um cozinheiro profissional. 

O estudo, publicado no site da revista da Associação Médica Norte-Americana (JAMA), mostrou um aspecto motivador na batalha contra a obesidade infantil, mas a pesquisa também descobriu que a apresentação de frutas e legumes não têm um impacto a longo prazo sobre o consumo. "Os resultados destacam a importância do sabor da merenda escolar", afirmou Juliana Cohen, principal autora do estudo, professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard.

"Além disso, este estudo mostra que as escolas não devem abandonar os alimentos mais saudáveis%u200B%u200B mesmo que os estudantes apresentem uma resistência inicial a eles", apontou a pesquisador. 

Cerca de 32 milhões de crianças comem refeições diariamente nas escolas norte-americanas e muitos estudantes de baixa renda chegam a obter até metade de suas calorias diárias por meio de refeições escolares.

Os pesquisadores realizaram o trabalho durante o ano escolar de 2011-2012 em 14 escolas de ensino fundamental e médio em dois distritos escolares de baixa renda na área urbana de Massachusetts. Ao todo, 2.638 crianças participaram da pesquisa. 

Os resultados "realmente ilustram que através da persistência, as crianças em idade escolar podem aprender a gostar de grãos integrais saudáveis, frutas e vegetais, especialmente se elas têm um gosto bom", disse o professor de Harvard Eric Rimm, autor sênior do estudo.


Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/03/24/noticia_saudeplena,152733/estudo-mostra-que-preparo-de-vegetais-influencia-consumo-das-criancas.shtml

quarta-feira, 25 de março de 2015

'Lei Rouanet' do câncer pode ampliar atendimento oncológico no SUS


Desde 2013, empresas e pessoas físicas podem destinar até 1% do imposto devido a projetos na área de câncer. É como se fosse uma Lei Rouanet da oncologia, que permite 100% de dedução fiscal para o valor doado. O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) já possibilitou, por exemplo, a compra de um robô de última geração para fazer cirurgias minimamente invasivas em pacientes do SUS atendidos pelo Hospital de Câncer de Barretos.
Mas algumas instituições ainda têm dificuldade de captar os recursos, principalmente pela falta de conhecimento das empresas sobre o Pronon.

“A gente percebe que falta conhecimento. No caso da Lei Rouanet, ela é mais antiga e muito divulgada. As novas leis são recentes e não tiveram uma repercussão que pudesse fazer com que todas as empresas as conhecessem profundamente”, diz Tammy Allersdorfer gerente geral de Desenvolvimento Institucional do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC).

Um dos projetos que está captando recursos pelo Pronon atualmente é o do Setor de Oncologia Ocular do Departamento de Oftalmologia do Hospital São Paulo/Unifesp. O objetivo é dobrar o número de atendimentos e diminuir pela metade a espera por tratamento cirúrgico. A unidade é a maior do Brasil especializada em câncer ocular.
“No câncer, se o tratamento demora, o prognóstico muda e o paciente pode perder o olho, por exemplo. Hoje, demoram 6 semanas para conseguir a primeira consulta. Queremos que os pacientes sejam vistos em 2 semanas. E o tratamento cirúrgico, que hoje leva 3 meses, queremos que demore no máximo um mês”, diz o oftalmologista Rubens Belfort Neto, chefe do setor.

Ele conta que o centro ainda não conseguiu captar a verba necessária, principalmente pela falta de familiaridade das empresas a respeito do programa. “Se as empresas soubessem o que é o Pronon iria ajudar muito. Os projetos que estão captando recursos já foram pré-aprovados pelo Ministério da Saúde. É uma forma de aplicar o dinheiro dos impostos em um lugar em que se sabe para que será usado”, acrescenta.

Como funciona
A Lei 12.715/2012, que instituiu o Pronon, também instituiu o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). Os programas funcionam assim: entidades ligadas à oncologia ou ao atendimento a pessoas com deficiência se cadastram junto ao Ministério da Saúde e submetem até três projetos por ano nos programas.

Caso os projetos sejam aprovados pelo Ministério, há um período de captação dos recursos junto às empresas. A condição para que a entidade possa usar os recursos captados é que ela consiga arrecadar ao menos 60% do que estava previsto no projeto original.

As empresas ou pessoas que doaram podem deduzir 100% do valor no imposto de renda, desde que a doação respeite o teto de 1% do imposto devido. Para o Pronon 2014/2015, um dos prazos para captação de recursos termina no dia 30 de março.

Robô, capacitação  e pesquisa clínica
O advogado Henrique Moraes Prata, diretor jurídico do Hospital de Câncer de Barretos, conta que, na primeira edição do Pronon, de 2013/2014, foi arrecadado recurso suficiente para a compra do robô Da Vinci, um sofisticado equipamento que realiza cirurgias minimamente invasivas. A previsão da instituição era fazer 480 cirurgias com o equipamento por ano.

“A aquisição fazia parte de um programa maior de ampliação da capacidade de atendimento com o uso desse tipo de tecnologia”, diz. Nessa edição, o Ministério da Saúde aprovou que o hospital captasse de R$ 57 milhões, dos quais foram arrecadados R$ 39 milhões.

Para Prata, o incentivo fiscal que as empresas mais conhecem ainda é a Lei Rouanet. “Mas aos poucos, as pessoas começaram a conhecer a possibilidade de doação a projetos voltados para a criança e adolescente, idoso, esporte, além do câncer e da pessoa com deficiência.” Ele se preocupa com o caráter não permanente da lei, que, a princípio, vale até 2016. “Se não for renovado, não sabemos exatamente o que vai acontecer. A lei veio preencher uma lacuna importante nas instituições oncológicas.”
Na edição 2014/2015, o GRAAC também submeteu projetos ao Pronon, segundo Tammy: um deles é voltado ao desenvolvimento e atualização da equipe multiprofissional da instituição. A ideia é que todos os colaboradores da instituição se qualifiquem ainda mais para o trabalho que fazem.

O outro é direcionado para uma pesquisa clínica. O objetivo é testar a eficácia do transplante de medula autólogo associado a um medicamento específico para alguns tipos de tumores em pacientes com menos de 5 anos. "O objetivo é evitar a radioteraia, eliminando efeitos colaterais futuros do tratamento em crianças menores de 5 anos. Poucos centros tem recursos para fazer investimento como esse", diz.


Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/03/lei-rouanet-do-cancer-pode-ampliar-atendimento-oncologico-no-sus.html

sexta-feira, 20 de março de 2015

Tempo de amamentação tem impacto positivo na vida adulta



Bebês que são amamentados com leite materno têm uma série de benefícios conhecidos a curto e médio prazo, a maior parte associada a um menor número de doenças infecciosas na infância e maiores escores de inteligência na adolescência.
Repercussões de longo prazo ainda não eram conhecidas, pois as pesquisas que avaliaram os efeitos da amamentação com leite materno acompanharam os bebês no máximo até a adolescência.

Agora, esta lacuna no conhecimento é preenchida por um estudo brasileiro produzido na Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. A pesquisa foi publicada no dia 17 de março na revista científica The Lancet Global Health. O estudo teve início em 1982 com a coleta de informações sobre a amamentação de cerca de 6000 bebês nascidos naquele ano na comunidade de Pelotas/RS. Desta amostra, perto de 3500 foram submetidos a um teste de QI (quociente de inteligência) 30 anos depois. Além disso, vários dados foram registrados, como grau de educação e rendimentos.

A amamentação no seio ao nascer foi associada com maior inteligência, mais tempo de educação formal e maior rendimento quando adulto. E, quanto maior o tempo de amamentação, maiores são os efeitos positivos. Vários outros fatores que poderiam estar associados aos desfechos analisados (como o grau de educação dos pais, se a mãe fumava durante a gravidez, fatores genéticos, idade da mãe, tipo de parto, etc.) foram excluídos por meio de metodologias estatísticas de ajuste para fatores de confusão.

As possíveis explicações para estes achados estão associadas a fatores nutricionais, principalmente a presença no leite materno de ácidos graxos saturados de cadeias longas, componente muito importante para o desenvolvimento do cérebro.

Apesar do tipo de estudo não permitir que seja estabelecida uma relação de causa e efeito (o estudo não pode provar que os efeitos no adulto foram consequências diretas da amamentação), a forte associação permite inferir que esta relação causal existe.

Deve ser considerado também que o desenvolvimento de um indivíduo até a idade adulta envolve uma grande quantidade de variáveis. Certamente a amamentação é uma delas, talvez a mais importante. Por outro lado, o fato de uma mãe não ter amamentado seu filho, ou ter amamentado por pouco tempo, não significa que ele não terá sucesso na vida adulta.
Este estudo confirma que estimular a amamentação com leite materno pelo maior tempo possível é uma ação de grande impacto positivo na saúde pública. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

·         -The Lancet Global Health - www. thelancet.com/lancetgh Vol 3 April 2015 - Published online March 17, 2015.
DOI: http://dx.doi.org/10.1016/S2214-109X(15)70002-1

quarta-feira, 18 de março de 2015

França quer proibir por lei modelos muito magras nas passarelas


O governo socialista da França se pronunciou a favor de proibir por lei o recurso a modelos extremamente magras nos desfiles de moda, apesar das reticências das agências, e a sancionar a apologia da anorexia. "Vou apoiar" estas iniciativas, declarou na segunda-feira (16/03) a ministra da Saúde, Marisol Touraine, ao ser interrogada sobre duas emendas à Lei de Saúde apresentadas por um deputado socialista.

Uma das emendas apresentadas pelo deputado Olivier Veran quer proibir que as agências contratem modelos diagnosticadas em estado de desnutrição. Com esse objetivo, Veran propõe modificar o Código de Trabalho para obrigar as agências a apresentar um atestado médico que estabeleça que o Índice de Massa Corporal (IMC) de cada modelo seja superior a um determinado valor.

Segundo o projeto, o descumprimento da lei será passível de uma pena de seis anos de prisão e de uma multa de 75.000 euros.

O Sindicato Nacional de Agências de Modelos (SYNAM) da França, que reúne 40 empresas, lamentou que esta proposta leve em conta apenas a situação francesa.

As agências francesas "estão em concorrência permanente com suas colegas europeias. Portanto, é indispensável um enfoque europeu", declarou o SYNAM.

Alguns países, como Espanha, Itália, Bélgica, Chile e Israel, já votaram leis ou decretaram regulamentos sobre o tema.

A segunda emenda estabelece um "crime de valorização da magreza excessiva" e quer proibir os sites que fazem "apologia à anorexia".

Olivier Veran estima que na França há "entre 30.000 e 40.000 pessoas" que sofrem de anorexia mental.

"São adolescentes, em 90% dos casos. O impacto social da imagem transmitida pela moda, segundo a qual as mulheres devem ser magras a um nível patológico para ser bonitas e poder desfilar, é muito forte", disse Veran.

A iniciativa conta com o apoio de Gerald Marie, ex-diretor da agência Elite na Europa.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/03/17/noticia_saudeplena,152629/franca-quer-proibir-por-lei-modelos-muito-magras-nas-passarelas.shtml

segunda-feira, 16 de março de 2015

Cirurgia íntima: no limite da vaidade feminina


Divulgado em julho do ano passado o relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) revelou que o Brasil é o atual campeão mundial na realização de cirurgias plásticas íntimas, ultrapassando os Estados Unidos. Profissionais da área membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica acreditam que o Brasil conquistou esse título devido a diversos itens, entre eles o fator financeiro do país, a vaidade da brasileira, a mudança no comportamento sexual da mulher brasileira e a competência dos médicos brasileiros.
relatório revela que o Brasil é campeão na realização de algumas cirurgias como rejuvenescimento vaginal. Outro procedimento comum é a ninfoplastia, neste caso, a cirurgia plástica tem por objetivo diminuir os pequenos lábios vaginais, estruturas que têm como principal função direcionar o jato de urina durante a micção. Além disso, os pequenos lábios também tem a função de proteger a vagina.
Esta cirurgia é feita, principalmente, em casos de incômodo estético ou até mesmo de dor durante a relação sexual. Na maioria dos casos, de acordo com os médicos especialistas, o desconforto é mais psicológico do que funcional: por sentirem que têm algo diferente do padrão, muitas mulheres se sentem constrangidas diante dos parceiros.
Quando indicada, a cirurgia íntima feminina também pode alterar o tamanho e o formato dos grandes lábios dando uma aparência estética melhor e um conforto maior durante a relação.
Indicações da cirurgia íntima feminina
Na maioria dos casos, a estética e o incômodo psicológico durante a exposição ao parceiro e a relação sexual é a motivação para a cirurgia. Em casos mais raros, a dificuldade em higienizar a região acaba provocando acúmulo de secreções e urina levando a infecções constantes, como a candidíase, o que também leva as mulheres a optar pela cirurgia plástica.
De acordo com especialistas a cirurgia também é indicada para casos em que o tamanho exagerado dos pequenos lábios pode causar dor durante a relação sexual. O incômodo acontece pois estas estruturas acabam dobrando-se para dentro da vagina durante a penetração, podendo surgir até mesmo pequenas lesões devido a esse atrito.
Como é feita a cirurgia íntima feminina
Normalmente é utilizada a anestesia raqui ou peridural com sedação simples, para que a mulher durma durante o procedimento. Como opção, pode-se ainda usar apenas anestesia local com sedação. Nesses casos é possível deixar o hospital no mesmo dia. O cirurgião retira parte dos pequenos lábios e reconstrói essas estruturas. São dados pontos, normalmente absorvíveis, ou seja, que não precisam ser retirados posteriormente. As cicatrizes costumam ser discretas. O procedimento dura, em média, de 40 minutos à uma hora em meia. Por se tratar de uma cirurgia simples, a paciente pode ir para casa no mesmo dia.
Quando a cirurgia objetiva melhorar o aspecto dos grandes lábios, pode-se fazer basicamente duas abordagens: para se diminuir utiliza-se pequenas cânulas de lipoaspiração com ou sem cicatriz na parte interna do grande lábio (a cicatriz fica pouco aparente). Quando o envelhecimento, perda de peso ou fatores de hereditariedade “murcham” os grandes lábios, o cirurgião pode melhorar a região com aplicações de gordura da própria paciente (lipoenxertia estruturada).
Qual profissional pode realizar a cirurgia íntima feminina
O cirurgião plástico e o ginecologista são os profissionais mais indicados para esse tipo de cirurgia, sendo de imprescindível procurar profissionais capacitados e certificados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para qualquer procedimento cirúrgico estético.
Contraindicações
A cirurgia íntima não possui contraindicações absolutas, no entanto, como em qualquer cirurgia, indivíduos com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca, descontroladas devem evitar procedimentos cirúrgicos.
Pacientes com infecção ativa no local ou corrimento devem fazer tratamento antes de se submeter à cirurgia. Também há uma recomendação especial para fumantes: abstinência por dois ou três meses antes da cirurgia. Por fim, mulheres com hipertensão, diabetes ou asma devem ser avaliadas sobre o risco da cirurgia.
Ressaltando uma vez mais a importância do acompanhamento médico qualificado.
Por Saúde blog
Com informações Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Portal Minha Vida.


sexta-feira, 13 de março de 2015

Castanha, nozes e mesmo amendoim reduzem mortalidade em geral


Um robusto conjunto de evidências científicas demonstra uma redução do risco de morte por qualquer causa, e principalmente por doença cardiovascular, em indivíduos que comem castanhas e nozes regularmente. No entanto, a maior parte dos trabalhos que indicam esta associação foi conduzida em amostras de pessoas de situação socioeconômica confortável, particularmente de descendentes de europeus. Esta falta de diversidade na amostra limita a aplicabilidade dos resultados em grandes populações de baixo poder aquisitivo. Além disso, nozes e castanhas são alimentos de preço elevado, o que impede o seu consumo regular. No Brasil, por exemplo, excetuando-se a castanha de caju em algumas regiões, as demais nozes tem um consumo restrito, acontecendo principalmente na época de Natal, imitando um costume europeu.

Na semana passada uma nova pesquisa abordando esta associação foi publicada na revista médica JAMA Internal Medicine. À primeira vista pode parecer redundante a publicação de um novo estudo abordando a mesma associação. No entanto, este trabalho traz duas grandes novidades em relação aos demais que trataram do tema. A primeira delas é que os participantes da pesquisa são de um nível socioeconômico baixo, incluindo americanos e chineses. A segunda, e talvez a mais interessante, é que o principal tipo de noz consumido foi o amendoim. Sim, o nosso popular amendoim, que tecnicamente não é considerada uma noz e sim uma leguminosa.

A pesquisa consistiu na combinação de três estudos observacionais, o que traz mais consistência à análise por aumentar muito o tamanho da amostra, assim como sua diversidade. Mais de 71.000 indivíduos com idades entre 40 e 79 anos, chineses e americanos, foram acompanhados por períodos de 5 a 12 anos. Os pesquisadores encontraram que quanto maior a ingestão de nozes (e a principal foi o amendoim) menor foi o risco de morte por qualquer causa e também de morte por doença cardíaca.

A explicação para o achado pode estar ligada ao fato que as nozes (incluindo o amendoim) serem ricas em gorduras insaturadas que são benéficas à saúde, bem como em vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras e outros fitoquímicos.
Os resultados deste trabalho são de grande importância pois políticas de incentivo ao consumo de um alimento nutritivo e protetor contra doenças e, principalmente, de baixo custo, presente praticamente em todas as regiões e com ótima palatabilidade, como o amendoim, pode ter um importante impacto para a saúde pública. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -JAMA Internal Medicine. doi:10.1001/jamainternmed.2014.8347 - Online March 2, 2015.

quinta-feira, 12 de março de 2015

A saúde da mulher em todas as fases da vida


Aos 20 anos – Dividir o tempo para conciliar estudos, diversão e atividade profissional é fundamental. É nessa etapa que a mulher deve iniciar um acompanhamento médico regular, com um ginecologista de confiança ou clínico geral. Outro ponto importante é que geralmente o organismo responde mais rapidamente a dietas e exercícios, ou seja, é uma boa hora para perder peso, entrar em forma, definir a musculatura, praticar atividade física com regularidade e manter uma alimentação saudável. Os hábitos iniciados nessa fase norteiam a saúde pelo resto da vida.

Aos 30 anos – Nessa faixa de idade, a mulher precisa de muita disposição e de alternativas para descarregar as tensões diárias. Manter uma rotina de exercícios ajuda nesse sentido e evita doenças, como diabetes e pressão alta. Se não começou aos 20, é a partir dos 30 anos que a mulher deve começar a medir com mais frequência seus níveis de colesterol, triglicerídeos, hormônios e glicose. A época também é ideal para começar a prevenir a osteoporose, com alimentação adequada e prática de exercícios físicos que ajudam na síntese de vitamina D, responsável pela fixação do cálcio nos ossos.

Aos 40 anos – É nessa etapa da vida que as mulheres podem sentir os primeiros efeitos do climatério, período em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários. Nessa fase, o envelhecimento se anuncia com mais nitidez. É importante manter o peso saudável para reduzir chances de diabetes e doenças cardiovasculares e redobrar os cuidados com os ossos, ingerindo alimentos ricos em cálcio e ferro, para prevenir, respectivamente, a osteoporose e a anemia.

Aos 50 anos – Nessa faixa etária, a mulher deve investir numa dieta saudável, com pouca gordura saturada e pouca carne vermelha, com preferência à carne branca e ao peixe. Além isso, é importante manter o consumo regular de alimentos ricos em fibras, ferro e cálcio. É importante também ingerir água diariamente.

Acima dos 60 anos – Os exercícios físicos são indispensáveis para a manutenção da capacidade motora, cardiovascular e respiratória em qualquer idade, e agora também para manter a musculatura ativa e a flexibilidade. Além disso, beber muita água ajuda a manter o corpo hidratado. É recomendado consumir alimentos ricos em cálcio, desnatados e menos gordurosos. Se já passou dos 65, é indicada a vacinação anual contra a gripe e, conforme prescrição médica, contra a pneumonia.

Os cuidados são semelhantes para homens e mulheres no que diz respeito a não fumar, ingerir bebidas alcoólicas com moderação, praticar regularmente atividade física e ter uma alimentação mais equilibrada. É recomendado realizar avaliações médicas periódicas para controle das taxas de colesterol, triglicérides, glicemia e eventual realização de exames mais específicos, como ecocardiograma (ultrassom do coração) e um teste ergométrico (também conhecido como teste de esforço ou teste de esteira).

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2015/03/08/a-saude-da-mulher-em-todas-as-fases-da-vida/

quarta-feira, 11 de março de 2015

Cinco medicamentos para transtorno bipolar são incorporados ao SUS

O Ministério da Saúde incorporou os medicamentos clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona para o tratamento do transtorno bipolar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria com a decisão foi publicada na edição desta terça-feira (10) do Diário Oficial da União e entra em vigor hoje.
Clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona são remédios usados para outros fins na rede pública, mas devem estar disponíveis também para o transtorno bipolar.
A expectativa é que em 2015 cerca de 270 mil pessoas sejam beneficiadas com o tratamento. O investimento este ano será cerca de R$ 90 milhões com os medicamentos.
O Ministério da Saúde deve publicar esta semana as diretrizes terapêuticas para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do transtorno bipolar. A forma mais grave da doença afeta cerca de 2 milhões de brasileiros.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/03/10/cinco-medicamentos-para-transtorno-bipolar-sao-incorporados-ao-sus.htm

terça-feira, 10 de março de 2015

Malhar após o jantar ajuda no combate contra o diabetes

O aumento da quantidade de açúcares e gorduras no sangue, tornando o corpo insensível à quantidade de insulina — hormônio responsável pela redução da taxa de glicose —, caracteriza o diabetes tipo 2. Uma das principais recomendações às pessoas acometidas por essa doença metabólica é a prática de atividades físicas, principalmente para a prevenção de doenças cardiovasculares. Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, identificaram o horário mais indicado para esse exercício estratégico: depois do jantar.
Nesse período, segundo Jill Kanaley, professor do Departamento de Nutrição e Fisiologia do Exercício da universidade, há redução maior da glicose e dos níveis de gordura. “Esse estudo mostra que não é apenas a intensidade ou a duração do exercício que é importante, mas também o momento em que ele ocorre”, analisa.

Para chegar à conclusão, Kanaley e seus colegas estudaram indivíduos obesos e com diabetes tipo 2. Em uma parte do experimento, os voluntários tiveram que praticar exercícios de resistência — flexão de perna e abdominais, por exemplo — antes do jantar. Em outra parte, repetiram as atividades 45 minutos depois de se alimentarem.

As análises indicaram que, nos integrantes do primeiro grupo, houve a redução do nível de açúcar no sangue. Nos do segundo, caíram as taxas de açúcar e de gordura. Em ambos os casos, ele consumiram uma refeição moderada composta, principalmente, por carboidratos.

Kanaley acredita que os resultados são essenciais também para quem acompanha os pacientes com a doença metabólica. “Saber que o melhor momento para a atividade física é após uma refeição permite aos cuidadores personalizar prescrições de exercícios para otimizar os benefícios”, diz. O pesquisador ressalta, porém, que as melhorias nos níveis de açúcar no sangue e gordura dos participantes tiveram curta duração; não se estenderam para o dia seguinte.

Por isso, a importância da prática regular do exercício após o jantar. “Além disso, é natural que os níveis hormonais dos indivíduos se diferenciem ao longo do dia. Isso é outro fator a considerar na determinação do melhor momento para o exercício”, complementa. O próximo passo do estudo será analisar por que a prática de exercícios físicos durante a manhã causa efeitos diferentes da prática após o jantar.

“Indivíduos que se exercitam na manhã têm geralmente em jejum por 10 horas de antecedência”, observa Kanaley, antecipando um fator que pode estar ligado aos efeitos distintos. O grupo de estudiosos também pretende entender as razões de os níveis hormonais afetarem nos resultados dos exercícios físicos.
"Saber que o melhor momento para a atividade física é após uma refeição permite aos cuidadores personalizar prescrições de exercícios para otimizar os benefícios” - Jill Kanaley, professor do Departamento de Nutrição e Fisiologia do Exercício da Universidade de Missouri.


Complicações diversas
As principais consequências do diabetes são complicações cardíacas, cegueira e doença vascular periférica. Nenhum tratamento mantém a glicose do sangue em níveis normais, de acordo com o Manual Merck de Informação Médica. O objetivo das intervenções é evitar que os níveis dessa substância sejam demasiadamente elevados ou baixos. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde, 6,9% da população brasileira tinham o diabetes tipo 2. A prevalência da doença vem crescendo desde 2006, quando ela atingia 5,5% das pessoas que viviam no país.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/03/05/noticia_saudeplena,152384/malhar-apos-o-jantar-ajuda-no-combate-contra-o-diabetes.shtml


segunda-feira, 9 de março de 2015

Cigarro pode danificar o cérebro, diz estudo

Até que ponto fumar pode danificar o cérebro?  Um novo estudo, que incluiu mais de 500 fumantes do sexo masculino e feminino, ex-fumantes e não-fumantes, e que tinham em media 73 anos de idade, buscou avaliar os efeitos do cigarro sobre o cérebro.
A nova pesquisa, da Universidade MacGill, do Canadá, realizado exames de imagem do cérebro nestas pessoas, verificou que os fumantes atuais e antigos tinham um córtex cerebral mais fino do que aqueles que nunca fumaram. O córtex é a camada do cérebro onde ocorrem os processos de pensamento importantes, tais como memória, linguagem e percepção.
Os pesquisadores também descobriram que parar de fumar leva a restauração parcial da espessura do córtex, mas o processo é lento e incompleto. Ex-fumantes pesados e que não fumaram por mais de 25 anos ainda mantinham ainda um córtex mais fino do que os não-fumantes, descobriram os pesquisadores.
O córtex se torna mais fino com o envelhecimento em todas as pessoas, mas o fumo parece acelerar este desbaste. E, um córtex mais fino é associado com o declínio mental, disseram os pesquisadores.
Assim, segundo os autores, os fumantes deveriam ser informados de que os cigarros poderiam acelerar o afinamento do córtex do cérebro, o que poderia levar a problemas com o pensamento e memória.
O estudo foi publicado on-line em 10 de fevereiro de 2015 na revista Molecular Psychiatry.

Fonte: McGill University, news release, Feb. 10, 2015.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Comer demais pode ser um vício


Comer em excesso é uma das características do estilo de vida das populações ocidentais. Alguns tipos de alimentos são representativos desta situação. Quantos de nós já não sentiram a sensação de sair de uma pizzaria achando que exagerou? Ou então serviu-se de uma porção de sorvete na sobremesa e depois repetiu, e repetiu, até chegar ao fundo do pote? Este desejo incontrolável de comer e continuar comendo insaciavelmente, mesmo que isto depois provoque um sentimento de culpa ou depressão, está agora sendo melhor entendido pela ciência.
De uns anos para cá um conjunto de evidências científicas têm associado o desejo incontrolável por determinados alimentos ao processo de adição e dependência, tal qual ocorre com drogas ilegais. É uma adição ao alimento. A consequência é o aumento da ingestão calórica com um adicional energético que leva à obesidade.
Resultados de uma pesquisa recentemente publicados na revista científica PLOS ONE indicam que componentes de alguns alimentos podem levar a um processo de adição alimentar em que a pessoa ficaria "viciada" no alimento. O estudo refere resultados de outro trabalho demonstrando que alimentos com alto teor de açúcar e gordura afetam o cérebro da mesma maneira que drogas como heroína e morfina. Pessoas obesas com desejo incontrolável por determinados alimentos e que tiveram seus cérebros analisados por exames de imagens dinâmicos, apresentam um número menor de receptores de um neurotransmissor chamado dopamina em uma área do cérebro responsável pela sensação de recompensa. É o mesmo padrão encontrado nos viciados em drogas.
Biologicamente foi decisivo para os humanos primitivos sofrerem um processo adaptativo-evolutivo em que, com a dificuldade natural de obter alimentos e não dominando ainda a agricultura, os alimentos com maior densidade calórica causassem uma sensação maior de bem-estar, o que fazia que esta escolha fosse repetida, com todos os seus benefícios energéticos para aquela época.
Pois nos adaptamos, a espécie humana é um sucesso evolutivo absoluto e nosso cérebro continua o mesmo. No entanto, o progresso e a tecnologia trouxeram uma maior oferta de alimentos, principalmente de alimentos energeticamente densos e de absorção muito rápida pelo organismo, altamente palatáveis (alimentos processados/refinados com muito açúcar e gordura), e que nós ingerimos em uma quantidade muito maior do que necessitamos. Os receptores de dopamina não dão conta de toda esta satisfação dopaminérgica e para ter a mesma sensação de bem estar é necessário liberar mais dopamina, ou seja, precisamos de mais desses tipos de alimentos. Exatamente como ocorre com as drogas. Cria-se a adição (vício).
Este estudo apresenta evidências preliminares que alguns tipos particulares de alimentos podem induzir um comportamento de adição. Muitas vezes aquilo que parece ser uma falta de força de vontade do indivíduo obeso para evitar comer demais determinados alimentos é, na verdade, uma doença e deve ser abordada como tal. 
Autor: Equipe ABC da Saúde

Referência Bibliográfica


·         -PLOS ONE | DOI:10.1371/journal.pone.0117959 February 18, 2015

quinta-feira, 5 de março de 2015

Pesquisa liga café diário a artérias mais limpas


O consumo diário de algumas xícaras de café pode ajudar a evitar o entupimento das artérias, um conhecido fator de risco para doenças cardíacas, disseram pesquisadores sul-coreanos, o que deve reabrir o debate sobre os benefícios da bebida para o coração.
O estudo analisou mais de 25 mil funcionários homens e mulheres que se submeteram a exames de saúde de rotina no local de trabalho. Os resultados foram divulgados na publicação científica Heart.
Aqueles que bebiam uma quantidade moderada de café - de três a cinco xícaras por dia - tinham uma possibilidade menor de apresentar os primeiros sinais de doença cardíaca nos exames médicos.

Efeitos no coração
Os efeitos que o café têm sobre a saúde do coração ainda causam dúvidas. Alguns estudos relacionam o consumo da bebida a fatores de risco cardíaco, como maior colesterol ou pressão arterial. Já outras pesquisas sugerem, na verdade, alguma proteção cardíaca.
Apesar deste estudo, efeitos que o café têm sobre a saúde do coração ainda causam dúvidas
Neste estudo, pesquisadores usaram exames médicos para avaliar a saúde do coração. Eles buscavam, especificamente, qualquer doença nas artérias que irrigam o coração - as artérias coronárias.
Nas doenças coronárias, estas artérias ficam entupidas pelo acúmulo gradual de material gorduroso em suas paredes.
Pesquisadores usaram métodos para visualizar pequenos depósitos de cálcio nas paredes das artérias coronárias para ter uma pista inicial sobre a ocorrência deste processo da doença.
Nenhuma das pessoas incluídas no estudo tinha sinais visíveis de doença cardíaca, mas mais do que uma em cada 10 tiveram depósitos de cálcio visíveis em seus exames.
Os pesquisadores, então, compararam os resultados dos exames com o consumo de café diário anotado por cada um dos funcionários, levando em conta outros potenciais fatores de risco cardíaco, como tabagismo, exercícios físicos e histórico familiar de problemas cardíacos.
Pessoas que beberam algumas xícaras de café por dia apresentaram menos probabilidade de ter depósitos de cálcio em suas artérias coronárias do que as que bebiam mais do que isso ou simplesmente não bebiam nada.

Bem ou mal?
Os autores do estudo dizem, no entanto, que mais pesquisas são necessárias para confirmar e explicar a ligação.
O café contém cafeína estimulante e diversos outros compostos, mas não está claro se eles podem causar bem ou mal para o corpo.
Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, disse: "Embora este estudo destaque uma eventual ligação entre o consumo de café e um menor risco de obstruir as artérias, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e compreender qual é a razão para essa associação".
"Precisamos tomar cuidado ao generalizar estes resultados porque são baseados na população da Coreia do Sul, que tem diferentes dietas e hábitos". 
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/pesquisa-liga-cafe-diario-a-arterias-mais-limpas.html